terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Em débito

Estou em débito com os leitores desse blog. As tarefas assumidas neste fim de ano acabaram por me afastar das análises de temas da política local, regional e nacional.

Enfim, peço desculpas.

Mas voltando aos temas, comecemos pelos locais. Um dia antes da inauguração do Hospital do Câncer ser inaugurado, a Câmara de Passos se reuniu de forma solene e fez a entrega de títulos de cidadão honorário a Sargento Damasceno, do exército brasileiro, Marco Túlio Costa e Wagner Caldeira, além da entrega da medalha do mérito legislativo ao juiz de direito Arsênio.

Diferente dos que se imaginam donos da verdade, e não passam de meros mequetrefe, as homenagens eram merecidas, por razões diferentes e também por graduações de tempo, hora e lugar.

Se há alguém que tenham aqui e ali uma vida polêmica, talvez por viver a realidade e não o mundo da ficção e, talvez, por não ostentar conta bancária extremamente polpuda, esse pelo menos não se esconde na mesquinharia e busca ter uma participação efetiva na sociedade, ao se esconde em bastidores e no uso felino de uma língua desgastada pelo uso incorreto ao longo dos anos.

Para ilustrar meu pensamento, quero parabenizar Wagner Caldeira que representa muito bem o que quero expressar: cidadão é que faz. Não merece nenhum crédito os inúteis críticos de plantão.

Um exemplo de trabalho deu, por exemplo, Alexandre Maia, quando viu a obra para qual cooperou de forma decisiva ser inaugurada, o HRC. Em seu discurso resgatou a participação do GAPOP na idealização do Hospital do Câncer e viu, um a um dos oradores, fazer jus à sua participação na história.

Foi, na verdade, a inauguração do HRC e o primeiro ato público de quem tem as maiores chances de se eleger deputado estadual.

Por outro lado, há os que usam a instituição de forma descarada fora do foco que deveria ser o seu objetivo.

Falamos aqui de Fábio Kallas, que tem colocado a FESP para patrocinar festivais da canção, do boteco, de boleiros e por aí vai. Notícias de cursos importantes nenhuma. Devia dar uma chegadinha em Alfenas e ver como a UNIFAL, pública e gratuita, encontrou caminhos para implantar lá uma faculdade de medicina, tendo quarteirões acima, outra da UNIFENAS.

É o caso de se perguntar: Falta competência a Fábio Kallas ou sobra demagogia?

Se quiser, ele mesmo pode responder usando este espaço.

Para finalizar: Vamos celebrar o amor, desejos de um novo cheio de alegrias...é um sonho para gente dividir com alguém: Maria

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

De notícias e fatos

Hoje, quarta-feira, 16 de dezembro, Passos vive uma expectativa enorme em torno do HRC. Daqui a pouco, às nove da noite, alguns ídolos veteranos do futebol e da música popular brasileira, entremeados por profissionais ainda em atividades e jogadores locais, vão se enfrentar numa partida beneficente para o Hospital Regional do Câncer, da Santa Casa de Passos. Dia 18 inaugura-se, enfim, o HRC. Não há outro assunto em que se possa tocar.

Mas para não perder o jeito, vamos abordar o teor de um discurso feito por Jefinho na última sessão, ocorrida na segunda.

Novamente o vereador voltou ao ataque à Folha da Manhã. Desta vez defendeu o legislativo, porque, segundo ele, o jornal informara em nota que os vereadores de Passos não trabalham.

Justa indignação, melhor ainda o desafio feito: “que venha fiscalizar o trabalho para verificar in loco quem está trabalhando”, referindo-se aos vereadores que freqüentam a casa com regularidade.

Nós que acompanhamos de perto os trabalhos podemos dar uma contribuição: Jefinho, Dentinho, Tia Cenira, Chaparral, Edmilson e Paulo Rodrigues estão lá todos os dias. Outros nunca vimos, como Tuco, Marcos Saluti e Dr Cláudio Félix. Já alguns de vez em quando, como Zetinho, Renato Andrade. Mesmo assim, sendo contumazes ausentes dos gabinetes, deixam assessores para atender a comunidade e percebe-se o trabalho deles fora da ação parlamentar. É o caso de Dr Claudio Félix, Renato Andrade e Zetinho, que agem nas esferas que representam ou atuam em mobilizações em defesa de causa específica como faz Renato Andrade, trabalhando pela melhoria na MG-050.

O duro da notícia da Folha da Manhã não é tê-la dado, mas o juízo que ela parece querer que a população tenha dos vereadores: que eles não fazem nada.

Mais duro ainda é o Jefinho ter percebido que isto atinge a todos e ter sido o único, entre quem trabalha e outros que nem tanto, a levantar a voz da indignação. Por que será que nem outro fez coro com sua defesa veemente do legislativo passense? Que não é composto por santos, mas que não carrega nenhuma mácula, pelo menos a olho nu, que mereça tal achincalhe, como disse o vereador.

Aí se estabelece a diferença entre fato e notícia. Um fato: O HRC do câncer virou realidade. Uma notícia jogada ao vento: o jornal diário dizer que ninguém na câmara de Passos trabalha. Assim, como se dono da verdade fosse. Será que o que este jornal diz tem credibilidade como notícia embasada em verdades?

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O PMDB tem candidato ao governo

A vitória de Hélio Costa na convenção do PMDB de domingo mostra a força do senador dentro do partido e, se não alija, enfraquece bastante a liderança de Newton Cardoso que dominou a legenda até os dias atuais.

Antonio Andrade, pelas mãos do próprio Hélio Costa, deve ser o principal fator para que a candidatura de Hélio Costa seja irreversível. Pelo menos publicamente, o senador fez valer o discurso: dêem-me Antonio Andrade e serei o vosso candidato.

A primeira parte está cumprida. Os convencionais, até pelo instinto de sobrevivência, atenderam ao apelo. Cabe a Hélio Costa abraçar a candidatura que muitos duvidam que seja sincera.

Aliás, o grupo de Newton Cardoso, durante a convenção, não parava de gritar palavras de ordem que “insinuavam” forte ligação entre Hélio Costa e Aécio Neves. E aí se apresenta mais uma tarefa para o senador candidato, a unificação e pacificação do partido depois da refrega convencional, sempre traumática, quando há disputa.

Se for confirmada a candidatura de Hélio Costa, Passos e região pode ter uma candidatura também fortalecida. Trata-se a de Alexandre Maia a deputado estadual. Ele foi o coordenador da candidatura de Antonio Andrade a presidente do PMDB de Minas, levou para BH quatro vans, que transportaram 44 delegados. Pelo leito natural do rio, se credenciou para ser o coordenador de campanha de Hélio Costa na região, sinal inequívoco do fortalecimento de sua pré candidatura .

Aqui em Passos, promotores deram uma incerta no Pronto Socorro, ou UPA, como queiram. Não encontraram o que muita gente tem notado quando precisa do atendimento: médico. Mas não só, outras irregularidades também foram anotadas, como a de funcionário que já assinou o ponto para o mês inteiro de dezembro. Não só isso, identificaram que os médicos tem um “acordo” de cavaleiros, para que um vá para a casa mais cedo, dando com cumprida sua tarefa antes da hora.

Diante das constatações, os promotores orientaram ao prefeito como agir no caso.

Não chegaremos a tanto. Seria pretensão descabida, posto que não governo, apenas critico. Mas de toda forma vai uma sugestão ao prefeito José Hernani, com quem estabeleci uma convivência pacífica e de quem a população espera mais do que simplesmente uma gestão eficiente: seja o senhor o secretário de saúde. Não há remédio para sua administração se o prefeito não assumir para si a gestão do setor. Entenda, na estou dizendo que deixe de ser prefeito. Apenas sugiro que atenda os anseios de seus eleitores, que lhe conferiram o voto acreditando que a área da saúde seria melhor e constatam, no dia-a-dia, que isto não ocorre.

Nem adianta trocar secretários. Adianta a sua ação presente e permanente no setor.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Vai chegar

Daqui a pouco, por volta das 10 horas de hoje (10/12/09), chega no Posto Roda Branca e de lá será conduzido para a Santa Casa de Passos, o equipamento essencial para o funcionamento do Hospital Regional do Câncer.

Sem dúvida, esta é a maior conquista que a cidade e a região conseguiram nos últimos tempos. Momento importante para lembrar os passos que foram dados até chegar a este momento.

Tudo começou com a luta do GAPOP, instalado numa casa pequena, próxima ao hospital, que tinha como projeto instalar a quimioterapia.

A intenção era acabar com o sofrimento de doentes oncológicos, obrigados a se deslocarem mais de 300, 400 quilômetros para fazer tratamento. Um sofrimento a mais para quem já sofria tanto.

Dado este passo, instalada a quimioterapia, outro foi iniciado.

Era chegada a hora de brigar pela radioterapia, que autorizada poderia permitir a Santa Casa de Passos se credenciar para ter o Hospital do Câncer.

Os pontos positivos começaram a surgir. O primeiro, trabalhado por Alexandre Maia, enquanto deputado federal, foi a autorização para que a cidade pudesse ter seu Hospital Regional do Câncer.

Em março de 2006, a boa notícia dada era de que estavam garantidos R$2,7 milhões, que, no decorrer dos dias, acabaram se transformando em R$3,3 milhões.

E as obras se iniciaram, culminando com a data da inauguração sendo marcada para os dias 17, 18 e 19 deste.

Hoje, chega o equipamento. Encerra-se assim um ciclo de mobilização da região. Agora chegou a vez da Santa Casa pôr para funcionar o HRC, sobreviver no exercício de seu mister de atender pacientes e caminhar por conta própria, porque a comunidade já fez sua parte e é claro que toda vez que for precisa ampliar, buscar novos e mais modernos equipamentos, ela estará disponível para dar sua contribuição.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Voz ativa

A reunião da Câmara de ontem mostrou mais uma vez quem tem voz ativa no legislativo passense.

Numa sessão onde o centro das atenções foi o projeto de lei complementar 004/2009, que amplia vagas no magistério e cai como uma luva para os professores que prestaram concurso, alguns já contratados para dar aulas, mas ainda não efetivados, mas agora com portas abertas para se tornarem “estatutários”, ou seja, entram para meio de lado para o serviço público, porque cerceiam a possibilidade de outros participarem de concurso público.

Há quem diga que está dentro da legalidade, lógico que inclusive a administração atual, mas o importante a ressaltar foi a velocidade com que o projeto foi aprovado.

Numa reunião morna, que contou com a presença de professores designados, que passaram num concurso de 2005, com vagas explicitadas para aquele concurso e viram as portas serem escancaradas para que se tornem efetivos sem a necessidade de prestar novo concurso com a ampliação de vagas que só ocorrem agora, três anos depois.


Contaram, para isso, com dois vereadores, que afinal são os que contam na discussão de temas relevantes na câmara municipal de Passos: Tia Cenira e Edmilson. Se for por placar a Tia Cenira vence por estreita margem, mas ontem eles estavam de acordo.E, aí, venceu o executivo.

E tudo que queriam aconteceu. Para Tia Cenira conta pontos a defesa da categoria, professora que é. Para Edmilson, conta o fato da situação emplacar estes e outros projetos que nem seriam apreciados ontem.

