terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Em débito

Estou em débito com os leitores desse blog. As tarefas assumidas neste fim de ano acabaram por me afastar das análises de temas da política local, regional e nacional.

Enfim, peço desculpas.

Mas voltando aos temas, comecemos pelos locais. Um dia antes da inauguração do Hospital do Câncer ser inaugurado, a Câmara de Passos se reuniu de forma solene e fez a entrega de títulos de cidadão honorário a Sargento Damasceno, do exército brasileiro, Marco Túlio Costa e Wagner Caldeira, além da entrega da medalha do mérito legislativo ao juiz de direito Arsênio.

Diferente dos que se imaginam donos da verdade, e não passam de meros mequetrefe, as homenagens eram merecidas, por razões diferentes e também por graduações de tempo, hora e lugar.

Se há alguém que tenham aqui e ali uma vida polêmica, talvez por viver a realidade e não o mundo da ficção e, talvez, por não ostentar conta bancária extremamente polpuda, esse pelo menos não se esconde na mesquinharia e busca ter uma participação efetiva na sociedade, ao se esconde em bastidores e no uso felino de uma língua desgastada pelo uso incorreto ao longo dos anos.

Para ilustrar meu pensamento, quero parabenizar Wagner Caldeira que representa muito bem o que quero expressar: cidadão é que faz. Não merece nenhum crédito os inúteis críticos de plantão.

Um exemplo de trabalho deu, por exemplo, Alexandre Maia, quando viu a obra para qual cooperou de forma decisiva ser inaugurada, o HRC. Em seu discurso resgatou a participação do GAPOP na idealização do Hospital do Câncer e viu, um a um dos oradores, fazer jus à sua participação na história.

Foi, na verdade, a inauguração do HRC e o primeiro ato público de quem tem as maiores chances de se eleger deputado estadual.

Por outro lado, há os que usam a instituição de forma descarada fora do foco que deveria ser o seu objetivo.

Falamos aqui de Fábio Kallas, que tem colocado a FESP para patrocinar festivais da canção, do boteco, de boleiros e por aí vai. Notícias de cursos importantes nenhuma. Devia dar uma chegadinha em Alfenas e ver como a UNIFAL, pública e gratuita, encontrou caminhos para implantar lá uma faculdade de medicina, tendo quarteirões acima, outra da UNIFENAS.

É o caso de se perguntar: Falta competência a Fábio Kallas ou sobra demagogia?

Se quiser, ele mesmo pode responder usando este espaço.

Para finalizar: Vamos celebrar o amor, desejos de um novo cheio de alegrias...é um sonho para gente dividir com alguém: Maria

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

De notícias e fatos

Hoje, quarta-feira, 16 de dezembro, Passos vive uma expectativa enorme em torno do HRC. Daqui a pouco, às nove da noite, alguns ídolos veteranos do futebol e da música popular brasileira, entremeados por profissionais ainda em atividades e jogadores locais, vão se enfrentar numa partida beneficente para o Hospital Regional do Câncer, da Santa Casa de Passos. Dia 18 inaugura-se, enfim, o HRC. Não há outro assunto em que se possa tocar.

Mas para não perder o jeito, vamos abordar o teor de um discurso feito por Jefinho na última sessão, ocorrida na segunda.

Novamente o vereador voltou ao ataque à Folha da Manhã. Desta vez defendeu o legislativo, porque, segundo ele, o jornal informara em nota que os vereadores de Passos não trabalham.

Justa indignação, melhor ainda o desafio feito: “que venha fiscalizar o trabalho para verificar in loco quem está trabalhando”, referindo-se aos vereadores que freqüentam a casa com regularidade.

Nós que acompanhamos de perto os trabalhos podemos dar uma contribuição: Jefinho, Dentinho, Tia Cenira, Chaparral, Edmilson e Paulo Rodrigues estão lá todos os dias. Outros nunca vimos, como Tuco, Marcos Saluti e Dr Cláudio Félix. Já alguns de vez em quando, como Zetinho, Renato Andrade. Mesmo assim, sendo contumazes ausentes dos gabinetes, deixam assessores para atender a comunidade e percebe-se o trabalho deles fora da ação parlamentar. É o caso de Dr Claudio Félix, Renato Andrade e Zetinho, que agem nas esferas que representam ou atuam em mobilizações em defesa de causa específica como faz Renato Andrade, trabalhando pela melhoria na MG-050.

O duro da notícia da Folha da Manhã não é tê-la dado, mas o juízo que ela parece querer que a população tenha dos vereadores: que eles não fazem nada.

Mais duro ainda é o Jefinho ter percebido que isto atinge a todos e ter sido o único, entre quem trabalha e outros que nem tanto, a levantar a voz da indignação. Por que será que nem outro fez coro com sua defesa veemente do legislativo passense? Que não é composto por santos, mas que não carrega nenhuma mácula, pelo menos a olho nu, que mereça tal achincalhe, como disse o vereador.

