segunda-feira, 9 de maio de 2011

A força da representação


Assistimos na sexta, dia 06 de maio, a audiência pública sobre segurança pública em Passos, agendada pelo deputado estadual Cássio Soares, que trouxe à cidade a Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, à frente o deputado João Leite. Também estavam presentes os deputados Sargento Rodrigues e Antonio Carlos Arantes.

Foram seis horas de intenso debate, quando a participação do público foi importante para que as coias ficassem claras. Até a politização do encontro em torno do movimento dos delegados serviu para mostrar a carência real da polícia civi. Os presentes puderam perceber, entre a fala do governo, quando são ressaltados a evolução do sistema policial, incluindo a polícia civi e o que pode ser considerado exageros normais quando se esta numa luta classista, que há carência de delegados, de policiiais civis, de material de consumo e de tranportes para os policiais.

Foi um desvio de foco, mas importante para os cidadãos de Passos e região saberem que as mudanças e as reivindicações podem ser justas, de fato são, mas não terão como ser atendidas de pronto.  

Por outro lado, o propósito de debater a razão do aumento da violência em Passos foi válido. Em primeiro permitiu ter a clareza que esta violência surge de duas principais razões, alías entrelaçadad entre si. 1) A localização da cidade na Rota Caipira do Tráfico (Drogas vindas do Paraguai, São Paulo, Ribeirão Preto); 2) O envolvimento de menores em crimes pela certeza da impunidade, que passaram a agir no tráfico, no roubo e assalto a mão armada.

O combate ao primeiro item se dá pelo uso da inteligência e pela interceptação dos traficantes locais. O que foi informado é que esses estão, na sua maioria, presos. Aí o tráfico passou a ser feito pelos que antes eram aviõezinhos. A diferença é que se instalou uma briga por território com armas nas mãos.

Traficantes foram sendo eliminados entre eles. De repente as vitímas passaram a ser os mulas (que levam drogas a usuários). A última escala dessa corrente, como bem lembrou uma senhoda, seria o usuário e depois viria o cidadão sem qualquer envolvimento direto no problema.

A batalha tem que ser para quebrar esse elo. Nesse ponto, entra a apreensão dos menores. E sua acutelação em casas de abrigo. O deputado Cássio Soares deixou claro que o investimento para isso é alto, cerca de R$10 milhões e que o Estado não tem como faze-lo no momento. A transferência para  Casa de Menores existente é a alternativa.  Numa demonstração de bom relacionamento com esferas do governo, por celular, Cássio Soares conseguiu 04 vagas, abrindo expectativas para outras.

Viaturas (15) aumento de efetivo da Polícia Militar (mais 40) foram apresentadas ao público, embora ja houvessem sido consideradas em outras ocasiões. 

De toda movimentação, com a preparação de requerimentos por Cássio Soares, os passenses e a região em torno puderam sentir a importãncia de uma representação política.  Não foram apenas a voz de alguém brigando por interesses regionais, ,mas a presença de alguém em condições de melhorar as condições de vida da população, embora ainda tenhamos que ouvir do deputado Antonio Carlos, da vizinha Jacui e São Sebastião do  Paraíso, que é uma vergonha Passos ser uma cidade vitímas de tanta violência. 

Melhor que uma resposta à colocação do deputado da cidade vizinha é que Passos, pela sua representação politica, Cássio Soares, Renato Andrade, seja capaz de voltar a ser uma cidade tranquila e de Paz para todos.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Oito dias sem crimes violentos


Na reunião da Comissão de Segurança da Câmara de Passos, realizada na noite de quinta-feira (29/04), uma frase foi dita em tom de comemoração: oito dias sem crimes violentos na cidade. Para uma cidade de 110 mil habitantes, mapeada, com todo seu território conhecido pelas forças de segurança locais parece um absurdo, mas não é.  E merece mesmo a discreta comemoração.  Talvez seja fruto do que o promotor Dr Paulo Frank mencionou como sendo resultado da mobilização da sociedade. “Estamos conversando mais entre nós”, disse, refletindo que isto tem “forçado” a todos uma mobilização maior, mais trabalho. “Eu comsidero que trabalho muito, mas depois da formação da comissão tenho trabalhado muito mais”, afirmou, completando que tem percebido a mesma coisa em todos os  que, de uma forma  ou outra, são responsáveis pela segurança no município.