São estes dois que mostram ter voz ativa no legislativo de Passos, depois de um ano de atuação. E a biruta do vento, gira para o lado que um deles, conforme a circunstância, conseguem mais aliados. Ontem, segunda(07/12/09), a biruta dos dois acenou para o mesmo lado.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Pra começo de conversa

Os vereadores de Passos, à frente Renato Andrade, colocaram-se em marcha no dia de ontem (01/12) para questionar a cobrança de pedágio na MG—050. A rodovia está sendo administrada pelo consórcio Nascentes das Gerais em razão de uma iniciativa do governo do Estado de Minas, que criou as Parcerias Públicos Privadas, mas o organograma é um verdadeiro presente para quem está explorando a cobrança de pedágio em sete praças diferentes.

Atuando em apenas dois extremos da MG-050, a concessionária demonstra pouca vontade de acelerar o ritmo das obras, embora o dinheiro caia todo dia em sua burra. O tráfego é intenso. Ontem em 25 minutos efetivamente paralisados, foram contabilizados 500 veículos, fora motos e transportes essenciais (ônibus e ambulâncias).

O local escolhido é emblemático. O “trevo” da Av. Arlindo Figueiredo, sem acostamento, sinalização zero, onde motoristas ficam expostos a todo risco. A rodovia não tem mesmo acostamento e em nem um lugar da região, mesmo com alto índice de acidentes, há esboço sequer de uma terceira faixa.

O trabalho que a Nascentes das Gerais realiza é perfumaria. Limpam os matos das margens, tapam buracos, recapeiam, fingem que atuam e o povo paga pedágio. Motos pagam pedágio, caminhões com eixo erguidos pagam pedágio. E, segundo dizem, o mais caro do Brasil.

O movimento reuniu representações de seis cidades (Passos, São José da Barra, Alpinópolis, São Sebastião do Paraíso, Itaú de Minas, Pratapólis e Fama). Pode ser pouco para um movimento de massa, mas foi o primeiro grito porque com certeza não vai ficar só nesse.

Mudando um pouco de assunto. Recebi dois telefonemas, questionando a análise que fizemos sobre o quadro eleitoral que se desenha para o próximo ano. Um da assessoria de Tuta, pré candidato a deputado estadual pelo PR. O assessor questiona a afirmação de que Tuta vai precisar de muito menos votos do que nosso texto registra. Aqui anotamos 50 mil como o mínimo necessário para qualquer candidato. Eles não dizem quantos, mas explicam que o PR fez na última eleição deputado com 24 mil votos.

A fiúza, também vale em política e ótimo para a região que se mostre verdadeira.

Wagner Caldeira, pré candidato a deputado federal, também ligou e seguiu a mesma linha de raciocínio. Avalia que Renato Andrade vai precisar de pelo 85 mil votos e que ele, pela condição de seu partido, precisará de 45 mil votos.

São cálculos de um e outro candidato, mas o que é preciso registrar que votos são conquistados de duas formas: 1) Quem tiver bala na agulha para “investir” compra votos; 2) Quem não tem, mostra serviço, compromisso com a região e luta de forma permanente.

Aqui, pelo porte de nossas candidaturas, não se vê ninguém com mala preta capaz de comprar tantos votos,sejam 24 mil, 45 mil, 50 mil ou 85 mil, o que, a princípio, é salutar, porque assim fica claro que todos os que se arvoram em serem candidatos têm que concretizar essa ambição com muita luta e serviço prestado à comunidade regional.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A luta pelos votos

Pelo andar da carruagem, Passos e região vão continuar tendo que se contentarem com a representação política vindo de São Sebastião do Paraíso. A falta de acordo entre as lideranças políticas já faz vislumbrar um cenário de grandes dificuldades para a eleição de um deputado estadual. No cenário para a federal o quadro é um pouco diferente, mas também tem suas dificuldades.

Vamos começar por analisar o quadro para a disputa para deputado estadual. Quem hoje, no momento atual, reúne melhores condições para disputar é Alexandre Maia. Isto não se ancora em dados de pesquisas que, se existirem , são mantidas em sigilo, mas nas perspectivas de alavancagem eleitoral.

Ele conta com a possibilidade concreta de ter como cabeça de chapa Hélio Costa. O senador Hélio Costa só deixa de ser candidato se a chapa que concorre a eleição do PMDB de Minas vencedora foi a do PMDB da Base. Pelo menos é o que tem dito na campanha que faz para o deputado federal Antonio Andrade.

Melhor para Alexandre que Hélio Costa seja o candidato do PMDB, se isto acontecer ele vai sair na frente.
Já Cassio Soares, que está fazendo uma boa articulação a nível de cúpula, depende muito de duas coisas: 1) que esta articulação resulte em apoio concreto e 2) que o governo do Estado resolva apostar de verdade na sua candidatura.

Se não conseguir transformar a distribuição de benefícios, principalmente na área de segurança, que tem feito de forma sistemática, em intenção de votos, o apoio pode ser tímido e sua candidatura naufraga e ajuda naufragar as outras.

No caso de Dr José Orlando, o Tuta, a estratégia de sair do PSBD para ir para o PR pode ter sido um tiro no pé.

Na busca de menos votos para completar a soma que lhe dá coeficiente eleitoral, Tutta desguarneceu o PSDB que está indo a Passos largo para o colo de adversários dentro da própria sigla. E com uma desvantagem que será a de que daqui pouco ver que precisará de pelo menos 50 mil votos para ser eleito, o que talvez seja o mesmo de Alexandre Maia e um pouco menos para Cássio Soares.

Se fosse um só, Passos poderia entrar com 40 mil votos. Os outros 10 mil seriam conquistados na região. Divididos em três, saem perdendo de cara e para que um deles ganhe, tem que conquistar pelo menos 25 mil votos.

Uma missão difícil.

No cenário para federal, Renato Andrade e Wagner Caldeira precisam se entender. Dois candidatos é muito em qualquer hipótese, mas que a cidade e a região precisa de alguém dando a cara a tapa para este fim este preciso.

De qualquer forma, tanto Renato Andrade como Wagner Caldeira estão certos em ir para o pleito. Se pudessem se entender seria melhor para a região e este entendimento tem que ser buscado.

Agora mesmo a decisão de Renato Andrade de se candidar lhe deu ânimo novo, como demonstra pela mobilização em torno da questão do pedágio da MG-050 e da gratuidade para os que tem mais de 60 anos no transporte coletivo.

Wagner parece que prefere o caminho da ação discreta, mas temos notícia que esta atrás de pessoas ligadas ao seu partido, fazendo contato por toda Minas Gerais.

De repente, embora a quantidade de votos para se eleger um deputado federal não fique em menos de 65 mil, podemos ter um federal eleito, ainda mais se Melles deixar o flanco aberto, para postular a vice-governadoria, ou o senado.

São elucubrações, mas servem ao debate de como será possível Passos e região recuperarem a representação política, que é um dever de toda sociedade, não apenas de candidatos, senão vamos ter que continuar delegando a São Sebastião do Paraíso nossa representação política, que tem sido frustrante para esta região, notadamente para Passos.

sábado, 28 de novembro de 2009

Palanque

Ontem, 27/11/2009, a AMEG completou 25 anos de existência. Uma oportunidade para quem sabe fazer política se movimentar. Foi o que fez Mauro Zanin, prefeito de São Sebastião do Paraiso e presidente da associação.

Ele homenageou os fundadores, deixando para Cóssimo de Freitas, primeiro presidente da instituição e atual vice prefeito de Passos, para ser o orador oficial da cerimônia. Tratou de nomear um a um os que foram presidentes e que ainda estão vivos.

Depois deixou Carlos Melles falar.

Tanto bastou para a festa tomar um outro rumo e virar palanque. O deputado falou de tudo...do governo Aécio...da intenção do governador de Minas em fazer um último ano de gestão com muitas obras e iniciativas administrativas, quase sempre colocando o próprio Melles como parceiro de grande sucesso.

Há quem diga que Carlos Melles deseja ser vice-governador, ou até candidato a senador, e, por aí, até se justificaria sua fala. Mas ele cometeu uma indelicadeza com a cidade.

Na hora de pedir votos, pediu para Antonio Carlos Arantes, Cassio Soares, citou Nárcio Rodrigues e Zé Maia, mas esqueceu outros nomes que também pleiteiam a mesma coisa, como Alexandre Maia, que está em Brasilia e Dr José Orlando Tuta, presente ao evento.

O que ficou parecendo, e pode até que nãos seja esta a intenção, é que Mauro Zanin, prefeito de São Sebastião do Paraíso, montou um palanque para o seu conterrâneo discursar que, ao fazer uso do mesmo, não conseguiu disfarçar o pouco apreço que tem pela cidade de Passos e suas lideranças.

Uma falha que conseguiu empanar o brilho de um evento que tinha todas as razões de ser feito.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Esparramando mentiras, colhendo ventos

A Folha da Manhã trouxe na edição de hoje o que poderíamos chamar de uma contra manchete, na de ontem (26/11), arrebentou com o ex-prefeito Ataíde Vilela, colocando o como inelegível, num julgamento de segunda instância, o que, outros órgãos de imprensa responsáveis, como a Gazeta Regional de Passos e este Correio dos Lagos Online, conseguiram levantar como mentira com dois breves telefonemas.

Nem é o caso de entrar no mérito se Ataíde terá ou não sua sentença em primeira instância, que o tornou, ai sim, inelegível, confirmada na segunda. O que precisa ser investigado é como uma matéria de alto poder corrosivo sobre a imagem pública do ex-prefeito tenha sido levada ao conhecimento público por gente que conta como vantagem o fato de ser formada, possuir diploma de jornalista, incluindo o diretor.

O remendo de hoje não apaga o prejuízo moral que o jornal já causou. A notícia se assemelha a penas jogadas de uma torre num dia de ventania. Vai cair em lugares distantes e nunca mais essas condições se repetirão. Ou seja, é impossível recolhe-las.

Ao contrário, a notícia que procura desmentir o que ontem foi estampado em letras garrafais só vai despertar a curiosidade de quem ainda não a leu. Desmente, mas confirma, de certa forma, o que já foi noticiado.

Mas há algo que merece que se detenha sobre a informação mentirosa publicada com muito mais destaque do que a confissão tímida e envergonhada do erro, que hoje a Folha da Manhã fez veicular, querendo insinuar que foi levada a erro pelo site do Ministério Público Estadual.

Ora, além de não apurar com rigor o que ia noticiar, ainda joga em cima da instituição MP a motivação pela sua incapacidade de checar informações e verificar a correção dos dados que tinha em mãos.

A Folha da Manhã, diário de Passos, na sua edição do dia 26 de novembro de 2009, subiu na torre e espalhou mentiras. Na edição de hoje, ao tentar corrigir o erro, colheu ventos, porque a notícia não se cobre com um único desmentido.

Se o jornal for corajoso e compromissado com a verdade, deve passar um mês, colocando no seu rodapé: “Erramos: a noticia do dia 26/11, publicada neste jornal, não procede. O ex-prefeito Ataíde Vilela ainda nem foi julgado em 2ª instância, o que aconteceu é que Folha da Manhã publicou uma mentira”,

É o mínimo, embora não suficiente, para recuperar um pouco da credibilidade que se perde com tamanha desfaçatez ao publicar tal matéria.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Monumental Barriga

A queda na arrecadação e a diminuição no ritmo de obras espalhadas pela cidade, que aconteceram simultaneamente à posse do prefeito José Hernani, além da demora para colocar em funcionamento o novo Pronto Socorro Municipal, aliada a crônica falta de médicos para atender na área da saúde, uma área problemática demais em qualquer parte do País, mas tinha solução apontada durante a campanha do atual prefeito, acabaram por transformar Ataíde Vilela numa espécie de unanimidade entre os “arrependidos” do voto dado no pleito passado.

