quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

As nuvens se movem II

Um acontecimento discreto marcou a mudança de mãos da AMAPASSOS, antes da eleição de Hernani como prefeito de Passos, uma forte aliada do grupo e uma arma contra a gestão de Ataíde, se bem que o certo é dizer que a AMAPASSOS fazia oposição e isto ajudou bastante ao então candidato do PMDB José Hernani da Silveira. O agradecimento acabou vindo e o seu presidente José Geraldo da Silveira, junto com outros, agora é Sercretário de Indústria e Comércio.
 
No decorrer, Nelza Ifigência tornou-se a principal dirigente da instituição, que se atribui a vigilância da sociedade civil sobre a ação dos políticos, mas não conseguiu dar a mesma visibilidade que conseguira quando Ataíde era prefeito.

Agora, Carlos Chagas, que há quem diga será o novo dirigente do DEM de Passos, a também advogada como ele, Isabel Pereira e Nelza são os novos dirigentes. A sede da entidade será  onde se localiza o escritório de Carlos Chagas.  Vamos acompanhar os próximos passos.

Em outro cenário,  a movimentação acontece dentro do PSDB.  A ascensão de Fábio Kallar pôs a barba de molho de tucanos, digamos, de bico mais velho.  Mas a acomodação, como é natural acontecer, parece apontar para estraségias de longo prazo e visa o interesse do deputado federal Nárcio Rodrigues.

Ele tem dito intramuros que não deseja mais disputar uma vaga na Câmara Federal, quer alçar vôos maiores, talvez o senado, talvez o gioverno do Estado e para isso tem que ampliar o leque de alianças.  Fábio Kallas seria escalado para ser candidato a deputado federal. Isto preservaria  a ligação criada com Ataíde Vilela, o homem que tem votos hoje no PSDB de Passos e, narizes  torcidos à parte, manteria a todos sob a presidência de Dentinho, que anda articulando muito bem sua liderança dentro do partido, com trânsito nas duas principais correntes.


Dessa briga intestina passa-se para outra.  O DEM aposta em Carlos Melles, que quer fazer de Renato Andrade deputado  (federal?)  e criar laços com lideranças  de Passos, algo que até hoje não conseguiu fazer com consistência e peso que o seu nome tem na região. Melles também tem os mesmos objetivos de Nárcio. 

Nesse sentido enquanto Nárcio já fez seu nome local pôr os pés dentro do governo (Fábio Kallas), Carlos Mellles  está com a incumbência de fazer Renato Andrade ocupar um posto importante no escalão de confiança do governador Antonio Anastasia. Há quem aposte que até 15 de fevereiro a nomeação sai, mas há quem diga que essa nomeação será mandada para as calendas. 

Como se vê a disputa é  muda e surda, mas o barulho que faz pode repercutir primeiro em 2012 e depois em 2014.

Em 2012, se o cenário apontado para Fábio ocorrer lucra Ataíde e depois Taquinho no campo da oposição. Taquinho lucraria mais ainda se Renato  viesse ser assessor do governo junto a Melles. Ainda tem, para ser medido, a forma de agir de Cássio Soares, que toma posse no dia 1º de fevereiro como deputado estadual.

Percebe-se que todos estão tratando a política com estratégias profissionais.  E este é o momento para isso.  Tudo isso, porém, está bem longe da opinião pública que não percebe com clareza as manobras que tem por objetivo seduzi-la. Mas o jogo está sendo jogado.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

As nuves se movem


Enquanto algumas lideranças aqui em Passos ainda não conseguiram deglutir por completo o episódio que levou Tia Cenira à presidência da Casa, em outros setores os movimentos continuam, sempre no intuito de compor o cenário para os pleitos que virão. Quando se olha o cenário aqui na planície tudo que se faz ou que venha acontecer se observa com a lente em cima de 2012. É o pleito para prefeitura e a reeleição de vereadores que interessa.

Nesse sentido, a eleição da mesa diretora será um tema superado quando os edis de Passos tiverem mais  o que fazer, do que ficar pensando na puxada de tapetes que os perdedores pensam ter levado e os que vieram ocupar postos na mesa diretora acreditem na vitória que tiveram.

Afinal há mais o que fazer. A cdade espera deles atenção e propostas que ajudem resolver problemas sérios na área de saúde, de obras públicas de infraestrutura e de combate à dengue,por exemplo,

De outra feita, a nível de Estado existe o fato concreto de que Fábio Kallas assume subsecretaria de Ensino Superior da Secretaria de Ciências e Tecnologias, levado pelo deputado federal e atual secretário, Narcio Roddrigues, para quem  Fábio foi cabo eleitoral.

