quinta-feira, 24 de junho de 2010

Assino embaixo

“Motivos de mais uma visita (dia 24 de junho de 2010, as 19:00h no CPN) do governador mineiro a Passos, MG.

Mais uma vez, em um curto período de tempo, o agora governador Anastasia visitará a cidade, porque na última visita ele era ainda vice-governador. Mais uma vez o motivo da sua “palestra” é a estadualização da FESP (Fundação de Ensino Superior de Passos), unidade “agregada” a UEMG (Universidade do Estado de Minas Gerais).

No chamativo para a palestra que mais parece comício em ano eleitoral, as propagandas na faculdade diziam: “Vamos discutir o tipo de estadualização que queremos”, como se houvesse mais de uma maneira do estado fornecer educação superior gratuita para seus cidadãos. Porém, para quem é de fora, parece apenas mais um político usando de estratégias nunca declaradas para aparecer como governador quando na verdade aparece como candidato.

No entanto, deve-se analisar a situação da FESP na cidade de Passos. Passos tem 100.000 mil habitantes, uma média cidade-pólo no sudoeste mineiro, que infelizmente, tem em seu melhor o fato de estar próxima a divisa com o estado de SP.

Perde de longe para cidades do sul - sudoeste mineiro, como Poços de Caldas, Varginha, Lavras, Itajubá, que são referencias no ensino publico superior, mas no caso federal. Ao invés dos líderes da FESP e também o poder central em BH buscarem tornar a cidade uma referência na educação pública com uma entidade estadual, usa-se, de forma clara e descarada a instituição, que é sem fins lucrativos, para fins políticos particulares.

Através de ações com efeitos duvidosos, sempre há espaço para eventos onde exaltam o “papel” dos líderes da FESP. Nessa quarta-feira esse papel será dividido com o governador. Cabe aqui ressaltar que é amplamente conhecido na cidade de Passos que em 1998 esse mesmo excelentíssimo governador teve a possibilidade de estadualizar a instituição, e como todos nós sabemos, não foi feita.

Por que agora, em pleno ano eleitoral, onde a situação financeira da instituição não é tão boa, o prezado novo governador, amarrado pela legislação vigente, vai fazer esse tipo de ação? É tão descarado o uso político dessa ação, que para ter público, será inclusive, segundo a direção da faculdade, pontos mais na média dos alunos que comparecerem a palestra. É um descalabro.

Escrevo no anonimato porque a perseguição existente em minha cidade é enorme, e as conseqüências desse meu relato seriam gigantescas em minha vida. Ao fim desse evento, sairão vencedores o governador, que ganhará com certeza muitos votos, os líderes da FESP, que, coincidentemente em alguns anos serão candidatos a algum cargo.

Porém, os maiores perdedores serão a sociedade como um todo e em particular os alunos da FESP, que ao invés de terem cursos de qualidade e de acordo com a missão da instituição que é de contribuir na boa formação de profissionais competentes são utilizados como massa de manobra da elite política local e estadual que querem apenas deixar as coisas como estão e ganhar os louros da vitória, que como no caso da seca do nordeste que nunca acaba, aqui a estadualização nunca vem e se depender deles, nunca virá.


O que se pode esperar de uma faculdade que não se define o que é?

Não sabemos e ninguém sabe nos informar se tal faculdade é publica ou privada, dessa forma acreditamos que é política , servindo como uma importante ferramenta de manipulação de idéias e pessoas . Ficando assim na mão de políticos que se preocupam com seus próprios interesses deixando de lado a qualidade de ensino o que deveria ser de fato importante em uma instituição séria de ensino.

Nessa tal faculdade podemos notar cabides de emprego, pessoas sem nenhuma qualificação e competência assumindo cargos de diretoria, ou seria cargos de confiança?

Por outro lado podemos notar pessoas competentes e comprometidas com a qualidade de ensino, mas com suas idéias e ideais barradas por um sistema que nos faz lembrar o coronelismo ou a ditadura. Sendo assim gera um certo conformismo amedrontamento e marasmo dentro da instituição”


Como não temo déspotas de espécie nenhuma, compreendo a posição do prezado escriba e faço as dele as minhas palavras e me sinto gratificado em perceber que a pregação goelbelniana não dominou o seu espírito, critico, agudo, sensível, assino embaixo.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

A isenção da imprensa

Há quem acredite que a imprensa tem a obrigação de ser isenta, entendendo tal colocação como uma atividade imparcial. Esta é a maior mentira que se prega, dentro de uma verdade que é incontestável, porque a imprensa tem a obrigação de ser isenta, mas não imparcial.