Aí se estabelece a diferença entre fato e notícia. Um fato: O HRC do câncer virou realidade. Uma notícia jogada ao vento: o jornal diário dizer que ninguém na câmara de Passos trabalha. Assim, como se dono da verdade fosse. Será que o que este jornal diz tem credibilidade como notícia embasada em verdades?

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O PMDB tem candidato ao governo

A vitória de Hélio Costa na convenção do PMDB de domingo mostra a força do senador dentro do partido e, se não alija, enfraquece bastante a liderança de Newton Cardoso que dominou a legenda até os dias atuais.

Antonio Andrade, pelas mãos do próprio Hélio Costa, deve ser o principal fator para que a candidatura de Hélio Costa seja irreversível. Pelo menos publicamente, o senador fez valer o discurso: dêem-me Antonio Andrade e serei o vosso candidato.

A primeira parte está cumprida. Os convencionais, até pelo instinto de sobrevivência, atenderam ao apelo. Cabe a Hélio Costa abraçar a candidatura que muitos duvidam que seja sincera.

Aliás, o grupo de Newton Cardoso, durante a convenção, não parava de gritar palavras de ordem que “insinuavam” forte ligação entre Hélio Costa e Aécio Neves. E aí se apresenta mais uma tarefa para o senador candidato, a unificação e pacificação do partido depois da refrega convencional, sempre traumática, quando há disputa.

Se for confirmada a candidatura de Hélio Costa, Passos e região pode ter uma candidatura também fortalecida. Trata-se a de Alexandre Maia a deputado estadual. Ele foi o coordenador da candidatura de Antonio Andrade a presidente do PMDB de Minas, levou para BH quatro vans, que transportaram 44 delegados. Pelo leito natural do rio, se credenciou para ser o coordenador de campanha de Hélio Costa na região, sinal inequívoco do fortalecimento de sua pré candidatura .

Aqui em Passos, promotores deram uma incerta no Pronto Socorro, ou UPA, como queiram. Não encontraram o que muita gente tem notado quando precisa do atendimento: médico. Mas não só, outras irregularidades também foram anotadas, como a de funcionário que já assinou o ponto para o mês inteiro de dezembro. Não só isso, identificaram que os médicos tem um “acordo” de cavaleiros, para que um vá para a casa mais cedo, dando com cumprida sua tarefa antes da hora.

Diante das constatações, os promotores orientaram ao prefeito como agir no caso.

Não chegaremos a tanto. Seria pretensão descabida, posto que não governo, apenas critico. Mas de toda forma vai uma sugestão ao prefeito José Hernani, com quem estabeleci uma convivência pacífica e de quem a população espera mais do que simplesmente uma gestão eficiente: seja o senhor o secretário de saúde. Não há remédio para sua administração se o prefeito não assumir para si a gestão do setor. Entenda, na estou dizendo que deixe de ser prefeito. Apenas sugiro que atenda os anseios de seus eleitores, que lhe conferiram o voto acreditando que a área da saúde seria melhor e constatam, no dia-a-dia, que isto não ocorre.

Nem adianta trocar secretários. Adianta a sua ação presente e permanente no setor.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Vai chegar

Daqui a pouco, por volta das 10 horas de hoje (10/12/09), chega no Posto Roda Branca e de lá será conduzido para a Santa Casa de Passos, o equipamento essencial para o funcionamento do Hospital Regional do Câncer.

Sem dúvida, esta é a maior conquista que a cidade e a região conseguiram nos últimos tempos. Momento importante para lembrar os passos que foram dados até chegar a este momento.

Tudo começou com a luta do GAPOP, instalado numa casa pequena, próxima ao hospital, que tinha como projeto instalar a quimioterapia.

A intenção era acabar com o sofrimento de doentes oncológicos, obrigados a se deslocarem mais de 300, 400 quilômetros para fazer tratamento. Um sofrimento a mais para quem já sofria tanto.

Dado este passo, instalada a quimioterapia, outro foi iniciado.

Era chegada a hora de brigar pela radioterapia, que autorizada poderia permitir a Santa Casa de Passos se credenciar para ter o Hospital do Câncer.

Os pontos positivos começaram a surgir. O primeiro, trabalhado por Alexandre Maia, enquanto deputado federal, foi a autorização para que a cidade pudesse ter seu Hospital Regional do Câncer.

Em março de 2006, a boa notícia dada era de que estavam garantidos R$2,7 milhões, que, no decorrer dos dias, acabaram se transformando em R$3,3 milhões.

E as obras se iniciaram, culminando com a data da inauguração sendo marcada para os dias 17, 18 e 19 deste.

Hoje, chega o equipamento. Encerra-se assim um ciclo de mobilização da região. Agora chegou a vez da Santa Casa pôr para funcionar o HRC, sobreviver no exercício de seu mister de atender pacientes e caminhar por conta própria, porque a comunidade já fez sua parte e é claro que toda vez que for precisa ampliar, buscar novos e mais modernos equipamentos, ela estará disponível para dar sua contribuição.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Voz ativa

A reunião da Câmara de ontem mostrou mais uma vez quem tem voz ativa no legislativo passense.