Para Ataíde Vilela, que hoje é assessor do DER, é uma pedra no caminho, já que subordinado a Carlos Melles, o ex-prefeito de Passos não deve contar com a simpatia de seu chefe, pois quando prefeito fez bravatas em desafio ao então deputado federal. Em política,  como é prática fisofal em Minas, vingança é um prato que se come frio. Ataíde deve esperar por ela entre esgrimas diplomáticas para apagar da memória lembranças, antes saudadadas como heróicas, mas agora nada oportunas.

No meio dessa quizumba, tem a FESP e tem a MG-050. A estadualização da FESP, mesmo sendo de pouca vontade dos que hoje a dirigem, porque embora estejam no comando dela há muito tempo, quase nada se fez no sentido de sua estadualização, haja vista que dois mandatos de Aécio se passaram e ela continua agregada, associada, mas particular como na origem.

A MG-050, vai ter seus louros dedicados a outra liderança. Trata-se de Renato Andrade, que brigou pela melhoria e agilização da obra enquanto era vereador. Assim Melles esvazia Ataíde e cria vínculos com alguém com potencial para ser deputado federal em 2014.

Aqui, nesse ponto, se cruzam os pleitos de 2012 e 2014.  De certo que Renato vai ajudar na busca pela estadualização da FESP e é certo que acabe acumulando uma diretoria ao lado de Melles.

Carlos Melles vislumbra para si outras metas. Quiça senador ou mesmo governador. E, para isto, a aproximação com Renato Andrade viria bem a calhar.  É por isso que dentro em breve a cidade de Passos verá a obra do Trevo da MG-050 até o aeroporto concluída e o trabalho para a concretização da BR-146 finalizado, num intercâmbio de ações efetivas, em se tratando de obras, quando o Estado faz algo para o governo federal e vice e versa.

E o que tem haver isto com a disputa para a prefeitura? É o seguinte, enquanto uns despertam ações contrárias aos seus interesses, as vezes dentro de um mesmo partido, como é o caso de Ataíde e Fábio Kallas, outros seguem soltos nas articulações que lhes dão visibilidade perante a formadores de opinião, que é o que conta nesse momento e na qual se encaixa José Eustáquio Naescimento,o Taquinho.

Ao PMDB, que agora tem a administração se movendo no sentido da informação, resta a definição clara se vai apostar na renovação ou se mantém a postura de preservar as lideranças tradicionais. Enquanto não houver resposta a esta pergunta, qualquer prognóstico é temerário. Melhor aguardar.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Sangrando


A eleição para a mesa diretora da Câmara Muncipal de Passos ainda sangra.  A cada informação apurada percebe-se o quanto custou a eleição de Tia Cenira. Mesmo a boa expectativa gerada pela sua eleição em termos de seriedade com que ela venha dirigir o legislativo da cidade-do que ninguém duvida  - a acomodação no seio da oposição não aconteceu e dificilmente acontecerá.

Já se tem notícias de reuniões entre ela e membros da mesa diretora, além de próceres da oposição (incluso Ataíde Vilela) em que os termos de “lavar roupa suja em casa” soa bem infantil. A  sinceridade de Tia Cenira quando instada a assumir alguns compromissos, frisando que tais compromissos eram inexistente já que não tivera o voto do interlocutor, mostra um jeito de administrar que pode ser um diferencial na forma de gerenciar as tarefas do legislativo passense.

Aliás, escuta-se nos corredores que esta forma de tratar as questões rotineiras do legislativo já se faz notar no cotidiando dos funcionários, com cobranças de tarefas, cumprimento de horários e atenção à rotina da casa.

Mas se isto é bom, as feridas que levaram à eleição dela frente ao legislativo estão expostas.

De fato, Tia Cenira é a presidente, mas compõem a mesa com ela dois vereadores que sucumbiram na lealdade à Cláudio Félix. Dá para dizer que houve fissuras também no outro lado, quando a insistência de Tuco em ser candidato o levou a ter apenas o seu voto e, por não contar com a própria base, acabou fazendo com o voto dele tirasse de Marquinho Sallutti a vice presidencia e a colocasse nas mãos se Jefinho. Isto proporcionou uma composição da mesa, se não hostil, pouco simpática à presidente, mesmo que publciamente às juras de companheirismo sejam a tônica.

Quanto se aprofunda na avaliação do que aconteceu, mais se tem a certeza que ganharam o PMDB, pela capacidade de liderança de Telmo Santiago, que soube articular os interesses de Hernani e de José Eustáquio, o Taquinho, que trabalhou votos na oposição.