Ocorre que no Brasil a imprensa, grande, pequena, média, seja que de tamanho for, finge isenção, mas é dissimulada, na maioria das vezes. Outro dia, para dar um exemplo da grande imprensa, a Veja trouxe uma foto do José Serra, angelical, num esforço hercúleo para despistar a natural antipatia que o tucano carrega. De resto uma bobagem, porque isto não o impediu de exercer cargos públicos eletivos ou não, com a eficiência que sua capacidade intelectual lhe permite.

No contra ponto, a Carta Capital, traz uma foto de Dilma e as loas se equivalem. A diferença é que a Veja não assume de que lado está, enquanto na Carta Capital a linha editorial não disfarça a simpatia que tem por Lula e seu projeto político.

Aqui as coisas acontecem de forma semelhante. Agora mesmo, recentemente vimos uma matéria publicada na Folha da Manhã, com claro intuito de dizer que um vereador de São Sebastião do Glória (O Chiquinho do Açouge) estava tentando tumultuar o processo de realização de um concurso público, sob a responsabilidade da FESP. Foi manchete na capa, no alto da página, espaço nobre de um jornal, e os dizeres não deixavam dúvida, Chiquinho estava abusando de seu papel e prejudicando a imagem da FESP (“Vereador é acusado de abuso”, dizia o texto da chamada).

Pois bem a matéria frisava um boletim de ocorrência e quando o jornal abriu espaço para o vereador nem chamada no rodapé mereceu. Agora, ao abrir o jornal no dia de hoje (sim nós lemos), deparamos com a matérias pagas pela FESP e pela Prefeitura do Glória, informando que o concurso foi anulado. Por parte do jornal nem uma palavra.

É assim, omitindo-se, que se pratica isenção por estas bandas. Isto depois de 4 dias que o fato foi tornado público. Nem uma explicação sobre como fica o dinheiro arrecadado com o concurso, como serão avisados os que mudaram de endereço e como fica a situação de quem fez a prova no horário adequado e passou. A ainda na nota, a FESP afirma que as provas serão aplicadas em outro dia e que atende, para anulá-las, um pedido do Ministério Público. Também houve época em que o MP era mais tenaz nas suas avaliações de caso como este.

Na verdade a FESP deveria ser proibida de participar do novo concurso, dada a prova cabal de sua incompetência para realizar o atual. Ou será que o enfoque editorial da imprensa “isenta” e do Ministério Público será outro? Aguardemos

Ah, antes de finalizar, vamos se a tal imprensa isenta vai afirmar que Chiquinho do Açouge estava certo em suas desconfianças. Uma sugestão de manchete: Vereador estava certo em fiscalizar concurso.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Deu chabú

O vereador Chiquinho do Açougue, de São João Batista do Glória, que foi achincalhado pelo baronato da FESP, cujo Barão Mor, estava em missão no exterior, mas que não se conteve na vontade, quase sempre presente em seu espírito, de tentar aniquilar quem lhe faz algum tipo de questionamento, acabou provando que tinha razão em levantar suspeitas no exercício de seu mandato, quanto ao concurso realizado no último dia 06 de junho naquela cidade.

O vereador que tentou atender um convite da própria FESP para fiscalizar o concurso, acabou sendo impedido pela coordenação que não permitiu a presença dele da forma como era se desejo seu. Ele queria olhar as provas, conferir o gabarito e acompanhar a aplicação das provas, mas não fiscalizar, um papel que não lhe cabia.

Se a FESP tivesse tido a humildade de atender o vereador, por certo teria uma chance de não aplicar de tarde – a prova foi aplicada em dois períodos – provas com questões coincidentes com as que foram aplicadas de manhã.

Pois foi exatamente isto que aconteceu e que vai levar a anulação do concurso, porque representa privilégios para quem fez a prova no período vespertino.

Na reunião de ontem na Câmara de vereadores da cidade, o assunto repercutiu. Teve gente afirmando que tudo não passava de uma grande e infeliz coincidência. Para outros a coisa tinha outro nome, algo mais parecido com incompetência.

