O Datafolha, instituto do Folha de São Paulo, publicou nesse domingo (28/02) mais uma rodada de pesquisa de opinião constatando o crescimento da candidatura de Dilma Roussef e a queda de José Serra e perda de importância da candidatura de Ciro Gomes para a sustentação de um segundo turno para a candidatura da situação. Parece que o apoio de Lula e a impopularidade Serra são suficientes para isto.
A luz está amarela para Serra e Aécio Neves, enquanto para o primeiro tende à vermelha, para o segundo tende à verde, no que diz respeito à candidatura para presidência. Ao governador de Minas ainda deve caber uma grande dose de paciência, para suportar a pressão dos tucanos paulistas para que seja vice de José Serra, mas se for para arriscar uma candidatura certa como vitoriosa ao senado para correr risco numa eleição à presidente, evidente que Aécio deverá querer concorrer ao cargo de titular à presidência da república.
Para que Aécio convença seus pares de sua viabilidade eleitoral, já que as pesquisas o colocam com percentual em torno de 20%, terá que trabalhar alianças que favoreçam seu crescimento. A picada aberta para isso é Ciro Gomes. Se Lula não souber conter os que acham que Ciro não serve mais aos interesses da situação, Aécio terá um vice de peso, que agrega grande parte do nordeste em torno de si. Mudança de quadro maior virá quando o governador arrastar para seu entorno parcelas do PMDB.
Difícil? Nem tanto, Aécio já tinha combinado isso tudo antes de anunciar seu afastamento da disputa pela indicação à presidência pelo PSDB, agora chegou a hora de resgatar a fatura, guardada num canto estratégico de uma gaveta qualquer de seu escritório político e esta vendo a oportunidade de retira-la de lá. Basta que chova um pouco mais em São Paulo que se fará o milagre: enquanto as águas da enxurrada levam para o ralo a candidatura de Serra, as chuvas de lá regam o sonho do mineiro Aécio de ser presidente do Brasil.
Outra opção não serve, porque não será respeitado o peso eleitoral nem o capital político amelheoado perlo governdor de Minas, o que leva a conclusão de que se não prevalecer o respeito dos tucanos paulistas ao peso da liderança articulada de Aécio, melhor ganhar o senado e deixar que as águas levem de vez a candidatura de Serra, sem dor e arrenpendimento, para o ralo.