Ainda não faz um ano que José Hernani governa e já há quem ache que a eleição em 2012 é favas contas para o ex-prefeito Ataíde Vilela. Nem tanto ao mar e nem tanto à terra.

De fato o senso comum e a pesquisa de “qualidade”, aquela que os especialistas e observadores da cena fazem acompanhando as conversas e o humor nelas contidas, dá ponto favorável ao antecessor do atual.

Mas é preciso usar da inteligência para não cair na ilusão de que a prefeitura já está de novo no braço de Vilela e que à Hernani não há chance de recuperação.

Pura tolice.

E esta luta política se desdobra em vários campos. Até no jurídico. Agora mesmo a Folha da Manhã parece ter embarcado numa tremenda canoa furada ao publicar matéria dando como inelegível o ex-prefeito Ataíde Vilelal, numa ação por contratação irregular. Na verdade a condenação é de primeira instância e o feito ainda nem subiu para o Tribunal de Justiça. As pesquisas estão sendo feitas aqui na redação e pela equipe de reportagem e, se confirmada, a Folha da Manhã, leva o título de "Barriga do ano", por ter publicado matéria sem confirmação do fato. De outro lado, Hernani tem entrevista coletiva para anunciar um pacote de obras, que vai significar investimentos da ordem de R$19 milhões em Passos (construção de 500 casas populares, restaurante popular e pavimentação de ruas).

Algo que para a situação pode significar motivos para comemorar.

Mas ainda é necessário cautela. Em primeiro porque a Folha da Manhã, se comeu esta imensa e indigesta bola, deu munição para que Ataíde reaja e coloque tudo como uma manobra política para desmoraliza-lo, e, se tiver habiliade, mostrar que esta manobra foi urdida entre adversários, colocando o jornalão dentro desse balaio. Em segundo, porque a população tem uma opinião cristalizada (diferente de formada, é bom que se frise) de que a saúde é um caos e é na melhoria do setor que a população apostou em Hernani. Se isto não vier, ainda haverá muito de negativo a remover da pele grossa do desgaste grudado na situação.
E o pior, no afã de liquidar o adversário de maior envergadura podem é estar o promovendo.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

A cidade ou política, o que é mais importante?

A Câmara de vereadores viveu ontem (23/11) uma sessão agitada. Primeiro a Cisne, representada pelos seus diretores, foi justificar porque não pode deixar de cobrar dos que têm mais de 60 anos. “Ainda não fomos avisados pelo poder concedente”, disse Hélio Marques, Diretor da Empresa, como se para cumprir uma decisão judicial o executivo estivesse acima. Decisão da justiça é para ser obedecida, ainda mais quando ocorre em última instância, como é o caso.

Para cumprir a determinação legal, o diretor da empresa disse que necessita de subsídios da prefeitura, o que foi defendido pelo vereador Cláudio Fêlix e o que Edmilson Amparado se mostrou disposto a levar ao conhecimento da administração.

Aliás o transporte coletivo em Passos do jeito que está hoje é inviável por si só. O sistema implantado, concebido como circular, está fadado ao fracasso. A própria empresa em reservado admite que o número de usuário já caiu e que a concorrência com o moto taxi é sufocante. “Quem pode pagar anda de moto taxi e os que não podem andam de ônibus”, desabafou Hélio Marques na reunião de ontem.

O fato é que a lei terá que ser cumprida. Mais cedo ou mais tarde. E a viabilização do transporte coletivo passa pelo preço da tarifa, que tem que ser barata e não pode passar de R$1,00. A saída é a implantação do Cartão Cidadão, se isto não ocorrer viverá- se uma lenta agonia do sistema e não se assustem se a Cisne, a exemplo do que fez a TCP, bater em retirada.

A outra discussão que dominou a sessão foi sobre a derrubada do veto que o prefeito fez ao REFIS, que afinal aconteceu.

Antes da votação secreta (6 pela derrubada e 5 contrários), havia um ambiente de dúvida entre alguns vereadores da oposição, que se mostravam favoráveis a manutenção, que indagavam se a cidade estava em condições de perder um recurso buscado no vazio (já que era de devedores pouco dispostos a saldar seus débitos em condições normais).

Prevaleceu a idéia de que a administração estaria punindo quem paga em dia em detrimento de caloteiros de todo porte (pequeno, médio e grande). A Câmara fez média com os pequenos e puniu a prefeitura na chance de arrecadar mais.

Bom para a oposição, que vai continuar cobrando recursos para a saúde, tapa buracos, assistência social. Ruim para a cidade que assiste uma demagogia prevalecer.

Mas a senha para a aprovação foi dada pelo vereador Tuco, líder do prefeito. Ele disse, diante do argumento de que havia parecer jurídico sustentando a constitucionalidade das emendas apresentadas pelos vereadores (diferente do argumento do executivo), que advogados arrumam parecer conforme a encomenda.

A isto somou-se a fala do chefe de Gabinete, tomada como ameaça pelos vereadores de oposição, de que se os vetos fossem derrubados o caminho a seguir seria o de recorrer à justiça.

No frigir dos ovos, depois dos erros de condução do processo e dos equívocos no diálogo com os vereadores (cobrança iniciada antes da apreciação do vetos e ausência do anúncio de compensação para quem paga em dia), não vai restar outra alternativa à administração que recorrer mesmo à justiça. Até há grande chance da tese de inconstitucionalidade das emendas prevalecer, mas como diziam os antigos em cabeça de juiz ninguém consegue entrar com antecedência. Ou seja, o risco de perder também existe. Uma situação que deixa o executivo num beco sem saída.

Ah, quanto a resposta a pergunta que dá título a esta análise parece claro que para a oposição a política prevalece, bem entendido de que ela se insere no velho contexto de quanto pior tiver um governo melhor (para a oposição), que conseqüência isso possa ter para a comunidade pouca importa.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Fissuras na Oposição

A oposição vai ter seu primeiro problema sério. O vereador Jeferson Faria, o Jefinho, oficiou seu desligamento do bloco e passa a agir como fiel da balança. Ele não explicita as razões, mas, com certeza, vai se saber logo logo o motivo deste desligamento.

De toda forma a atitude tomada por Jefinho, comprova o que temos registrado nesse blog. Ele é o vereador de maior independência partidária e desde o primeiro momento tem dito que vota no que for bom para a cidade.
Mostrou-se até agora um crítico de posições não muito republicanos, como foi o caso da Resolve Service, da compra do Contry pela FESP, das horas extras, só para ficar nesses exemplos.

Agora, com este desligamento, torna-se o vereador mais cortejado da Câmara Municipal, mas ele representa a fissura mais séria surgida na oposição até o momento.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Saúde! Saúde....

A enquete que o Correio dos Lagos (www.correiodoslagos.com.br) deixou no ar por mais de 20 dias mostra que a população de Passos sabe o que quer. A necessidade de um hospital público é algo desejado por 95% das pessoas que responderam a enquete. Evidente que isto é necessário.

A Santa Casa de Passos é, sem dúvida, um grande hospital, tem todas as características de uma instituição hospitalar regional, mas, em situações específicas, principalmente no relacionamento com os poderes públicos regionais, impõe condições que muitos julgam draconianas.

A direção argumenta que esta é a única forma de garantir qualidade no serviço e isto pode até ser verdade, mas se não for não há como contra argumentar, porque não há nada para contrapor a esta argumentação.

Observadores, cidadãos antenados com o que acontece ao derredor e que conseguem fugir das loas, tem opinião bem diferente sobre o que acontece na instituição. Nós mesmos aqui no Correio dos Lagos online recebemos, vez ou outra, cartas (e-mails) sugerindo pautas, analisando o contexto do maior hospital de Passos. Uma delas, resguardando a fonte, passamos ao conhecimento de todos.

"Já que traz notícias de Passos e Região (o Correio dos Lagos Online),opiniões, acho que seria legal ter reportagem sobre a área de saúde, que não está nada boa em Passos! Por favor investiguem, vão ver que a reportagem tem fundamento.

A Santa Casa de Passos vive recebendo Creditações, está sempre entre as melhores no setor saúde, mas deixa a desejar no sentido de cargos e salários.Soube de fontes seguras que funcionários estão há mais de 10 anos com a Carteira assinada como auxiliar de enfermagem, sendo que suas carteiras profissionais são de técnicos e os salários pagos são baixíssimos, para auxiliares, técnicos e enfermeiros, além disso, os funcionários fizeram uma prova para serem contratados como técnicos de enfermagem, mas estas provas foram parar na gaveta.

Será que estas Creditações têm conhecimento disso? Em minha opinião estes cargos deviam ter um salário digno, pois o trabalho que eles executam são merecedores de um bom salário, trabalham por escala, alguns não dormem a noite, as atividades são constrangedoras,pesadas e difíceis!

Outro fator a ser discutido são as doações do HRC (Hospital do Cancêr). Todas as verbas, doações estão sendo destinadas ao Hospital?Como são doações de muitos lugares, de muitas pessoas, penso que deveria existir uma Auditoria, ou intervenção MP para checar se existe alguma irregularidade, afinal é o dinheiro da população em prol de um bem maior "o Hospital".”

São questionamentos que merecem uma resposta da Santa Casa, em respeito ao que a comunidade lhe devota. O espaço aqui está aberto para este fim, se a direção da instituição quiser se pronunciar.

Mas o fundamental é que alguém de coragem assuma a bandeira de que em Passos precisa ser erguido um hospital público. Embrião para isso já existe, que é o novo Pronto Socorro, ou UPA, basta ter querer seguir em frente. A cidade agradece.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Acéfalo

Chega até nós a informação de que em Passos não há PSDB. Trata-se do desenrolar da queda de braço entre o grupo de Ataíde e do presidente da FESP, Fábio Kallas. O de Ataíde quer ver o vereador Luiz Carlos Souto Junior, como presidente da legenda. Do lado de Fábio Kallas, a decisão é de emplacar Ézio Joelle. Aliás, esta não é mesmo uma condição para ser presidente de qualquer partido, mas no caso em tela vai mostrar quem tem prestígio junto à cupula tucana de Minas Gerais.

Se a avaliação da densidade eleitoral valesse, Dentinho -ele teve cerca de 950 votos - já poderia ser considerado o novo presidente da legenda, mas o outro grupo quer emplacar um sem (cem?) voto como cabeça da agremiação na cidade. Além de Dentinho, há Ataíde, hoje uma liderança de expressiva densidade eleitoral e, também, o apoio velado do médico José Orlando Tuta, ex-presidente e que só deixou a legenda para se cacifar como potencial candidato a deputado estadual. Para completar o deputado estadual Domingos Sávio, apóia o grupo de Ataíde.

Do outro lado, existe o deputado federal Nárcio Rodrigues, majoritário na cidade e que conta com a simpatia do governador. Ele será o “mediador” do embate, porque a negociação para definir a nova executiva, na verdade comissão provisória, passa por ele.