Numa sessão onde o centro das atenções foi o projeto de lei complementar 004/2009, que amplia vagas no magistério e cai como uma luva para os professores que prestaram concurso, alguns já contratados para dar aulas, mas ainda não efetivados, mas agora com portas abertas para se tornarem “estatutários”, ou seja, entram para meio de lado para o serviço público, porque cerceiam a possibilidade de outros participarem de concurso público.

Há quem diga que está dentro da legalidade, lógico que inclusive a administração atual, mas o importante a ressaltar foi a velocidade com que o projeto foi aprovado.

Numa reunião morna, que contou com a presença de professores designados, que passaram num concurso de 2005, com vagas explicitadas para aquele concurso e viram as portas serem escancaradas para que se tornem efetivos sem a necessidade de prestar novo concurso com a ampliação de vagas que só ocorrem agora, três anos depois.


Contaram, para isso, com dois vereadores, que afinal são os que contam na discussão de temas relevantes na câmara municipal de Passos: Tia Cenira e Edmilson. Se for por placar a Tia Cenira vence por estreita margem, mas ontem eles estavam de acordo.E, aí, venceu o executivo.

E tudo que queriam aconteceu. Para Tia Cenira conta pontos a defesa da categoria, professora que é. Para Edmilson, conta o fato da situação emplacar estes e outros projetos que nem seriam apreciados ontem.

São estes dois que mostram ter voz ativa no legislativo de Passos, depois de um ano de atuação. E a biruta do vento, gira para o lado que um deles, conforme a circunstância, conseguem mais aliados. Ontem, segunda(07/12/09), a biruta dos dois acenou para o mesmo lado.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Pra começo de conversa

Os vereadores de Passos, à frente Renato Andrade, colocaram-se em marcha no dia de ontem (01/12) para questionar a cobrança de pedágio na MG—050. A rodovia está sendo administrada pelo consórcio Nascentes das Gerais em razão de uma iniciativa do governo do Estado de Minas, que criou as Parcerias Públicos Privadas, mas o organograma é um verdadeiro presente para quem está explorando a cobrança de pedágio em sete praças diferentes.

Atuando em apenas dois extremos da MG-050, a concessionária demonstra pouca vontade de acelerar o ritmo das obras, embora o dinheiro caia todo dia em sua burra. O tráfego é intenso. Ontem em 25 minutos efetivamente paralisados, foram contabilizados 500 veículos, fora motos e transportes essenciais (ônibus e ambulâncias).

O local escolhido é emblemático. O “trevo” da Av. Arlindo Figueiredo, sem acostamento, sinalização zero, onde motoristas ficam expostos a todo risco. A rodovia não tem mesmo acostamento e em nem um lugar da região, mesmo com alto índice de acidentes, há esboço sequer de uma terceira faixa.

O trabalho que a Nascentes das Gerais realiza é perfumaria. Limpam os matos das margens, tapam buracos, recapeiam, fingem que atuam e o povo paga pedágio. Motos pagam pedágio, caminhões com eixo erguidos pagam pedágio. E, segundo dizem, o mais caro do Brasil.

O movimento reuniu representações de seis cidades (Passos, São José da Barra, Alpinópolis, São Sebastião do Paraíso, Itaú de Minas, Pratapólis e Fama). Pode ser pouco para um movimento de massa, mas foi o primeiro grito porque com certeza não vai ficar só nesse.

Mudando um pouco de assunto. Recebi dois telefonemas, questionando a análise que fizemos sobre o quadro eleitoral que se desenha para o próximo ano. Um da assessoria de Tuta, pré candidato a deputado estadual pelo PR. O assessor questiona a afirmação de que Tuta vai precisar de muito menos votos do que nosso texto registra. Aqui anotamos 50 mil como o mínimo necessário para qualquer candidato. Eles não dizem quantos, mas explicam que o PR fez na última eleição deputado com 24 mil votos.

A fiúza, também vale em política e ótimo para a região que se mostre verdadeira.

Wagner Caldeira, pré candidato a deputado federal, também ligou e seguiu a mesma linha de raciocínio. Avalia que Renato Andrade vai precisar de pelo 85 mil votos e que ele, pela condição de seu partido, precisará de 45 mil votos.

São cálculos de um e outro candidato, mas o que é preciso registrar que votos são conquistados de duas formas: 1) Quem tiver bala na agulha para “investir” compra votos; 2) Quem não tem, mostra serviço, compromisso com a região e luta de forma permanente.

Aqui, pelo porte de nossas candidaturas, não se vê ninguém com mala preta capaz de comprar tantos votos,sejam 24 mil, 45 mil, 50 mil ou 85 mil, o que, a princípio, é salutar, porque assim fica claro que todos os que se arvoram em serem candidatos têm que concretizar essa ambição com muita luta e serviço prestado à comunidade regional.