Pouco antes da reunião começar, o Taquinho (José Eustáquio do Nascimento) recebeu um telefonema de Renato Andrade, que estava acompanhado do deputado estadual Cássio Soares, informando que mais 15 vagas para recolhimento de menor emvolvido em delitos estavam a disposição das autoridades. O celular saiu direto das mãos de Taquinho para as do Capitão Coimbras, comandante da 77ª Cia de Polícia Militar, que ouviu o mesmo relato.

Antes quatro vagas já tinham sido consegidas. A informação é de que um menor foi encaminhado para prenche-la. Então ainda existem 18 em aberto aguardando a orientação das autoridades.

Outra decisão tomada na reunião diz respeito o apoio à criação da Casa de Triagem, para investigar quem precisa de apoio da área socialda cidade, como alimentação, encaminhamento para ttratamento contra alcool e drogas e, também, o apoio mais que necessário ao Conselho Tutelar, com seu  devido aparelhamento, incluindo a cessão de um veículo, o que será buscado junto ao governo do Estado.

Hoje, (29/04) a população foi às ruas pedindo paz. É tudo o que todos querem.

Mas se, por um lado, a comunidade reage e de forma organizada tenta colaborar, o poder público municipal parece ainda agir fora do tempo e com políticas arcaicas.

Olha só o caso do programa Vida Melhor, que reune nas dependencias da Praça de Esporte Barú de Pádua, mais de 150 pessoas da chamada idade melhor (terceira idade). Isso aconteceu quando Ataide era prefeito e Dentinho o diretor de esportes.

Na atual gestão, implantaram um novo programa, que é executado nos PSFs, mas não acabaram com o anterior, estão deixando morrer à mingua, ou matando mesmo. Tanto é que sobraram 50 pessoas, que teimam em buscar suporte para a saúde lá na Praça de Esporte, e tem até história de material que desaparece, o que inclui o coordenador do programa, professor Ricardo que, pelo que se sabe, está em outras atividades, com melhor remuneração, mas pública, assim mesmo.

Este  tipo de política,  que parece ter a intenção de aniqular adversários, devia ter sido enterrada há muito tempo. O que vale hoje não é a revolta dos velhinhos contra o Dentinho, possível até, mas o voto que os situacionistas estão deixando de ganhar. E ainda tiram dos velhinhos o lazer que antes tinham.

Tem outro equívoco,  a meu ver, que a atual administração comete. Está estampado nos cartazes e carnês de IPTU. Insinua que pagando o IPTU o cidadão estará livre das filas na hora de buscar remédio.

Quem até agora tem que buscar remédio na farmpacia pública e precisa enfrentar a fila para pegar a senha para depois pegar a fila do remédio, deve estar indignado com isso.

O cidadão paga impostos para ter um bom serviço e não com a intenção de um bom serviço. 

Ah, o tal cartaz tem outras pérolas do mesmo nível, mas esta do IPTU basta para ilustrar.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

O Espaço da Crítica e o anonimato

Tenho apreço pela critica. Ela, em qualquer diapasão, fortalece, as vezes aborrece, mas é útil para todos nós.  Sejamos qualquer que coisa que sejamos na vida.  Agora mesmo, por dever de ofício, pela decisão de seguir o meu espírito de jornalista, adquirido na lida após mais de 35 anos militando na área, sofri algumas criticas pelo texto “Tiro no pé”.

Interessante é que o texto, antes de entrar na repercussão maior na parte que se refere a vereadora Tia Cenira, tratou da questão da segurança pública. Só depois foi ao fato que gerou descontentamento. 

Tenho deixado passar alguns comentários feitos aos textos que produzo, sem assinatura, como anônimos. Não serão mais publicados assim. Terão que ter assinaturas para sairem na rede.

Esta é a primeira decisão.

A segunda vou expressá-la a seguir.

Faço críticas dentro de um contexto político. Tenho, como disse, 35 anos de atuação no jornalismo.  Gritei na ditadura, me expressei levando cacetadas dos militares. Levei murro na cara do tropa de choque que aconpanhava Collor de Mello.  Me assustei com a pressão  sobre a liderança que exerci enquanto estudante. 

Assumo, sem medo, as ações que faço. Não bajulo por bajular, nem elogio para agradar. Enfrento lutas que são de outros, porque elas têm um pouco daquilo que sonho ver ocorrer nesta terra que habito. 