Se ele quiser respeitar a cidade e a força política do PSDB no município, cede a presidência para o grupo de Ataíde. Caso contrário apóia o grupo de Fábio Kallas.

Sem ouvir ninguém, inferindo apenas pelo conhecimento da política, se a pressão do pessoal ligado ao ex-prefeito não for eficiente, leva Kallas e emplaca quem ele quiser na presidência. Ou seja o PSDB de Passos, pode cair nas mãos de quem não tem voto nenhum, jogando fora quem, numa avaliação simplista, pode chegar aos 40 mil votos.

Por falar em votos, o vereador Renato Andrade acaba de conquistar uma vitória na justiça que o coloca em destaque no cenário. O Tribunal de Justiça considerou constitucional a lei que estende aos que têm 60 anos o direito à gratuidade no uso do transporte coletivo da cidade.

Aliás, os vereadores desta gestão tem se caracterizado pela apresentação de propostas de lei interessante.

Na última sessão, por exemplo, duas delas foram aprovadas. Uma de autoria de Tia Cenira institui o Dia do Evangélico e a outra, de autoria de Paulo Francisco Rodrigues, obriga a publicação na internet das contas públicas detalhadas (Projeto Transparência).

Cada um per si tem o seu valor, mas o projeto Transparência tem alcance maior, já que muda a cultura atual e a aproxima o cidadão ainda mais do poder público, ao lhe permitir instrumentos de acompanhamento da gestão, portanto formas mais adequadas de avaliar os trabalhos dos poderes públicos.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Prevaleceu o bom senso

Na reunião da Audiência Pública, convocada de maneira tímida pelo legislativo passense, quando se buscou ouvir entidades da sociedade civil sobre o que gostariam que constassem no orçamento, o radialista e diretor da TV Independência, Marcelo Piotto, pediu que fosse dado fim ao que considera privilégio à Folha da Manhã. Falando como cidadão, Piotto destacou que a TV Independência não recebeu este ano nenhuma verba publicitária por parte da administração, enquanto o jornal tem sido agraciado com muitos recursos, na sua avaliação.

Ontem (11/11/) falei com membro da assessoria de imprensa da prefeitura, que não concordou com a avaliação feita por Marcelo Piotto. Ele disse que a administração tem destinado recursos aos órgãos de imprensa proporcional ao porte, penetração e audiência. Disse ainda que tinha a informação de que a TV Independência estava estruturando sua programação para entrar no ar em dezembro, quando, então, seria tratada da questão das verbas publicitárias.

De qualquer forma faz-se o registro aqui neste espaço que no curto espaço de dois dias, a Folha da Manhã recebeu duras críticas no legislativo. Uma partindo dos vereadores e outra do de um diretor de meio de comunicação. Isto pode significar muitas coisas. Mas no caso do diário local sinaliza para um desgaste de convivência, quando a postura editorial do mesmo deixa transparecer uma maleabilidade regrada nem sempre pelos lados que compõem uma notícia.

Os dias que se seguirão se encarregarão de mostrar a verdadeira face de todos os envolvidos na discussão. A de todos, inclusive a nossa.

O STF, mudando um pouco de assunto, colocou fim a expectativa dos suplentes de vereadores assumirem, sustentado na emenda que amplia vagas nos legislativos municipais em todo Brasil.

Uma decisão sensata, porque seria uma interferência indevida do Congresso Nacional numa decisão que o cidadão tomou em 2008, quando votou para eleger a atual composição e não a outra proposta agora.

O STF reconheceu o direito do legislador em fazer leis, mas elas têm o tempo certo para serem colocadas em prática. No caso em tela, as mudanças na composição nos legislativos municipais passam a valer para o ano de 2012. A partir deste ano, Passos vai contar com 17 vereadores.

Prevaleceu, enfim, na decisão do Supremo Tribunal Federal, o bom senso satisfazendo a expectativa do cidadão comum, que aguardava ansioso que esta agressão à Constituição, por tabela, à cidadania, não fosse levada adiante.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

REFIS e o desabafo contra a Folha da Manhã

A reunião da Câmara Municipal de Passos, como já mencionamos algumas vezes aqui, tem um momento reservado para a fala dos vereadores, o chamado Grande Expediente. Nesta hora, quando cada um se expressa livremente, fica fácil identificar quem é quem e como cada um realmente age politicamente e como cidadão, porque não deixa de ser uma expressão cidadã a fala de cada um.

Por isso, enquanto fala a situação, o posicionamento é sempre na defesa da administração, uso de palavras cuidadosas, mas mesmo ali se percebe quem é quem. Tenha-se o caso de Edmilson Amparado. A postura dele é sempre altiva e não disfarça nem um pouco que conhece o regimento , o que faz questão mesmo é de “ditar” as regras e “lições” a seus pares. Esta postura, embora tenha o reconhecimento de outros vereadores como verdadeira –ele conhece mesmo – causa irritação em alguns, até com certa dose de razão.

Foi o que aconteceu na sessão da última segunda-feira, quando Tia Cenira usando da palavra mostrou-se insatisfeita com uma fala do vereador da situação. “O Edmilson disse que, naquela sessão em que a situação tinha maioria, poderia ter barrado requerimentos da oposição”, lembrou ela, destacando que a oposição é sempre maioria” e nunca barrou “projetos vindos da situação”, entendendo a fala do vereador como ofensiva.O vereador, ao usar da palavra, separou um tempo para comentar a fala da vereadora, embora tenha ressaltado o clima de harmonia existente na casa, não desceu do salto e disse que Tia Cenira não entendera a sua fala. “Eu disse poderíamos, mas não o fizemos, portanto fui mal entendido”. Não houve aparte nem da Tia Cenira nem de outros vereadores da oposição, que se calaram diante da verve oratória de Amparado, mas a este repórter que acompanha as sessões até o final todas as segundas, ficou a impressão que era disso mesmo que Tia Cenira reclamara.

Aliás, foi ela – Tia Cenira – quem conclamou os vereadores de oposição a derrubar os vetos do prefeito José Hernani. Ela disse que o apelo feito aos vereadores de oposição caíra por terra – que se não aprovassem o REFIS não haveria recursos para pagar o 13º- diante da declaração do secretário de Fazenda, Edson Toledo, de que estes recursos já estavam separados.

Hernani estabeleceu veto à emenda que previa o limite de inclusão no REFIS para quem deve ao erário até R$ 4 mil reais, argumentou que todos são iguais perante a lei. A oposição entende que a intenção oculta é beneficiar grandes devedores da prefeitura.

Na fala da Tia Cenira está a expressão mais legítima da oposição. Ela lembra o que dizia Sêneca,o senador romano no Parlamento de Roma, a respeito do papel dos senadores, já naquela época tido como pouco importantes. “Os senadores são gralhas, fazem ruídos e com isso assustam o César”. A vereadora exerce seu mandato cumprindo o papel que a população lhes outorgou, como minoria. Sabe que pode ser vencida (embora a oposição seja maioria no plenário), mas não deixa de ser a gralha que alerta a situação de seus possíveis excessos e erros. O parlamento municipal tem mesmo pouca coisa a fazer, mas este papel lhe cabe muito bem e ela o exerce com denodo.

Já Jefinho age na Câmara como o cidadão indignado. Nem sempre se posiciona com clareza como oposição, preferindo, apostar no bordão "o que for bom para a cidade tem meu apoio", mas as circunstâncias o tem levado quase sempre para o posto oposicionita. Tem sido veemente nas suas falas. Mostra coragem. Na sessão do dia 09/11, lembrou que já tinha dito que a compra do Country pela FESP podia ser questionada na justiça e está sendo.

Mas foi no seu posicionamento quanto a Folha da Manhã que se mostrou por inteiro como cidadão. Excetuando os momentos em que quase beirou a ira, abordou com propriedade o papel que o diário tem exercido na comunidade passense. Ele avaliou que o jornal não valoriza nenhum político de Passos e que o espaço positivo está sempre reservado para os políticos de São Sebastião do Paraíso. Destacou que não teme ataques e disse que sempre vai se posicionar contra a imprensa que tenta denegri-lo, numa referência direta à Folha da Manhã.

No ensejo de Jefinho, o presidente da Câmara, Nivaldo Chaparral, fez um dos pronunciamentos mais contundentes contra o jornal. “Sabe quem mais ajudou a Folha da Manhã?”, perguntou aos seus pares, dando ele mesmo a resposta: “o deputado que dá nome a este plenário, Neif Jabur, e ela enterrou o deputado”, fuzilou. Agora vem “cobrar transparência da Câmara, como se não fossemos”. Por que ela não “cobra transparência da prefeitura? Será que é por causa do que ela recebe de publicidade de lá? Por que não cobra transparência do SAAE? Da Santa Casa?”, em seguida afirmou que “eles não têm caráter, se julgam os donos da verdade”, completando que dormiria tranqüilo, porque “tenho a consciência tranqüila e sou como parafuso do Paraguai, se apertar espana”, dizendo que não iria polemizar com o jornal. “Deixa pra lá, não vão me atingir”, concluiu. O posicionamento contra a Folha da Manhã levou até ao sempre comedido vereador e médico Cláudio Félix a se pronunciar. Ele acusou o jornal de formar uma imagem negativa dos políticos de Passos. “O jornal só elogia os políticos de São Sebastião de Paraíso, em Passos ninguém serve e isto contribui para que a região não vote em nossos candidatos”, disse.

Há quem diga que brigar com a imprensa não é bom caminho. Mas não se pode negar o direito que alguns órgãos de imprensa as vezes negam de dar oportunidade das pessoas atingidas mostrarem o outro lado. Para isto, escondem atrás da chamada “linha editorial” e deitam e rolam, uma hora abrindo a boca contra quem daqui a pouco podem estar apoiando. Quase sempre estas mudanças de humores acontecem ao longo da história diretamente proporcional ao volume de verbas publicitárias destinadas a eles , o que pode ser uma simples coincidência, não se sabe. Ainda bem que existem as gralhas com seus gritos estridente,porque quem sabe se nenhuma atitude possa ser tomada contra isso, o cidadão comum seja capaz de entender o que os seus gritos querem dizer.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

De novo, as cores

Parece bobagem, mas laranja, como crer a prefeitura em nota enviada à imprensa, vermelho como enxergam a oposição, esta discussão não leva a nada, como diz meu amigo irmão, Luiz Alves.

São cores, que coincidem com a de um partido, de um time de futebol, no caso das faixas pintadas pela prefeitura de Passos, o time do Naútico (PE) é o homenageado da vez, é o que mais se aproxima, mas se isto une um grupo ajuda na coesão do outro e vamos,assim, criando as rivalidades inúteis, enquanto os cidadãos padecem da falta de muita coisa mais importante.

Agora mesmo, o Secretario de Saúde está de viagem marcada para ficar fora a semana inteira, num congresso de interesse de sua especialidade. A saúde aqui continua sem encaminhamento correto, embora em entrevista o Cleiton Piotto diga que vá tudo bem. Apenas a título de exemplo sabe o tamanho da fila para cirurgias eletivas, aquelas que dizem que pode esperar porque a dor é em você e não nele?

É grande, muito grande....por que o atendimento está represado sob a alegação de falta de recursos.