A verdade é só uma: as provas serão anuladas e mais concurso em que a FESP realiza acaba em chabú. Bem fez o Chiquinho que defendeu seu povo, com dignidade e garra.

Enquanto isso, na reunião da Câmara de Passos os vereadores abriram mão da fala no grande expediente para aprovarem em dois a lei que beneficia os moveleiros. E foi só!

Para finalizar, a última pesquisa Empop, feita antes da Copa começar e no prazo limite para colocar opções de nomes cartão, mostra que o eleitorado anda fazendo escolhas definitivas, apostando desde a primeira, feita em fevereiro, de forma igual nos nomes que estão na TABULAÇÃO DE PESQUISA – JUNHO 2010.

A mudança importante é que 3 meses e meio da eleição, já definiram votos 46%, diferente das duas anterior, que mostravam apenas 10% do eleitorado já definido. Pelo que se vê a opção dos passenses começa acontecer pela razão de levar alguém, tanto como deputado estadual e federal. Assim vai ganhar força a pregação em torno do voto útil.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Há chance

Se eleição fosse decidida por pesquisa os candidatos que ai estão não teriam muito que comemorar, principalmente se for olhado apenas o aspecto da pesquisa espontânea. Aquela que leva em conta a vontade do eleitor sem que lhe seja apresentado qualquer nome. Até agora são 73% os que dizem ter um nome para votar. Embora pequeno, houve um ligeiro crescimento.

A situação muda bastante quando estimula-se o eleitor dar sua opinião. Nessa hora, percebe-se o quanto existe a vontade da região de fazer representantes. A partir deste momento, o que se observa é que nomes que ganharam algum tipo de projeção no cenário político saltam à frente de outros que ainda não demonstraram ação efetiva ou que por aqui têm pouca ação prática.

No cenário para deputado estadual fica mais fácil de perceber a presença regional. Os pré-candidatos de uma forma ou outra apresentam algum tipo de relação com a região. É o que acontece com Reminho. Na última eleição bateu na trave e acabou exercendo o mandato por obra e graça do Palácio da Liberdade.

Pelo que aponta a primeira pesquisa Empop feita na região, ele se recupera num trabalho forte na região, só agora percebido por alguns, mas quem anda pelas diversas cidades deste sul/sudoeste de Minas já percebeu seu rastro. Antonio Carlos Arantes, mostra sua força, mas não se vê presença dele tão expressiva junto ao eleitorado. De certo, confia nas articulações que fez com prefeitos e que ainda não geraram uma expectativa de votos, quanto o seu trabalho de comunicação poderia supor que gerasse.

O Dr José Orlando Tuta ainda vive do recall de sua campanha passada e só agora começa articulações mais amplas, mas é o nome que tem a menor projeção de contatos percebida pelas outras candidaturas. O que acontece com Cássio Soares não é muito diferente do que ocorre com Antonio Carlos. A diferença é que as articulações de cúpula com Cássio não têm mais o suporte da presença dele no executivo como terá a de Arantes com a Assembléia Legislativa, que continua deputado até a eleição e ainda depois dela até dezembro, se não vencer o pleito, pelo menos.

Pelo que estamos vendo, a região – e Passos em particular – vê a chance de Alexandre Maia se tornar deputado, acompanhado de pelo menos mais dois. Ainda pode existir um quarto eleito, mas é assunto só para depois da copa. O que as pesquisas têm mostrado é que Maia já tem densidade eleitoral significativa o que o coloca no páreo, mas decisão de Elegê-lo está nas mãos do eleitorado, que ainda tem muito o que refletir, inclusive sobre o voto útil.

Já o pleito para deputado federal coloca Carlos Melles na frente, seguido de Renato Andrade. Um teria cerca de 80 mil votos e o outro 40 mil. Os outros daqui participam do jogo, mas não têm densidade eleitoral na região.

Wagner Caldeira, se quiser, tem a opção classista para atuar e Alexandre Pereira, a defesa do meio ambiente, onde deve buscar votos. Os outros fazer o que manda a lei, buscam votos onde lhe for dada a oportunidade.