Não faço crítcas a pessoa, a vida particular de ninguém, mas não abro mão de faze-las aos que exercem mandatos, têm a delegação de fazer e, em muitos casos, contextualizo essas no campo da percepção de massa e também no campo de atuação dos personagens que são responsáveis por tratar da vida de milhares de pessoas. No caso de Passos, 110 mil.

Nessa ótica, teci comentários sobre a atuação de Tia Cenira como presidente do legislativo passense, sempre ressalvando que a considero um exemplo de luta como mulher, educadora e vereadora.

A intenção era fazer um reparo de somenos importância, apenas com o intuito de propor uma correção de rumo, se assim a desejasse faze-la.  Evidente, isso compete a ela.

Agora vejo, pelos comentários publicados  abaixo do texto Tiro no pé, que isto não foi assimilado.  Não entendo que tenha feito algo que pudesse causar tanto desassossego, mas é bom a gente ler as coisas como lição. Comentários positivos ou negativos devem servir de base para que percebamos se estamos no rumo certo ou não.

Minha comvicção de jornalista sinaliza que cumpri um papel. O melhor deles, o de fazer as coisas com isenção e aberto às críticas, boas e ruins.

Eu as aceito, analiso e as utilizo para tentar melhorar o que faço. Por isso vou continuar exercerndo o melhor que um jornalista tem a sua disposição: fazer a critica, expo-la ao público e saber, com toda certeza ,que ela não muda o mundo,  mas pode ajudar na discussão.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Tiro no pé

É necessário registrar. A violência em Passos continua numa escalada crescente.  A natureza de furtos, roubos, alguns com mão armada, feitura de reféns, assassinatos, sejam por motivos pessoais, cobrança do tráfico, disputa entre traficantes, coloca em risco o cidadão comum. Agora mesmo, pelo que foi divulgado pela imprensa local, um foi morto por engano, sem qualquer passagem pela polícia, carregando a marmita em que levava a bóia fria para a sua refeição no local onde trabalhava. No outro, um velho conhecido da polícia recebeu seis tiros de um revólver, possivelmente de calibre 38, no meio da rua, no bairro Nossa Senhora das Graças. As balas ficaram cravadas no corpo do desafeto dos atiradores, uma delas poderia ser perdida e achar o corpo de um pai de família.  Assusta. Assusta ainda mais o que parece ser inércia das polícias.  Preocupa também o que começa a ser ventilado por alguns cidadãos, esses mesmos que amanhã poderão ser vítimas inocentes da violência entre bandidos, porque começam a considerar que a “guerra”  entre eles está promovendo uma “limpeza”. Torpe jeito de pensar, torpeza que apodrece o tecido social e que coloca em risco todo mundo.

É preciso aprofundar o questionamento e as polícias – civil e militar – devem mais presteza à comunidade e, fundamentalmente, ações de inteligência e de impacto para previnir, evitar e acudir a população, nesse momento, perplexa com que acontece à sua volta.

Confiemos, é o que nos resta fazer e cobremos, um direito nosso, e façamos a justa mobilização em apoio ao fim dessa violência. Não precisamos de “limpeza” que deixa manchas de sangue esparramadas pelos chão das ruas, por onde queremos caminhar em paz.

Mas o cenário macro, que atinge a cidade, nem é compensado por causa da mediocridade da nossa política, toda semana exposta na câmara municipal aqui de Passos. 

Tudo que nossos atuantes políticos, hoje de posse de mandatos delegados pelo povo, através do voto, colocam a mão, tende a ficar um pouco pior do era antes.

Agora mesmo, pela inabilidade da forma de conduzir o processo da discussão junto aos vereadores, uma idéia espetacular e um benefício que pode gerar amanhã uma Universidade Federal na cidade, que é a criação  do IFESUL, Instituto Federal de Ensino do Sul de Minas, quase vai para o ralo.

A administração municipal no mínimo deve ter autorizado a movimentação de estudantes, professores e funcionários do IFESUL que acabou, na semana passada, resultando em vaia ao vereador Dentinho, que se opôs ao remanejamento de verbas no orçamento da área de saúde, que serveriam para colocar dotação orçamentária ao instituto, que não tem e, por isso, a prefeitura não tem como cumprir a sua contrapartida. 