Em outra área, a do transporte coletivo, vai começar a surgir agora um problema sério. A de querer comparar Passos com Sabará. Até que dá, se for levar em conta o tamanho, a cidade é um pouco maior tem 120 mil habitantes, mas é só. Sabará está na região metropolitana de Belo – Horizonte. Passos é a cidade pólo, mas não atrai o mesmo fluxo de passageiros, até porque hoje não falta quem por aqui tenha sua moto e o moto taxi para andar.

Não demora muito e a Cisne Passos vai perceber o tamanho do equívoco. E o primeiro passo é voltar ao que estava implantado, mas isto só não basta. Outras medidas, como a implantação do Cartão Cidadão, que subsidia a tarifa é a principal delas, desde que jogue a tarifa para R$1 real.

O resto é prosa.

Como é prosa também a idéia de manter sobre regulação o serviço de moto taxi com a adoção de capacetes e coletes. O clandestino vai continuar existindo. O que é preciso é criar uma lei adequada e uma fiscalização eficiente. A lei sai, agora a fiscalização é bem mais difícil.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A infância e a juventude pedem ajuda

Há mais ou menos uma semana o vereador Antonio Donizete Mendonça, o Zetinho, promoveu uma audiência pública na Câmara Municipal para tratar da pedofilia. Na verdade para debater um projeto de lei de sua autoria que cria normas para uso de Lan House por parte de menores e também orienta proprietários quanto a alerta que devem ser feitos para o uso correto destes ambientes.

A iniciativa é importante, mesmo porque as chamadas Lan Houses são propícias ao uso da internet de forma equivocada e para assuntos que podem fugir à fiscalização dos pais, entre os quais informações sobre sexo e, em função da pouca idade de um lado e da mente doentia em outra ponta, trazer grandes traumas aos menores.Justificar

O interessante é que no decorrer do debate outros temas foram sendo colocados, não apenas por uma pessoa, mas por diversas, mostrando que os filhos sofrem agressão também em suas próprias casas – agressões sexuais , experimentos de vida nessa área fora de época – praticadas por pais, padrastos e tios, etc.

No frigir dos ovos, os filhos são vítimas das suas próprias famílias. De fato pode ser assim, mas o estado, como ente social, é o responsável pela criação do bem estar, o que inclui segurança às crianças e adolescentes.

Este olhar macro foi enfocado pela vereadora Tia Cenira, educadora e envolvida em ações sociais. Ao lado dela o promotor Paulo Fraklin e Cristina Bechara. O promotor chegou a defender a implantação de uma rede de proteção e tia Cenira propôs transferência de maior recurso para a Secretaria de Assistência Social, hoje na sétima colocação quanto a recurso destinada a ela ( a secretaria).

De novo, o promotor Paulo Franklin frisou que a Constituição trata a infância como prioridade, e esta é a norma que tem que ser seguida.

A prefeitura e o estado, ai como federação, mostrou o que fazem: a prefeitura cuida de 50 famílias. O estado destina R$0,57 para cada criança na creche.

Tratar a questão com seriedade no âmbito do município, com a elaboração e conseqüente execução de uma política pública é urgente, porque isto não é algo que se resolve de uma hora para a outra.

A proposta é que se instale um Fórum Permanente Em Defesa da Criança e da Juventude, envolvendo autoridades, sociedade civil e qualquer cidadão interessado para que, aprofundando o debate, consiga se fazer o que foi proposto pelo promotor: a Rede de Proteção, com a sociedade cumprindo o seu papel e cobrindo a falha que a família, eventualmente desestruturada, possa ter.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Um bom trabalho

Eleições não se decidem de vésperas, por isto o pré candidato a deputado estadual Alexandre Maia teve um bom início ao participar do encontro do PMDB, que trouxe a Passos Hélio Costa e seu candidato a presidente do partido regional, o deputado federal Antonio Andrade.

A peleja dentro do PMDB, como bem frisou o senador, vai deixar seqüelas, mas parece que é isto mesmo que almeja o grupo do PMDB Forte, nome da chapa que concorre com o PMDB da Base, que conta com o apoio de Newton Cardoso. O projeto parece ser o de aniquilar Newtão do jogo político, mas como se sabe fundo de poço de político tem mola. Nunca é demais pensar na composição e também nunca é tarde.

De toda forma, quando, nesse momento, parece que Hélio Costa se firma como candidato ao governo do Estado, Alexandre Maia saiu muito fortalecido dentro do PMDB regional. Na reunião todos os oradores mencionaram seu nome como um candidato necessário para representar a região, incluindo o próprio Hélio Costa.

Mas conta também o trabalho que ele fez para mobilizar as cidades que vieram até Passos. Há que se ressaltar que o humor muda a favor da chapa apoiada pelo senador Hélio Costa, que coloca a vitória do PMDB forte como premissa para se lançar realmente candidato. Um exemplo bom disso foi a presença de Antonio Zeitune, que pode ter comparecido por gentileza, mas que até “ontem” era um dos capitães da campanha do PMDB da Base.

Por isso, Alexandre Maia, que teve contato com todas as mais de 40 cidades da região, pode afirmar que a chapa PMDB Forte leva todos os 48 votos da região. Se já saiu fortalecido com o trabalho que fez, será ainda mais se conseguir o feito de contribuir de forma tão eficiente para a vitória da chapa que é a preferida de Hélio Costa.

Por outro lado, o PSDB de Passos anda mesmo vivendo um mesmo imbróglio. Em reunião em BH, acompanhada pelo deputado estadual Domingos Sávio, que ocorreu ontem, no inicio da noite, chegou-se a conclusão que é preciso ouvir o deputado federal Nárcio Rodrigues.

Se lideranças importantes do partido, como é o caso do ex-prefeito Ataíde Vilela, não se posicionarem o PSDB vai cair no colo do grupo ligado a Fábio Kallas. Pode ser que alguém imagina que é mais forte que o outro, que tem mais votos, mas nessa hora vale a capacidade de articulação interna e se isto não for feito ganha Nárcio Rodrigues e perde o grupo de Ataíde.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Hélio sinaliza

O encontro do PMDB em Passos, que contou com a participação de Hélio Costa, senador da República e nome forte do partido para a disputa da eleição ao governo de Minas, deixou claro para todos que ele hesita em ser candidato. Na sua fala, embora tenha respondido de forma positiva a uma indagação de Telmo Santiago, presidente do PMDB local recém eleito, se afirmaria de peito aberto sua condição de candidato, a análise que fez do contexto não é assim tão favorável à candidatura própria do PMDB.

Hélio Costa começa por colocar uma condição. Para ir em frente o PMDB tem que ter na presidência um nome de sua confiança, apontando como tal o deputado federal Antonio Andrade. Esta condição é importante, segundo ele, porque o partido tem registrado na sua história exemplos de traição explicita quando o contrário aconteceu. O mais emblemático foi o caso de Itamar Franco, com amplas chances de ser eleito, que viu seu tapete ser puxado exatamente pelo grupo que se opõe a ele, senador.

O discurso do líder nas pesquisas de opinião é cauteloso. Não hesita em dizer que é amigo de Itamar e de Aécio Neves e também que conversa com todos. Mostra que para ser candidato quer aliança com o PT e se considera nome natural para compor a cabeça de chapa.

Hélio Costa trabalha com a perspectiva do gato escaldado que tem medo de água fria. Duas vezes candidato ao governo de Minas, duas vezes foi alijado da disputa no segundo turno. Agora mesmo viu acontecer algo semelhando quando Leonardo Quintão foi ao segundo turno como favorito e perdeu para Márcio Lacerda contando com um apoio impensável para o candidato do PSB, que foi do prefeito Fernando Pimentel.

O Senador sabe que esta aliança tem tudo para se repetir, com Aécio e Pimentel unindo forças para o segundo turno. E este racha pode ser consolidado pelo próprio PMDB, quando o grupo de Newton Cardoso mostrar a tendência que têm e a vocação pela sobrevivência do mesmo, acima do PMDB.

È por essas e por outras, como a de que a divergência do no PMDB virar desconfiança, que Hélio Costa quer construir as condições para vencer no primeiro turno. E ele sabe que só vai conseguir isso com o partido pacificado. Para isto precisa vencer antes da convenção acontecer, porque lá será a rendição de um grupo para o outro e, neste caso, como bem lembrou o próprio senador, sempre sobram seqüelas, feridas que demandam tempo para serem curadas.

A fala de Hélio Costa sinaliza claramente que ele está mais ser candidato a reeleição ao senado do que a governador, principalmente se este cenário de hoje permanecer. A mudança desse humor ocorrerá de forma abrupta se o PT aceitar compor como vice na chapa em que Costa seja a cabeça.

Mas o encontro em Passos, que trouxe a cidade 25 das 44 cidades convidadas foi muito positivo para Alexandre Maia. Ele foi citado como pré candidato a deputado estadual por todos os que usaram da palavra, com exceção do prefeito de Passos, que, mesmo assim, ressaltou que na mesa de trabalho estavam os líderes mais importantes do PMDB, entre estes estava Alexandre Maia, eleito 2º vice presidente dó PMDB de Passos e um dos organizadores do encontro. Sem dúvida uma demonstração de força interna junto ao partido por parte de Maia e isto deve ajudar na sua candidatura, se ela se tornar oficial.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O vereador e o advogado

Começo por pedir desculpas aos que perdem um pouco do tempo para acessar o nosso blog. O envolvimento na realização do Empresas 10!, que realizamos em sua sétima edição deu pouco espaço para que eu pudesse fazer as coisas com o cuidado que gosto. Quero agradecer as palavras de apoio e a demonstração prática de solidariedade que as empresas que aderiram demonstraram ao participarem. Valeu!

Mas neste meio tempo algumas coisas aconteceram no cenário político e que vamos abordar em outro momento.

Hoje, neste retorno, gostaria de refletir sobre um assunto que domina as rodas de conversas em toda cidade: a decisão do advogado Jeferson Faria em ser o interlocutor da rendição de Rider, assassino confesso de uma moça em plena luz do dia no centro da cidade. Um crime passional. Um crime horrível, que não merece perdão e que foge a nossa capacidade de entendimento, que nos levanta a ira e a vontade de praticar a justiça com as próprias mãos.

Ocorre que Jefinho não é apenas o advogado. Ele é também vereador. E já foi da ROTAM, como ex-cabo da PM. E dá para separar uma coisa da outra?

É muito difícil.

Será que o homem público tem o direito de defender um assassino cruel como demonstrou ser Rider? Será que o policial que fez parte de uma temida seção da PM agora virou defensor dos direitos humanos dos bandidos? E os direitos da vítima? Como ficam?

As dores que consomem a sociedade neste momento não se reparam. Nem as da família da moça. Nem as da família do assassino. Uma perdeu a vida ao se envolver com uma pessoa sem sensatez. O outro perdeu a vida e vai continuar vivo para pagar pelo que fez.

E o Jefinho?

Foi o único julgado até agora e condenado como se estivesse errado em se comportar dentro do limite da lei e de trabalhar para que Rider se entregasse, assumindo o compromisso de lhes dar as garantias constitucionais.

Ninguém separa o homem do que ele é no todo. Pode ser que advogado se confundiu com o político e que este, de repente , pensou ainda como militar que um dia fora.