A participação do PR, através do seu presidente, Wanilton Chagas, se foi importante para que a segunda mulher chegasse à presidência  do legislativo passense (A primeira foi Antonina, nos anos 60), também foi decisiva para implodir a oposição, reduzida a quatro votos. 

Não é a articulação feita em prol de Tia Cenira que pesa, mas a forma como foi tratado Cláudio Félix.  Após granjear os votos da maioria da oposião, ele se pôs a campo para trabalhar a definição interna de seu partido. Nesse sentido, teve conversas com Wanilton Chagas, sempre na presença de testemunhas, uma delas nada menos que Ataíde Vilela, por isso saia sempre com a sensação de que estava eleito e esta certeza lhe foi passada até aos 45 minutos do segundo tempo, com o estímulo para manter sua candidatura, mesmo que já houvesse a clara percepção de que Tia Cenira seria eleita com o voto da situação.

O sentimento de que ele e parceiros foram usados numa manobra que contou com a aquiêscencia de Ataíde Vilela é a ferida mais dificil de cicatrizar. Não há quem comvença que esta era a única maneira de evitar Tuco na presidência.  Se esta era uma estratégia necessária os que dela participaram involutariamente se  sentiam no direito de sabe-la com antecedência.E não souberam. Daí o sentimento de traição que impera nas hostes da oposição.

Por outro lado, Tuco, Dr Cláudio e Jefinho contavam com a simpatia do deputado federal Aelton Freitas, que inclusive esteve  na cidade no dia da eleição, 03 de janeiro, o que foi tomado com uma interferência  indevida nos interesses políticos locais.
 
Tudo isso contribuiu para que o desfecho fosse o que aí está.  Em razão disso as feridas estão abertas.  Cicatrizá-las leva tempo, pode ser que nem ocorra nesses dois anos que faltam para a acabar a legislatura, o que poderá ser constatado assim que o legislativo começar a trabalhar a partir de 07 de fevereiro, daqui um mês.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Deu Tia Cenira


Uma ação eficiente de bastidores articulada por José Eustáquio Nascimento, com o apoio de Wanilton Chagas, acabou dando a vereadora Tia Cenira (PR) a presidência do legislativo passense.  O trabalho feito por ambos garantiu os votos de quase toda a situação para a vereadora da oposição, que tinha Tuco como seu candidato natural. Dois candidatos foram entregues às feras. O primeiro foi Cláudio Félix, que angariou, num primeiro momento, os votos da maioria da oposição. Ele tinha quatro (O dele, Dentinho, Jefinho e Zetinho), que se confirmaram na votação a posição assumda publicamente. Tia Cenira, que tinha na oposição o voto dela e de Chaparral, conseguiu o apoio de Renato Andrade, que age na Câmara como fiel da balança, que pende, nas votações de interesse da administração, a favor da mesma, decidiu dar o voto de gratidão já que a vereadora apoio abertamente sua candidatura a deputado federal. O que poucos achavam possível era que a situação lhe desse o voto. Mas foi o que aconteceu. Ai Tuco foi mandato às feras também registrando a seu favor, apenas o seu próprio voto.

Alguns fatores permitiram este desfecho.  Um deles é o clima pouco amistoso existente entre o presidente do PR, Wanilton Chagas e Dr Cláudio Félix. Embora tivessem acontecido tratativas para eliminar as arestas, com o vereador garantindo a posição ocupada pelo presidente do PR, como assessor de bancada do PR,  parece que imperou a desconfiança e enquanto Waniltoin sinalizava que o partido apoiara o médico à presidência, costurava uma aliança que pernitiria à Tia Cenira permanecer no páreo.

Em razão de seu desgaste perante a administração atual, ele tratou de aparar as arestas. Primeiro trabalhou o voto de Tia Cenira em favor da aprovação do orçamento com remanejamento de 30%, o que aconteceu. Ja estava acertado o voto de Tia Cenira também em favor da atualização da Planta Genéria de Valores, o que não foi preciso se confirmar já que  a liderança do prefeito retirou o projeto. Esse movimento quebrou o gelo.

Aí entra a ação de José Eustáquio Nascimento. Consolidou  voto de Chaparral em Tia Cenira e articulou o voto da situação. Ai entra tambem a desconfiança da administração em Cláudio Félix.  Ele tem uma atuação discreta, sem grandes alardes, mas na maioiria das vezes votou em consonância com a oposiçao em projetos decisivos. 

Foi esta desconfiança que ficou ressaltada para a situação e levou três votos dela - situaçao - para Tia Cenira.