As vaias a Dentinho, viraram apoio popular a ele (e também a Zetinho, Jefinho, João Resende e Djota) e tímidos apulpos à vereadora e presidente da Casa Tia Cenira, que, ao suspender a sessão ontem, exatamente para ouvir todas as partes envolvidas, pode perceber como navega e em que onda está a opinião pública.

Na verdade a administração deu um tiro no pé. O projeto de remanejamento seria, como será, aprovado sem o barulho da mobilzação política.  E é bom lembrar a situação que quem administra faz e tira proveito das obras prontas e levanta expectativa para obras futuras, a partir da credibilidade alcançada pelo que foi feito. E, convenhamos, no que diz respeito a saúde a atual administração tem que fazer mutito para mudar o quadro de desgaste em que está envolvida na área.

Por outro lado, a vereadora Cenira de Fátima Gomes Macedo, a Tia Cenira, presidente da Câmara Municipal, tem em suas mãos a responsabilidade de não deixar que o embate pelo voto (legítimo, mas que não deve ser antecipado, no plenário onde se trata dos interesses do cidadão) seja antecipado e o espaço onde se deve discutir o que interessa a todos, transformado em palanque eleitoral. 

Ela anda, por isso mesmo, no fio da navalha e qualquer senão pode permitir que aconteça um debate indesejável – pouco útil, no minímo - agora.  Em dois momentos, o primeiro na sessão anterior, quando disse que o voto de minerva dela seria a favor do IFESUL, assim que Dentinho acabou de falar e outro na sessão de ontem (18/04), quando criticou uma faixa com nomes de alguns vereadores, ela se mostrou mais favorável a antecipação do debate eleitoral.

Pelo respeito que sua eleição para presidir o legislativo passense merece, pelo seu valor como vereadora e educadora, este alerta público precisa ser feito, porque ainda é tempo dela demonstrar que o exercício da presidência da Câmara tem que ser como a atuação de um  magistrado, isento (não imparcial) e marcado pelo respeito a diversidade de opinião, que deve mesmo ser amplo, mas, por isso mesmo, a liturgia do cargo da presidenncia do legislativo passense precisa ser respeitada, sendo que a quem ocupa o cargo de presidente, quando desejar opinar sobre temas específicos deveria  se inscrever no Grande Expediente e se dirigir a tribuna, dando o melhor exemplo de que é uma pessoa igual entre os iguais, mesmo que o regimento não reze nada sobre esse comportamento.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Boca torta

Antes de ir ao tema que desejo comentar hoje, é necessário registrar alguns movimentos feitos pela sociedade civil no sentido de trabalhar para que a criminalidade diminua em Passos. A formação da Comissão de Comunitária de Segurança, resultado prático da Audiência Pública que tratou do assunto na Câmara Municipal é um avanço. A constituição de uma diretoria Exexcutiva formada por Edmilson Amparado, presidente, José Eustáquio do Nascimento, vice e Auro Maia, secretário, foi outro. A Carta de Passos, que elenca várias ações de proteção à sociedade e já entregue ao Coronel Dimas, em Poços de Caldas, pela vereadora Tia Cenira, também demonstra que a sociedade está atenta. O subsecretário de Políticas Urbanas,  Rentao Andrade, acionado por Taquinho, já trabalhou a consecução de duas vagas para menores infratores em Casa especializada para este fim fora de Passos. O deputado estadual Cássio Soares faz gestão para equipar e aumentar o efetivo das polícias. Cada um faz a sua parte. As polícias também devem estar fazendo as suas. Mas a sensação de ausência delas nas ruas ainda impera,embora a 77ª Cia esteja se mudando para onde era Justiça de Trabalho, bem no coração da cidade, onde, aliás, já estava. Tudo bem. Pode ser um bom local, mas não seria ótimo que para lá mudasse também o PSIU? O  órgão  presta bons serviços a toda a sociedade, como a emissão de atestados,  carteira de identidade, etc. e sua localização no centro seria excelente para todos os bairros.  Será que não para conciliar?

Bom, no meio de toda essa diversidade de ação, a política em Passos anda meio quente. Principalmente pelo lado do PTB e do PR. Antigos  parceiros, os dois partidos não andam se bicando desde quando Tia Cenira exonerou Alceu Santana (presidente do PTB) do cargo de diretor administrattivo da Câmara e colocou no seu lugar Dalca Pereira, filha do ex-candidato a deputado estadual Tuta, do PR. Causou rebuliço, o PTB rompeu com Cenira, que nada mais fez que ajustar o comando da casa ao seu jeito de administrar.