A posição alternativa a Carlos Melles é de Renato Andrade. É por aí que Renato Andrade tem o caminho mais fácil para fazer consolidar sua candidatura. Se não der por aí, será mais um no jogo, tentando criar as condições objetivas para se viabilizar durante a campanha propriamente dito.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Politizando o tema

A reunião da Câmara Municipal aconteceu sem muitos sobressaltos na última segunda. Mas dois assuntos foram destaques nos pronunciamentos feitos pelos vereadores no Grande Expediente, que são os quinze minutos que cada tem direito para expor individualmente o que pensam e o que reivindicam para a cidade.

Via de regra é o momento do debate e da apresentação dos contraditórios. A oposição sempre levanta a questão e a situação se defende. Ou pelo menos deveria ser assim. O prefeito tem um líder- o Tuco - quase sempre omisso que, quando usa a tribuna, fala mais de seus interesses do que sobre o tema criticado pelos adversários, como aconteceu recentemente anunciou-se como coordenador da campanha do deputado Aelton Freitas na região , que nem de seu partido é, diga-se de passagem. Ou ele não se inteira do que ocorre ou prefere crer que os críticos têm razão e o seu silêncio demonstra concordância com as falas assacadas contra a administração.

O líder da bancada, Marcos Saluuti, marca a presença, mas em horas cruciais se ausenta, como aconteceu na última reunião, quando a oposição politizou a questão da doação de área para para o Corpo de Bombeiros, insinuando que tal não ocorreu porque havia razões eleitorais para tal. A oposição dedo em riste acusou uma manobra que visava prejudicar o pré-candidato Cássio Soares, autor do pedido da instalação do Batalhão do Corpo de Bombeiros em Passos, sugerindo que esta iniciativa teria partido de Alexandre Maia.

Se não é a postura de Edmilson Amparado, que não esconde sua simpatia por Cássio Soares, o dito pela oposição, na pessoa de Dentinho, teria prevalecido. Foi ele que esclareceu que faltava, entre outras coisas, uma principal: o pedido oficial do Corpo de Bombeiros que deve vir de Belo Horizonte.
Mas a atitude da oposição é normal. Politizam o tema para defender seus interesses e agora o candidato a deputado estadual da maioria, inclusive de todos da situação, que é Cássio Soares, que anda patinando na subida, mas que jura que tem bala na agulha para reverter o quadro, até contratando marqueteiros que já trabalhou para Quércia entre outros.

O SAMU, que já teve por aqui na época de Ataíde Vilela e que ele deixou ir embora por falta de visão política, tanto para ele como de política pública para a cidade e região, está de volta e depende de uma série de iniciativas para que seja instalado, o que inclui uma sede, o que não vai acontecer em curto prazo.

Agora já se sabe, graças a pronunciamento público do próprio secretário Cleiton Piotto, que o SAMU será instalado no antigo prédio do Pronto Socorro e convenhamos é uma distância considerável ter que esperar um pouco para que o serviço seja instalado e deixar que ela tenha indo embora, depois que o prefeito o usou como palanque, desfilando dentro das ambulâncias pelas principais da rua da cidade e todos se lembram que o Ataíde foi o autor dessa proeza.

Mas nem tudo tem justificativa.

O vereador Jeferson Faria denunciou o mal atendimento dado a um pai, que tem uma filha sem o céu da boca e que uma vez por ano tem que ir a um centro especializado para cuidar da menina. Isto se faz usando os recursos do Tratamento Fora de Domicilio. Foi o que o pai da moça foi buscar, mas, segundo o vereador no lugar de um atendimento foi mal tratado pela servidora Cintia Freitas.

Na Câmara nenhum vereador da situação explicou o caso. Nós pessoalmente falamos com Cintia. Ele negou de pronto. Disse que havia pendências de uma viagem feita a Bauru, onde se trata desse tipo de problema, e que o pai não conseguiu comprovar os gastos feitos, mas que isto não a impediu de agendar a visita a Bauru, agendada para levar a criança no dia 14 de junho e buscá-la no dia 15 do mesmo mês.

A servidora disse que em todos os momentos em que atendeu o pai da criança havia testemunha ao seu lado, acompanhando como tal acontecia. Com a palavra Jefinho que, aliás, diga-se, sempre tem o cuidado de investigar o fato que costuma denunciar da tribuna.

Pelo menos temos aqui a garantia de Cíntia que o atendimento será feito, inclusive com datas agendadas. Vamos acompanhar.