Se Taquinho agiu com espiríto de liderança, não se omitindo em ter posicionamento claro,  o mesmo não aconteceeu com Ataíde Vilela, completamente ausente do processo.  Não opinou, deixou correr frouxo e perdeu todas as  condições de interferir no processo. Vai pagar o preço, enquanto Taquinho vai expandindo sua presença no processo político da cidade.

Agora é aguardar uma oposição combalida, porque mesmo que Tia Cenira tenha se comprometido manter a postura de oposição, ninguém em sã consciência iria desprezar um apoio tão decisivo para sua eleição. Dá até para acreditar mesmo que Wanilton não tenha negociado cargo para si, mas que a situação ganha condições de trânsito mais facilitado isso é patente.

Enfim, é mais um passo dado na direção do pleito de 2012 em que sairam melhor Taquinho e Hernani e perdeu Ataíde. É o que vamos checar mais à frente.

Mas quem tem que comemorar nesse momento é Tia Cenira.  Ela é mais uma mulher na frente de um poder no `País.  Entra num momento de expectativa favorável às mulhres, com Dilma presidente, e como ela disse a nós pessoalmente, quer cumprir um papel que valorize a mulher no exercício de cargo público. Tem preparo para isso.

A ela boa sorte e que seja capaz, como cremos que é,  de manter sua posição e exercer sua função como magistrada, se assim o fizer,  ela e a população de Passos é que sairão ganhando.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

É hoje!

A Câmara Municipal de Passos reúne-se logo mais às 19 horas para eleger a nova mesa diretora para o próximo biênio.  Três nomes despontam com possibilidades concretas de serem os presidentes. Cenira de Fátima Gomes Macedo, a Tia Cenira, Dr Cláudio Félix e José Antonio de Freitas Campos, o Tuco.  Para que um deles  se eleja será necessário que as nuvens tomem, para cada um deles, um formato diferente nos céus da política.

Para que Cláudio Félix vire presidente da Câmara ele precisa contar com apoio da maioria dos vereadores da oposição e também com o aval do seu partido, o PR.  Até agora ele conta com quatro votos, como apuramos: Cláudo Fèlix, Dentinho, Jefinho  e Zetinho. Já Tia Cenira, conta com o voto dela, Renato Andrade e Chaparral (três votos).  O apoio do PR sorria mais para a vereadora do que para Cláudio Félix. Essa posição vem da forma como se posicionou o presidente da legenda Wanilton Chagas, hábil nos bastidores. Mas esta habilidade não foi suficiente, até este momento, para levar o apoio do partido a Tia Cenira. Pode estar pesando para isso o fato de um acordo ter sido feito ainda no ano passado, quando Cláudio Félix abriu mão da candidatura em favor do Chaparral.

Mas Cenira tem cartas nas mangas. Ela pode contar com o apoio da bancada da situação. Discreta, habilidosa, articula com intensidade esse apoio, que pode contar com a boa relação que Renato Andrade tem com a situação. Se isto acontecer, ela põe em cheque o seu partido e em risco a habilidade cantada em verso e prosa da ação de Wanilton nos bastidores, a quem, aliás, está sendo atribuída uma manobra de aproximação com a administração atual.

Ele tem histórico para dar sustentação à tese, já que  era da base de apoio a Hernani e depois passou para a base de apoio à Ataíde.  Hoje é assessor de bancada do PR, mas dizem que lhe acenaram com o cargo de titular da SICTUR. Podem até ter feito isso, mas é possível afirmar com todas as letras que ele não aceitaria  a investida, se tal acontecer seria um verdadeiro sucídio político trocado pelas moedas de uma posição melhor como secretário de Indústria e Comércio.

Se prevalecer o canto da sereia ele pode levar o cargo, tia Cenira a presidência da casa, mas politicamente correm o risco, ambos, de se enterrarem.

Já Tuco aposta na divisão para virar presidente. Torce para que não haja acordo entre Tia Cenira e Cláudio Félix e assim, com os votos que tem (o dele, Edmilson, Marquinho Sallutii e Paulinho da Reintegrar), chegue ao segundo turno. Aí será preciso apenas dois votos tirados da oposição para assumir a presidência.

Então logo mais o quadro pode ser definido a) Pela lógica: Cláudo Félix, presidente, porque granjeou mais votos na oposição; b) Pela teimosia: Tia Cenira, com a possibilidade de implodir a oposição; c) Pela divisão da oposição: Tuco vira presidente.Deve dar a lógica. É aguardar e conferir. Faltam poucas horas.