O ato, porém, teve consequencia. O PTB procurou Taquinho, que é bem próximo do PR.  A análise primeira é de que o PTB deseja, na afã de mostrar proximidade com um dos nomes mais citados como prefeitáveis (outros são Ataide, Hernani, Auro Maia, Nelson Maia, Telmo Santiago, Demis Delfraro, Renato Andrade, para ficar nesses), o partido tinha a segunda intenão de melar uma composição Taquinho –Cenira (prefeito e vice) e assim beneficiar a candidatura de Ataíde.Presente de Grego, pode se dizer.

Se é verdade que a  movimentação política é como nuvem, este é o cenário do momento, com céu nublado com nuvens negras pelo lado da oposição.  Já pelo lado da situação cresce a hipótese de que Hernani e Auro venham compor uma chapa, com Hernani tentando a reeleição. O que dá esperança ao staff situcionista são as obras vindas pela intervenção da turma do PT, Auro à frente. Quanto a Taquinho, ele deve olhar o cenario e  tapar os ouvidos para o canto das sereias.

Aliás, até agora quem melhor mexeu doce no rumo à sucessão e onde ele deve mesmo ser mexido nesse momento parece ser Taquinho, que tem um desempenho considerado muito positivo como administrador da Crediacip. Seguido a ele, vem  Hernani e o experiente PMDB. Algo que Ataíde não vem fazendo, crendo piamente que a ampla vantagem que parece ter junto a  opinião pública lhe é suficiente para garantir o apoio que o levará à prefeitura de Passos novamente. Pode estar enganado.

Interessante é o que nos leva ao título desse artigo.  A cidade de Passos passou mais de 16 anos sem ter representante na Assembléia Legislativa. Então a comunidade orfã, quando era necessário brigar por uma causa, se mobilizava e ia a gabinetes, ALMG, porta do Palácio da Liberdade,  anfiteatro da UEMG,  Secretaria de Meio Ambiente e fazia valer sua quase sumida voz. Nada de concreto conseguiu nesse tempo, mas a sensação da  luta já era suficiente.

Agora que a cidade e a região tem uma representação na Assembléia Legislativa, as lideranças que ficaram na planície querem se articular sem a presença de quem a população escolheu para representa-la na ALMG.

É uma via de mão dupla. Os líderes articulam aqui. Vão a BH. Lá descobrem que precisam do aval do majoritario(Leia-se Cássio Soares). Não trazem o resultado esperado e não conquistam o voto do eleitor que precisam  para continuar o trabalho comunitário que se propuseram fazer.  De lá, Cássio tenta articular ações que possam ser concretizada aqui, mas sem a ajuda de líderes locais perde a ligação com o eleitor e, por consequência não conquista o voto que pode mante-lo na condição de representante de nosso município e região.

Do lado de cá, o uso do cachimbo (a falta de representaçao política) fez a boca torta. Do lado de lá, talvez a pouca experiência faça com que haja um distanciamento entre as partes e isso pode acabar prejudicando a cidade.  

É preciso ter foco. E ele tem que estar centrado no eleitor. Este não se preocupa com estas firulas. Tem mais o que fazer. Correr atrás do emprego, levar o filho na escola, cuidar da saúde da família. Levantar mais cedo que o sol para ir ao trabalho. Para ele só interessa as ações que resultem em melhora na qualidade de sua vida e das pessoas próximas dele.

Quem ajustar melhor a este foco, deixa na poeira os que brigam pela vaiddade da foto no jornal e exposição na mídia. Agora, se forem inteligentes se juntam, e o brilho poderá ser de todos.

terça-feira, 29 de março de 2011

A violência em Passos beira a indignação

Exatamente um dia depois que foi instalada a Comissão Comunitária de Segurança da Câmara, que tem o vereador Edmilson Amparado como presidente, José Eustaquio Nascimento, o Taquinho, como vice e Auro Maia, secretário de Assistência Social do Município como secretário, e que tem o objetivo de propor soluções para combater a violência em Passos, mais dois assaltos a mão armada aconteceram cidade. Lógico que esse grupo nem teve tempo de pensar em propostas, mas o comentário é feito para deixar sem margem de dúvida o quanto a violência contra a sociedade esta alarmada com a onda que corre por todos os cantos.
.
Claro, a violência não se combate com repressão apenas. Vou deixar isso tranparente para entrar no mérito do que vem causando indignação à população, sem delongas.