Na verdade, é importante ressaltar a coragem de Jefinho em ter assumido a postura que assumiu, colocando em risco um mandato, para fazer valer o que é um direito: a ampla defesa constitucional.

Jefinho mostrou com esta atitude a coerência na ação de um homem público. Parlamentar tem como primeira obrigação defender a democracia e o estado de direito. Foi o que ele fez.

Policial tem a função de defender a sociedade de bandidos. E as notícias que temos é que Jefinho nunca hesitou em faze-lo, mesmo colocando a vida em risco e sem medo de atirar, quando se viu obrigado a isso.

Advogado não titubeou em cumprir o que lhe outorga o diploma: a defesa da pessoa humana, por maior que seja o pecado cometido, sabendo que isto evita a barbárie e nos coloca na condição de uma civilização e não de uma horda hunos.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Cantinho de Minas

Enquanto as pendengas políticas continuam dominando o cenário, alguns passageiros do lúdico embarcaram no final de semana prolongado, que foi o último e visitaram cachoeiras, ousaram a travessia do Glória, exploraram cantos de Minas nunca vistos e sempre imaginados.

Descobriram uma Minas diferente.

Carregada de lirismo, cheia de saudades de um tempo ainda não construído e souberam entender as diferenças, mesmo quando o policial militar, incomodado com a alegria às oito da noite escura da energia cem por cento mineira, de uma empresa de energia tão poderosa que protege os mais fracos da mão forte da lei, mesmo que a lei estivesse sendo aplicada na hora errada.

Um lirismo que fez do nosso magricela amigo, um joguete dos nossos braços para o colo de uma paquera descoberta no acender das lâmpadas da bela praça do lugar.

Uma Minas que desfaleceu serena, depois da chuva de vento, na nossa memória tonta, inebriada por um cantinho tão singelo e sossegado, como é esse cantinho de Minas.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Até que enfim

Depois de uma queda de braço sem sentido entre a atual administração e a anterior finalmente a população de Passos vai poder usufruir de um equipamento moderno como seu Pronto Socorro, ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Ele será aberto hoje ao público.

Desde há muito se sabe que já passava da hora disto acontecer. O prédio onde estava abrigado até hoje o antigo PS é inadequado, condenado pela Vigilância Sanitária e com um Termo de Ajuste de Conduta assinado entre Promotoria e Administração Municipal.

Serviu a uma época. Hoje os tempos são outros. Tempos de pensar para Passos um hospital público, que regule as relações entre os hospitais existentes e o poder público. Acidade tem um belo serviço médico, mas, as vezes, fica refém destes serviços no que diz respeito a preços e disponibilidade de profissionais.

O que hoje está sendo inaugurado, deixando as picuinhas de lado, pode muito bem ser um embrião deste hospital. A população almeja políticas públicas e repudia discussões estéreis. Quem sabe, as coisas não se abrem nesse rumo...Vamos esperar.

Por falar em políticas públicas, a instalação do IFET parece que está mesmo avançando. Será uma grande conquista para Passos, ainda mais que a estadualização da FESP parece que foi mesma enterrada por quem deveria estar lutando por isso.

Esta é uma oportunidade que não pode ser perdida, porque a região merece e precisa ter uma instituição de nível superior e pública.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Nuvem sobre os cenários

Duas semanas depois de definidas as filiações partidárias – para quem tinha que faze-lo, o eleitorado de Passos ainda não deu muita atenção ao pleito. A movimentação de cúpula, porém, continua.

Renato Andrade, cada vez mais desenvolto, assume a condição de candidato a deputado federal dentro do PP. Analisa,como todos, as chances e crê que é possível ver viabilizada sua eleição.

Wagner Caldeira, diretor da Gazeta Regional, também faz contas e diz que pode ser candidato a deputado federal. Ele e Renato Andrade fazem o que do metier do mundo dos políticos. Disputam eleições.

Ataíde Vilela, quieto, na muda, avalia que o melhor é se preservar para o pleito de prefeito. Seus aliados estão convictos que o mar para ele está para peixe daqui a 3 anos. O mar pode estar para peixe agora...até lá só Deus sabe!

Por outro lado tem gente torcendo para que Alexandre Maia seja candidato a deputado federal. Acreditam que com que Helio Costa candidato a governador as chances dele aumentam.

Estão com um olho no gato e outro no peixe. Sabem que abrem campo para votação maior para Dr José Orlando Tuta e para Cássio Soares. Para eles este é o melhor do mundo.

Até junho do ano que vem estas especulações vão continuar. A partir daí será a vez do eleitor. E dos que querem se eleger, trabalharem a conquista do voto.

E esta semana não teve reunião da Câmara. Mas a prefeitura já colocou o REFIS em execução. Isto mostra que a situação está difícil para a administração, que amanhã inaugura o novo PS, de vermelho e preto, cores que agora Hernani promete ser o de todos os prédios públicos, já que são as cores da bandeira de Passos.

O fato de ser também as cores do PMDB deve ser mesmo pura coincidência.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

De toalha molhada e a briga das cores

Vamos ser breve no nosso comentário de hoje.

Enquanto São Sebastião do Paraíso tem como resultado da mobilização política um investimento de R$12 milhões, que serão aplicados em 3 quilômetros da rodovia BR-491, em Passos acontece a briga pelas cores.

Nada contra que se pinte de vermelho o que era azul ou de amarelo, ou que se mescle azul, amarelo, vermelho e preto. Eu mesmo tenho a minha preferência branco com listas negras e uma estrela solitária no peito. O ruim é a conotação política. Isto não leva a nada e mostra desprezo pelas necessidades do povo na área da saúde, assistência social e infra-estrutra urbana.

Falar que São Sebastião do Paraíso é um exemplo a ser seguido ofende. Mas é.

Lá, menor que Passos, existem dois deputados estaduais, um federal, uma Câmara que se envolve de verdade na solução dos problemas da cidade – não fica apenas no debate situação x oposição, uma pura perda de tempo, já que não vem acompanhado de propostas práticas – com portas abertas para a comunidade e cumprindo um papel importante, que é o de ouvir a comunidade e mediar o encaminhamento das soluções propostas.

Aqui, enquanto se praticar o denuncismo, com vereadores lotando gabinetes de promotorias, os algozes de hoje serão as vítimas de amanhã. E o que interessa ao povo fica sem solução.

O momento para se discutir as coisas é esse. Hora de pensar em eleição. Em candidatos e candidaturas.

Os passos que vêm sendo dados pelos pré-candidatos mostram uma preocupação afinada com a possibilidade concreta de eleição. Cada um procurando a melhor oportunidade para conseguir os votos necessários para se eleger.

O importante é pensar que Passos pode, com o apoio da região, conseguir eleger deputados, tanto a nível estadual como federal.

Claro que não é só querer, mas depende de que as coisas sejam trabalhadas nesse sentido. Exemplos existem de que isso é possível. Muito melhor brigar por isso do que travar a guerra das cores, que não leva nada, porque enquanto a questão da representação política de Passos com relação a Paraíso tem sido uma surra de toalha molhada que àquela cidade tem dado nessa nos últimos anos.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Mais dos mesmos

A data já está marcada. Dia 15 de outubro começa operar o novo Pronto Socorro, agora batizado de Unidade de Pronto Atendimento. Enquanto isso a saúde continua a viver seus momentos difíceis. Agora mesmo, no início da semana, houve tumulto na Secretaria de Saúde, em razão da falta de ficha para marcação de consulta.
Era o início da implementação de uma nova sistemática de agendamento, onde o usuário não teria que suportar filas de madrugada para ter sua consulta agendada. Uma idéia, a princípio boa, que pode estar indo para o ralo.

Na reunião de segunda, na Câmara de Vereadores, o uso da tribuna no Grande Expediente teve os costumeiros discursos da oposição e situação. Dois secretários em particular foram mais visados.

Auro Maia, da Assistência Social, que se recusa a levar a frente o programa de distribuição de cesta básica, foi alvo de Tia Cenira, que chegou a mostrar uma publicidade do governo federal apontando que com fome não é possível ter dignidade. Ela frisou que Auro é do PT, como o é Lula.

Osório Aguiar também foi alvo de críticas. Ele andou dizendo que obras e reparos estavam prontos, sem que isso correspondesse à verdade. As críticas foram duras e partiram de Tia Cenira. Parece que o secretário de obras não verificou se as coisas estavam acontecendo mesmo antes de assinar. Pode ser qualquer coisa, mas deixa denotar menosprezo aos vereadores.

Quem também usou a tribuna para críticas foi Dentinho. Ele mostrou recorte de jornal com foto registrando uso indevido de máquina da prefeitura em propriedade particular. Edmilson disse que a máquina foi prestar socorro a um cidadão que estava com sua residência em risco.

No mais muita louvação a Lula, com elogios complementares a Lara, a menina passense que brilha na natação e está entre as 25 pré convocada para as olimpíadas de 2016.

Lara sim é uma heroína, movida pelo desejo de superar limites e que não tem a sua disposição toda a mídia e os holofotes que tornam um ato como a decisão da olimpíada ser no Brasil, importante sem dúvida, como se fosse a coisa mais imediata a ser feito num País, onde as pessoas morrem nas portas dos hospitais por falta de atendimento.

A política é mesmo um mundo de faz de contas. A oposição faz de conta que está tudo ruim. A situação faz de conta que está tudo bem. O povo vive espremido na realidade em que obrigado a tocar a vida.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Aprovado

O ex-presidente do PSDB, Dr José Orlando Tuta, agora é PR. A decisão aconteceu depois que ele analisou, com seus correligionários, o quadro partidário. As opções que tinha eram o PTB, o PSB e o PR.

No PSB a mão oculta de Fábio Kallas, segundo informações obtidas pelo blog, impediu a filiação de Tuta ao partido. No PTB o obstáculo foi o cenário eleitoral. A análise levou em conta que há fortes candidatos no partido. Três deles têm votação em torno de 100 mil votos, insuficientes para se elegerem sozinhos, já que para o isso o quociente eleitoral gira em torno de 135 mil votos. Ou seja Tuta estaria ajudando a eleição de um deles, correndo grande risco a própria eleição.

No PR os cálculos são outros. Ele imagina que as chances são maiores e a própria cúpula do partido considera o passense um candidato eleito.

Mas há percursos a serem feito antes disso. Um deles é a retomada do PSDB, hoje nas mãos dele – Fábio Kallas, que na eleição passada esteve com Nárcio Rodrigues, seu ponto de apoio a nível de Estado.

Em Passos se alinha com a atual administração, mas não dá para dizer que seja amado pelo atual grupo no poder, já que de modo oportunista deixou o cargo que ocupava na prefeitura, quando Hernani era prefeito, e foi ser presidente da FESP que jura quer ver estadualizada, mas que muitos imaginam que deseja se perpetuado quase como dono da instituição. Exemplo na região tem.

Bom o quadro político se mostra mais claro agora, com Tuta, Alexandre Maia e Cássio Soares certos como pré-candidatos. Outros citados, como Maércio e Alexandre Almeida é mais especulação que possibilidade concreta.

Ontem, para mudar um pouco de assunto, a Câmara de Vereadores aprovou dois projetos do executivo sem qualquer alteração. Um trata-se de transferência de dotação de orçamentárias para construção de três unidades básicas de saúde (PSFs), ampliação do prazo de doação de terrenos onde a AMEG deseja construir sua sede.