Escrevo como cidadão. Sem apelos políticos, sem pretensão de análise. Apenas como alguém perplexo pela falta de ação das policias. Pela incapacidade que tenho de entender como que as policias não conseguem mapear as zonas de risco, de concentração de marginais, de montar um esquema de proteção aos alvos prediletos dos bandidos. Qualquer pessoa medianamente informada, em conversas informais, discute locais, pontos vulneráves, com razoável desenvoltura.

Quem na cidade não ouviu uma história assim: “acabaram de assaltar um posto de gasolina”;  “roubaram um supermercado”, “dois encapuzados de moto assaltaram um traileir de lanche”. "bar foi roubado por bandidos empunhando revólver na cabeça do proprietário"? Quem? 

Evidente, não sou especialista, mas já ouvi dizer que a Polícia Militar tem seu grupo de inteligência. São os soldados e oficiais que atuam na condição de espiões, a paisana, infiltrados entre marginais, como tem que ser mesmo, mas não temos tido notícia de que esses tenham conseguido identificar essas quadrilhas que infestam a cidade. 

Não é caso, não vamos cometer essa tolice, de pedir aos policiais que quando prenderem alguém informarem que foi devido a ação da inteligência. O que a sociedade quer é se sentir segura, até para desenvolver ações sociais que mudem a longo ou médio prazo este estado de coisas.

Hoje o que precisa é que Policia Militar mostre sua presença nas ruas,  patrulhe, vigie os locais visados, entre nos bairros conhecidos de todos nós onde ficam a maioria dos marginais.  Nem precisam me desafiar para dizer quais são. Eu imagino. Eles, os policiais –aqui tanto civis como militares – sabem com certeza.

Também se sabe que as policias têm suas estratégias de combate. Mas isto não esta sendo percebido pela comunidade e a comunidade aí inclui os bandidos que não temem a autoridade policial, pelo menos é o que parece.

Ninguém torce para que as policias saiam executando a torto e direito.  Mas o clamor da rua é por proteção. Os cidadãos querem sentir que a segurana existe. Que as policias  têm plano de ação para momentos como este, de grande incidência da violência. 

Até outro dia um amigo, brincamdo, se referia a São Sebastião do Paraíso como um bairro violento de Passos.  Não me lembro de ter ouvido qualquer notícia de grande aparelhamento realizado por lá que não tenha ocorrido aqui. Vi viaturas chegando tanto aqui como lá. Vi armas sendo destinadas tanto aqui como para lá.  A diferença para mim é imperceptível, mas lá a onda diminuiu, Nem é onda violenta. Aqui parece que estamos sendo atingidos por um tsumani.

A sociedade se envolveu, disso com certeza virão efetivos, equipamentos e recursos que vão permitir ações melhores e mais eficazes, mas a cidade espera desse grupo que hoje aí está uma atitude que se mostre mais efetiva e faça o cidadão se sentir seguro e o bandido respeitar o braço armado da lei. 

Já seria um bom começo!

quarta-feira, 16 de março de 2011

A Polícia Militar se movimenta


Amanhã, quinta-feira, 17/03, acontece na Câmara Municipal a reunião especial que vai debater a seguraça pública no município. O debate está marcado para às 20 horas, antes o Tenente Coronel Rezende paraticipa da  inaguração do Programa Juventude Cidadã, às 19 horas no auditório do 12º BPM.  Interessante que desde o anúncio da audiência que a Câmara se propôs a realizar, até por sugestão do próprio comando, as coisas começaram a serem movimentadas pelo lado da Polícia Militar.  De lá para cá aconteceram notícias de prisões de traficantes,  aumento de efetivo nas ruas, motos patrulhando, unidades móveis colocadas em locais estatégicos, anúncio da nova sede da 77ª Cia PM, de novas viaturas e de mais homens  nas ruas. É certo que os roubos em supermercados continuam acontecendo, tentativas de assassinatos também. Mas tem sido alvissareiro ver a Polícia Militar se aproximar mais do cidadão e, especialmente, vê-la atuar com mais desenvoltura no combate ao crime.

É claro que a expectativa  do cidadão não é que a violência seja eliminada de vez, mesmo porque para isso seriam necessárias ações sociais que fogem da alçada da Polícia, como políticas públicas de geração de empregos, oportunidade de formação profissional, acesso ao ensino superior gratuito e também às práticas esportivas e de lazer. 

No entanto, quando se vai debater a segurança pública, espera-se que as polícias militar e civil mostrem o que fazem , o que podem fazer e o que a sociedade pode ajudar para dar sua contribuição no sentido de  diminuir a criminalidade em Passos. Da Polícia Militar está vindo um bom exemplo quando se vê a movimentação que ela exercita nesse momento.  Já a Polícia Civil, que anda sem titular no comando da Regional de Passos, está em silêncio, sem qualquer anúncio em torno do assunto combate à criminalidade. 

Vamos ver o que tem a dizer na reunião do dia 17 próximo, ou seja, amanhã.

Mudando de assunto.

A Crediacip fez sua assembléia geral ordinária no último dia 11, renovou o Conselho  Fiscal e apresentou aos associados uma sobra de R$4,4 milhões.  Sobras no jargão das cooperativas de crédito significa o lucro de que elas têm no período de um ano.  Quando isto acontece nos bancos comerciais este lucro gera resultados na valorização das ações que as instituições disponibilzam  no mercado. No caso das cooperativas a AGO decide o que fazer, respeitando a legislação que determina que 10% deve ir para o Fundo de Reserva Legal da instituição. Em Passos, a proposta da direção capitaneada por José Eustáquio do Nascimento, foi de que 40% da sobre liquída (já separado que deve destinado por força de lei) fosse para a reserva legal e os 60% restantes distribuídos entre os cooperados, o que foi aceito.

Por outro lado os númetos  apresentados e que constam da matéria no site www.correiodoslagos.com.br deixam claro como em 9 anos a Crediacip deu um salto rumo a sua consolidação, credibilidade e crescimento.  De saldo negativo de R$600 mil em 2002, hoje o patrimônio de referência gira em torno de R$15 milhões.

O maior responsável por esta mudança de rumo é o atual presidente – que vem se sucedendo desde então – José Eustáquio Nascimento, que mudou a trajetória decadente para uma ascensão espetacular.  

O trabalho que Taquinho fez na cooperativa acabou por coloca-lo na vitrine política.  Reconhecido como bom administrador  vez ou outra tem o nome citado como provável candidato a prefeito. Ele faz ressalvas. Diz que tem que esperar o momento certo, não quer fazer campanha extemporânea e avisa que não deixa a Crediacip se isto significar algum risco para a sua credibilidade, mas , como convém a quem não teme desafios, diz estar pronto a assumir novas tarefas, ,mesmo que seja a de dirigir a Crediacip e ser prefeito de Passos ao mesmo tempo, como acontece com Carlos Melles que ocupa cargos diversos na esfera pública, mas ainda atua dentro da Cooparaíso.

Entre a pretensão e a realiddade há um caminho a ser percorrido, mas não seria ruim para a cidade se Taquinho, caso seja eleito prefeito – se de fato vier a ser candidato – consiga dar um salto no progresso da cidade como fez com a Crediacip. Sem qualquer menosprezo a outros nomes, a cidade anda carente dessa capaciade empreendedora.

Em outro ponto,  merece atenção o que vem sendo feito pelo ISEPEM – Instituto Social Educacional de Pesquisas Ambientais, presidido por Davi de Oliveira, também presidente do Sindcom,  na implantação do CREPEA – Centro Regional de Pesquisa  e Educação Ambiental.  O CBH – Médio Rio Grande, que esteve reunido lá no dia 11 de março viu.

A partir de uma área de 9 hectares praticamente abandonada está sendo erguido um projeto amplo ligado a preservação ambiental, uso correto do manejo da agricultura familiar, preservação de espécies animal e vegetal, piscultura e alimentação balanceada.  A infraestutura do local já conta com restaurante, parque infantil, campo de futebol, lagoas e mata com mais de 80 espécies de vegetação catalogadas e ainda vai ter mirante, salas de aulas, chalés para abrigar visitantes , anfitearro  e projetos educacionais para os alunos da rede de ensino de Passos e região, a partir do ensino fundamental.

Aos poucos, pelo trabalho persistente que é executado no local,  o projeto deixa de ser uma hipótese para se transformar numa boa realidade para o município e região.