O outro, o REFIS sofreu muitas emendas. A principal delas refere-se ao prazo para execução dos devedores, que agora passa a ser de 180 dias.

O projeto vai a sanção de Hernani que tem a prerrogativa de vetar as emendas. Isso quer dizer que o debate em torno do assunto ainda não acabou.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

De estratégia e estratégias


Mas a candidatura de Alexandre, que parece ser uma aventura inconseqüente, já que uma coisa estar na vanguarda da luta ambiental, outra bem diferente é conseguir visibilidade política a partir daí, pode virar uma chance concreta de eleição, destas que nossos pré-candidatos andam buscando com “legendas” que necessitam de “menos” votos para que se elejam.

Todos sabem que não é bem assim. Nas eleições proporcionais os votos na legenda se somam para eleger um candidato quando atinge o coeficiente eleitoral. Aí quem tiver mais votos na legenda é o eleito. Nossos pré-candidatos que estão mudando de partido,caso de Tuta e Cássio Soares, sonham que vão ter mais votos que os outros compõem a legenda em que vão se abrigar eleitoreiramente.

De certo que os outros que estão com eles também almejam a mesma coisa. No dia da eleição em outubro do ano que vem vamos ver quem tem razão.

No caso de Alexandre, ele se escora em outra tese. Na do campeão de votos. Foi o que aconteceu com Enéias em São Paulo. O barbudo teve mais de um milhão de votos, o suficiente para elegê-lo e mais alguns que não conseguiram nem mil votos.

A expectativa do candidato do PR é a mesma. O campeão de votos será José de Alencar, vice- presidente de Lula, popular, exemplo de luta contra o câncer e bravo lutador contra os juros altos.

Uma imagem extremamente positiva perante o eleitorado que, a título de prestar-lhe uma última homenagem, pode descarregar nele algo próximo do milhão de votos. E a conseqüência prática será a mesma de Enéias, alguns candidatos vão embarcar nesse turbilhão e virar deputado com a cesta vazia de eleitores.

Como se vê candidatos pensam sempre que suas estratégias são as mais corretas e sonham muito com isso. Duro mesmo é transformar este sonho em realidade.

Ah, a Cisne, empresa que hoje é responsável pelo sistema de transporte coletivo em Passos, inicia no dia 10 de outubro a implantação de um novo sistema de transporte coletivo em Passos.

É mais uma tentativa de conquistar passageiros. E pelo que se percebe, a volta ao sistema que já existiu, é uma expectativa da comunidade.

De fato a integração nunca foi aceita, mesmo que tivesse o propósito de encurtar o tempo de viagem. O sistema circular que existia antes era demorado e estava sendo responsável pelo esvaziamento dos ônibus.

O que se propõe agora, em forma de oito, com intervalos de 12 minutos entre os ônibus parece melhor. É aguardar e conferir.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Nas mãos de Kallas

O PSDB de Passos que tinha como lideranças expressivas o ex-prefeito Ataíde Vilela e o ex-candidato a deputado estadual, Dr José Orlando Tuta, acabou nas mãos de ninguém. Pelo menos por enquanto, porque daqui a pouco todos vão saber que quem se assenhoreou do partido é o atual presidente da FESP, Fábio Kallas e olha que isto pode ser que nem seja tão cristalino. Mas que ele vai mandar isso vai. Aguardem.

O quadro que está surgindo agora, demonstra a falta de capacidade de articulação do grupo a qual está ligado o ex-prefeito Ataíde Vilela. Não cansam de errar.

Erram ao “preservar” Ataíde para o próximo pleito, imaginando que até lá as coisas tenham virado fumaça. A articulação para que Tuta seja candidato pendurado num federal nasce morta, só pela decisão dele deixar o partido, como de fato deixou.

Estamos assistindo a cristianização de um candidato carismático, que está sendo induzido ao erro. Mudança de partido não garante eleição e tudo o que o grupo de Ataíde quer é rachar em apoio a Alexandre Maia e Cássio Soares.

No frigir dos ovos, Ataíde que atualmente tem uma imensa popularidade em função do início caótico da atual gestão, pode ter começado a perder a eleição hoje.

Senão vejamos. Tuta sai do PSDB, o partido cai nas mãos de adversários. O candidato a deputado estadual do grupo, o próprio Dr José Orlando, vai para o PTB, o PR marcha para a candidatura de Alexandre Maia. Se no lugar disso for para o PR mesmo,o estrago será menor, mas haverá estrago.

O resultado prático.Sem emplacar o candidato Ataíde pode perder tempo precioso no horário eleitoral e ficar com fissuras irreparáveis no seu projeto político, porque até agora o projeto político do ex-prefeito conta apenas com o desastre da atual gestão.

Mas e se isto tiver uma reviravolta?

Seria o caso de lembrar Garrincha ao técnico Feola, ensinando como seria fácil passar pelos gringos adversários. A pergunta desmontou a teoria sem que ela precisasse ser provada na prática. “Já combinaram os joães?”, que era como ele chamava os jogadores adversários estrangeiros.

Aqui então a coisa parece pior, se o grupo do ex-prefeito não consegue se articular para manter o que tem, corre o risco de não ter força para impor derrota aos seus adversários.

A situação atual exige reação. Vamos ver se ela acontece.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Não era bem isto

A reunião da Câmara de segunda-feira em Passos foi marcada por um desabafo sem igual feito por Jefinho. Até terça à noite, quando esse repórter ainda não tinha encontrado com Marcos Salutti, a razão total estava com Jefinho.

A situação muda um pouco depois que Marcos Salutti confidenciou que a palavra “nervosinho” não era dirigida a Jefinho e que ele até tentara explicar em aparte, mas não teve sucesso porque Jeferson Faria não lhe dera a oportunidade.

Salutti disse que Tuco era o alvo. Amuado em canto, cara fechada, isto não agradou ao líder do PMDB que resolveu dar um puxão de orelha no vereador Antonio José de Freitas.

Bom, se é verdade isso e se não houver nenhuma contestação por parte do Tuco, é o caso de Jefinho reconsiderar sua fala e não se fechar ao diálogo. Se não for assim, mas apenas uma combinação entre membros de um mesmo partido para serenar o animo, depois é caso para Jefinho dar o desabafo feito como pronto e acabado, com todos os benefícios que a audácia de retrucar no ato algo que teria sido lhe imputado lhe rendeu e pensar no parlamento.

Afinal, se é verdade que os vereadores têm que debater a exaustão o que lhes chega às mãos, há casos que merecem uma análise mais rápida e um parecer mais urgente.

O certo é que não se pode deixar que um posicionamento pessoal prevaleça sobre o interesse de toda comunidade.

Mas dá para crer que, pelo nível demonstrado até agora pelos atuais vereadores, o bom senso há de prevalecer

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Não vem de graça

Embora por aqui estejam querendo fazer aparecer o contrário a possibilidade de Passos vir a ser sede de uma unidade da Universidade do Estado de Minas Gerais, está ficando cada vez mais remota.

O site http://www.correiodoslagos.com.br/ publicou matéria mostrando que os deputados da Comissão de Ciências e Tecnologia se reuniram para discutir formas de vincular as fundações optantes à UEMG. Não encontraram.

Nem podia ser diferente. “Desde o dia 30 de abril deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a vinculação das 33 fundações educacionais mineiras criadas por lei ao Ministério da Educação (MEC) e não mais ao Conselho Estadual de Educação (CEE). O STF declarou inconstitucionais os artigos 81 e 82 do Ato das Disposições Transitórias da Constituição Estadual, que determinaram a integração dessas fundações ao sistema estadual de educação, sob a supervisão pedagógica do CEE. Elas foram criadas com patrimônio do Estado e/ou dos municípios, mas cobram mensalidade dos estudantes, ainda que não possam ter lucro, por determinação legal”. É o que destaca o texto da reportagem vinda da ALMG, Belo Horizonte.

Tudo mundo já sabia disso. Aqui em Passos, o presidente da FESP, teima em dizer ao contrário e reafirma que a transferência de recursos do Estado para a instituição (via pró-Uemg, por exemplo) é uma prova de que o vínculo existe.

É uma mentira que os estudantes aceitam ou porque pensam na possibilidade da bolsa ou porque querem crer no sonho da universidade pública.

Esse engodo precisa ter fim e seria bom que se começasse isto com uma mobilização dos próprios estudantes.
Os universitários não podem se bastar apenas na sala aula. É importante que estimulem o debate, questionem a direção da FESP e, nesse momento pré-eleitoral, coloquem na agenda dos candidatos a deputados, senador e governo de Minas a necessidade de uma universidade pública em Minas.

Nesse contexto, é legítimo que a região do sudoeste de Minas se candidate e se credencie a ter uma unidade desta universidade aqui.

Essa luta tem que ser por fora do atual dirigente máximo da FESP, Fábio Kallas. Todos sabem da grande ligação deste dirigente com o deputado federal Nárcio Rodrigues. De Frutal, este deputado cortou caminho, graças a proximidade que tem o governador Aécio Neves, e conseguiu a implantação da UEMG naquele município.

Aqui esta ligação, no que diz respeito à absorção da FESP pela UEMG pouco adiantou. A FESP é uma instituição particular, que, ao que parece, não sobreviveria sem a ajuda das verbas públicas e tudo indica que é ai que vai ficar se não houver mobilização contundente da sociedade acadêmica e demais.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A queda de braço

É verdade que a demonstração de irritação dos vereadores(Passos) de situação para com a administração não foi lá nenhum grito de guerra. Mas deve ser suficiente para que recebam os afagos necessários e, na próxima sessão, estejam engajados de novo na defesa da administração.

Alguns dizem que a política é a arte de engolir sapo. É o que deve estar sentindo a oposição com o acordo feito na sala da presidência e que já garantiu a aprovação do REFIS, a lei que vai isentar de multas e juros e devedores da prefeitura, apertada com a queda da arrecadação.

A intenção era limitar o benefício a um teto mínimo. Mas a Constituição não permite privilégio. Daí restava a opção de rejeitá-lo. Na reunião fechada, os argumentos foram fortes, embora ninguém da imprensa tenha sido informado qual – ou quais – argumento convenceu a oposição a mudar de opinião.

A Secretaria de Saúde anuncia uma nova forma de agendamento. É uma medida que toca no cerne da questão da saúde: fim da fila e concessão de exames na quantidade certa. A idéia é boa. Resta ver sua aplicação e se vai ter gerente capaz de implementá-la.

Quem deve estar rindo à toa é a vereadora Tia Cenira. Na última sessão ela abordou o assunto exatamente nos termos propostos pela Prefeitura.

E a Câmara dos deputados aprovou a PEC que aumenta o número de vereadores no Brasil. Pela lei,que será promulgada pelo presidente Michel Temmer, Passos sai de 11 e vai para 17.

É uma aberração em todos os sentidos. Não muda a representação e ninguém votou nas últimas eleições para isso. Depois, quando a população despreza os políticos ainda tem gente se queixando.

Essa mudança ainda vai ser muito discutida e o STF já há sinalização de que ela será barrada. Seria bom que a proposta do senador Cristovão Buarque de acabar com os subsídios para as cidades com menos de 200 mil eleitores também tivesse sido aprovada.

Será que se isto tivesse ocorrido ainda teria tanta gente defendendo melhor “representação popular” no legislativo municipal do País?

Essa queda de braço tem milhões de perdedores e poucos vencedores se, ao final, prevalecer.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Uma no cravo, outra na ferradura

O ex-prefeito Ataíde Vilela resolveu falar. Fiel ao seu estilo falou o que devia e foi além, falou também o que não devia. Neste aspecto não ficou muito diferente do prefeito José Hernani que, de posse da auditoria feita no SAAE, sob encomenda da atual administração do órgão, foi até a promotoria e entregou o documento ao promotor Paulo Márcio. Ficou bem na foto. Mas o desdobramento é que pode ser feio.

Vamos a Hernani em primeiro lugar.

Auditorias não podem ser consideradas peças de condenação. Elas servem para avaliar determinada situação ou para esclarecer um ponto nebuloso. A partir daí seu uso pode ser administrativo e até para produzir provas jurídicas. Muito dificilmente o uso delas para efeito político pode surtir algum efeito de pronto como parece que pretendeu a atual administração, que foi o de colocar Ataíde no limbo.

Do jeito que a coisa anda, o que pareceu certo num primeiro momento, pode acabar como peça de campanha e, pior para os mentores da estratégia no bojo da administração, favorecendo Ataíde Vilela.

Agora vamos à reação do Ataíde.

Sem esperar um esclarecimento técnico o ex-prefeito resolveu falar. E jogou para a platéia. Falou com o respaldo das colocações técnicas de Bira, mas deu conselhos à administração atual, que poderão ser usados contra ele, como o de dizer para a administração procurar os aliados do governo e trazer para cá recursos do PAC.

Não se ateve na sua fala em avaliar o espaço de tempo. O prefeito José Hernani está no seu primeiro ano de governo e tem um longo caminho pela frente. No lugar de ficar no rebate a auditoria do SAAE, que era o que convinha fazer, passou para o palanque e deitou falação.

Um deu no cravo, caso de Hernani e pode ter cravado o casco, embora não dê para imaginar qual a profundidade. O outro deu na ferradura, resta saber se o ressoar do martelo dure o tempo necessário para ter efeito nos pleitos que se seguem.

No fim, entre meias verdades, ninguém cuidou do essencial. A administração precisa pensar no governo, em realizar ações administrativas, sem olhar no retrovisor e a oposição não pode imaginar que só apontando falhas pode garantir o pódio por antecipação.

No meio disso pode surgir alguém mais sereno e levar de roldão o que alguns pensam estar garantindo agora.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Dois momentos

De ontem para hoje pode se acompanhar dois momentos diferentes da política passense. Ontem na Câmara Municipal a oposição aproveitou a idéia do vereador Tuco – que na legislatura passada capitaneou o SOS –Estradas Rurais – e lançou o SOS saúde de Passos.

De fato a saúde em Passos pede socorro. O nó está na gestão e na implantação de formas de atendimento que eliminem a fila de espera, naquilo que isto for possível, mas mudar a gestão nesta área não é algo apenas conceitual, mas requer a presença constante, em todos os momentos, do secretário de saúde dentro do sistema.

Não vemos isto e, por esta razão, vamos continuar exercendo o direito de crítica e pedindo respeito à comunidade que, ao fim, paga o salário dessa gente.

A intenção da oposição em se diferenciar faz sentido. Afinal apostar no caos é apostar na piora da qualidade de vida da população, o que seria uma lástima. Além disso, nos dias atuais não há mais espaço para criticar tão somente.

Hoje os cidadãos querem também que sejam apontadas soluções para os problemas. E a oposição demonstrou esta vontade.

O outro momento se deu quando, o prefeito José Hernani, acompanhado de seu staff foi até ao Promotor Paulo Márcio entregar o relatório da auditoria feita no SAAE naquilo que se refere a construção da Estação de Tratamento de Esgoto e obras complementares, que fazem parte do conjunto.

A estratégia de fazer uso político do resultado tem riscos iminente, mas o tom técnico disfarçou bem a situação, embora a foto enviada a imprensa não consiga esconder o propósito: bater no prefeito anterior Ataíde Vilela.

Bem medidas as coisas, quem agora deve vir a público é a Camargo Correa e a SANAG, além da antiga gestão do SAAE. Talvez dêem pouca importância algo que só interessa à província e esta pode ser a grande contribuição que as empresas construtoras, projetistas e fiscalizadoras estejam dando a Hernani no episódio.

Ao deixar passar batido, ocorre o que se costuma dizer: quem cala consente. Por outro lado, se Ataíde pensa que o silêncio dele seja o melhor caminho para “abafar o caso”, talvez esteja contribuindo para consolidar a imagem de que a saraivada de denúncia contra ele tem algum fundamento.

No fim oposição e situação, uma numa dia e a outra no dia seguinte, moveram com alguma cutela as peças que só terão o jogo encerrado nas eleições de 2012.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A FESP como universidade pública

O Senador e Ministro das Comunicações, Hélio Costa, não se fez de vexado e, ao ser abordado sobre a implantação de uma universidade pública em Minas, tendo como pano de fundo a estadualização da FESP, porque foi assim que fiz a pergunta, respondeu que Minas precisa ter sua universidade pública e foi mais além, afirmando que o conceito é faze-la descentralizada, alicerçada em diversas regiões do Estado, como é o que se propõe ser a UEMG e que, desde quando este debate começou aluiu pouco do papel, contando com duas unidades implantadas, uma em BH e outra em Frutal.

A de Belo Horizonte, como não poderia deixar de ser, funciona como mola propulsora das outras. Pelo que até agora se viu, uma mola de pouco impulso.

A de Frutal, surgiu como possibilidade de ser um campi avançado depois que o deputado federal Nárcio Rodrigues assumiu o poder e se aproximou de Aécio Neves. Virou estadual muito depois que a FESP esteve quase lá e Eduardo Azeredo se intimidou ao não assinar o decreto de absorção.

O Senador Hélio Costa, pré candidato do PMDB ao governo de Minas, retoma o debate. Minas não pode ficar sem sua universidade. São Paulo tem duas, Rio de Janeiro tem a sua. Rio Grande Sul, Santa Catarina e Paraná idem. Só Minas ainda não.

Pode ser discurso de candidato. Mas é assim que as coisas acontecem. Lembram-se da ponte Passos – Glória? Quando Aécio disse que iria construí-la poucos acreditaram. Esta quase pronta.

É verdade que Aécio Neves também disse que iria integrar a FESP à UEMG. Ainda não o fez e tem tempo para tal, mas é correto que seja exercida pressão política sobre qualquer político, de qualquer partido, afinal a universidade não é um sonho individual, é sonho da coletividade que, por um lado, vai permitir portas abertas para muitos estudantes, que hoje não têm como arcar com os custos das mensalidades, por outro, coloca a disposição da comunidade regional uma alavanca para o seu desenvolvimento cultural, econômico e social.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Agressão ao meio ambiente

Ontem, quando mencionamos os possíveis candidatos, um nome nos escapou para a disputa do cargo de deputado federal: Wagner Caldeira, que dirige o PHS e já se colocou em reportagem no site www.correiodoslagos.com.br como um provável candidato.

Wagner está num partido que está sendo fortalecido. Um dos nomes que está de mala e cuia para o partido é Vitório Medioli, dono da SADA e do jornal o Tempo (BH). É um profissional do ramo e, por isso, com certeza tratará seus pares neste contexto. Assim Caldeira deixa de ser uma expectativa para ser uma possibilidade concreta de candidatura.

O deputado Antonio Carlos Arantes deu o grito. A construção de um hidrelétrica no Rio São João entre Jacuí e Passos pode ser mais prejudicial e benéfico. A começar pelo uso do lago que será criado com a inundação, já que a obra é particular, o mesmo também poderá ser.

Outro problema virá com a fixação de migrantes que vêm trabalhar na obra. Ao fim dela, acabam ficando na região e ai tem-se um problema social.

A partir da posição do deputado é importante uma mobilização de autoridades e ambientalistas, para uma discussão mais aprofundada, na própria Assembléia Legislativa, envolvendo o CBH do Médio Rio Grande e os conselhos pertinentes.

Antes que seja tarde. Assim é importante que algum vereador de Passos, Fortaleza, Jacuí ou Itaú faça esta reivindicação junto ao deputado Antonio Carlos para que ele solicite a audiência pública, que pode inclusive trazer a Assembléia Legislativa à região.
O que não pode é fazer o silêncio da omissão.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Dá para fazer agora

Embora pareça prudente, a idéia do Secretário de Planejamento, Antonio José Francisco, de esperar pelas resoluções do COTRAN para elaborar a lei que regulamenta o mototaxi no município, pode ser deixada de lado.

O serviço existe em Passos há mais de dez anos e o nó para sua melhor eficiência está na falta de lei que permita uma fiscalização. E isto não pode ser protelado, ainda mais agora que existe uma lei federal que torna legal a profissão.

O COTRAN, como órgão normativo do trânsito no País, estará sempre criando resoluções e se a decisão de esperá-las prevalecer, a nova lei municipal vai demorar muito mais do que o debate no legislativo pode fazer com que ocorra.

Morno, quase frio, o debate em torno de candidaturas na cidade. Não será por aí que se fará o resgate da representação política em Passos.

Dr José Orlando está sendo cobrado para sair do PSDB. Há companheiros dele usando isso como escora para deixa-lo a ver navios. Do que jeito que ele está tratando a sua possibilidade de virar deputado estadual, nem com mudança de partido isso acontece.

Alexandre Maia, batendo na sua tecla única, Samu, o retorno, perde tempo e espaço. Uma candidatura precisa ir além. Por certo as expectativas regionais são bem maiores do que isso.

O que acontece tem uma razão simples: os nossos candidatos têm projeto de poder e não de governo. Por isso agem amadoristicamente, sem visão de futuro e sem vinculação a grupos.

Quem faz isto muito bem é o deputado Antonio Carlos, no plano estadual e Melles no federal. Ambos se agarram a bandeiras regionais e lutam pelo vigor econômico deste lado de Minas.

Cássio Soares, neófito, apela para o novidadismo. Pode colar. Mas a ele também falta projeto de governo. Quer ser deputado e ponto. Ao contrário de Maia e Tuta, pode chegar lá, porque está montado no cavalo mais brioso que passa por estas paragens, tratado a feno fino das estalagens do governo estadual.

Um nome que ouvi outro dia ser colocado no cenário foi o de Alexandre Dentista. Nem dá para comentar já que a maior “obra” dele até agora foi aceitar ocupar uma vaga em um cargo que, quando foi discutido e votado na Câmara, se posicionou veementemente contra.

No cenário para federal, Renato Andrade só tem a ganhar. Fábio Kallas vai ter que dar muitas explicações sobre como tira a FESP de A para o “A..baixo da média” como, com sarcástico humor, registrou a Gazeta de Passos. Ao Ataíde, encolhido na estratégia do silêncio, cabe ter percepção que jogador que não atua, acaba esquecido pela torcida, mesmo que ela o considere bom de bola.
Pelo andar da carruagem, alguns podem até chegarem ao destino, mas com certeza não será aquele que a cidade tem expectativa em torno, que é de ver Passos com representação política pelo menos na Assembleia Legislativa de Minas.