sábado, 26 de fevereiro de 2011

Violência, saúde, Deus tenha piedade

A boa notícia que merece ser comemorada é a que informa que Renato Andrade é Subsecretário de Políticas Urbanas. Não é muito importante saber que papel lhe caberá no exercício da função, mas sim a certeza de que Passos e região aumentam seu cacife político e passam a ter mais poder de fogo para trazer os benefícios que a região precisa.  Agora ter-se-á a oportunidade de ver o ex-candidato a deputado federal empunhando suas bandeiras mais caras, como  o término da BR-146 e a aceleração das obras da MG-050, principalmente no esquecido trecho que percorre o município de Passos. 

Em outra ponta, o deputado estadual Cássio Soares forma em Belo Horizonte a Frente Parlamentar pela Estadualização da FESP, uma iniciativa importante e que acontece por dentro do governo do Estado já que ele é da base de sustentação do governador Antonio Anastasia.  Em Passos, a Câmara Municipal, através da presidência, se prepara para artiucular um movimento em apoio a estadualização, que extrapolaria as fronteiras do município.

Mas há polêmicas também. O vereador Dentinho preparou um projeto de lei que prevê que os shows realizados em Passos não podem ultrapassar das duas da manhã. A idéia é conter a juventude no seu horário de permanecer na rua e também interferir na venda de bebidas alcoólicas, enquanto o show não vem.

Um dos mais respeitados promoters de shows em Passos, o Japão, se insurge contra a idéia.  Ele diz que a cidade perde com essa exigência. Para ele o que acontece é que os shows começam mais tarde hoje porque a cultura mudou. Antes os jovens saiam as sete da noite para chegar em casa à meia-noite. Hoje saem a meia-noite para chegar às 5 da manhã. É por isso que há um aparente atraso. Os hábitos são outros.

Por outro lado, a máquina que movimenta o espetáculo pára. Não se teria mais as moças trabalhando,  a produção de peças publicitárias, as montagens dos palcos, sons, uma movimentação de geração de renda que a cidade perderia, avalia Japão.

A lei proposta por Dentinho é cheia de boa intenção, mas pode não gerar o resultado esperado.  O problema maior é que o único espaço para show de porte em Passos fica no centro da cidade. Enquanto for assim, o barulho, uma hora a mais ou uma hora a menos, vai continuar. Já o costume só tempo muda, como nós mesmos de outra geração podemos constatar.

Ontem, sexta-feira (25/02), constatei exatamente isso. Freguês assíduo e amigo do Luiz Junior, bem como de toda a família, vivi com eles a tensão pós assalto a mão armada que aconteceu no Bar do Mutchur, aqui em Passos.  Foi-se o tempo em que o Bar podia ficar aberto sem cisma até altas horas da madrugada. Tradicional ponto de vendas de ingresso para espetáculos em Passos, o local ficou visado e de-repente viu-se na mira de marginais.

O sufoco passado por Luizinho, que teve a arma apontada para a cabeça, esta virando rotina na cidade. É o posto de gasolina que é assaltado, são os malotes de empresas capturados no trânsito, são os supermercados. Os bandidos sabem. Têm estratégia. Conhecem o horário mais adequado para agir. E a polícia?

Não se tem conhecimento de políticas públicas para a prevenção, porque depois que o leite foi derramado recuperá-lo é díficil. De que adianta tantas viaturas? De que adianta  as motos guardadas? Por que não se estabele rondas, mapeia-se pontos visados, quer pelo movimento cotidiano ou por eventos excepcionais?  Onde estão as câmeras de vigilãncias em pontos estratégicos da cidade, em área de grande movimento?

Creio que isto pode acontecer. Hoje a cidade tem força politica para isso. Não dá para se conformar com a idéia que os tempos de hoje estão violentos. Governos existem para proteger o cidadão e promover a cidadania.  Em uma ponta tem que agir contra os marginais e na outra atuar pra que as pessoas não precisem roubar e nem matar. E nem que sejam roubadas.

O amigo Luiz teve a companhia dos amigos, a solidariedade deles, mas o que defendemos aqui são políticas públicas que afaste a violência e não nos faça esquecer que moramos numa tranqula cidade do interior. Vivemos aqui porque optamos por ter esta tranquilidade.

Para finalizar, não podia deixar de expor as coisas lá pelo lado do CISMIP, Consórcio Intermunicipal de Saúde da Microrregião de Passos, como havia prometido no texto anterior. 

Prestem atenção. O prefeito que preside o CISMIP é o Edinho do Oswaldo, de Alpinopolis. Ele andou batendo boca com o prefeito de Passos, Dr José Hernani, e começaram a levantar lebres passadas, mas esqueceram o próprio rabo de fora. 

Alpinopolis deve ao CISMIP, documentalmente, parcelas de setembro de 2010 a janeiro de 2011, no valor de R$1.259,68 cada, total de R$9.902,98.  Carmo do Rio Claro deve a Taxa de Manutenção de dezembro de 2010 e janeiro de 2011, no valor de R$2.527,64 cada. Total R$5.055,28. Passos deve serviços prestados mais taxa de manutenção de dezembro de 2010 (R$53.580.59) e e os mesmos item em janeiro de 2011 (R$34.941,69). Na ponta do lápis o CISMIP tem para receber dessas prefeituras R$R$103.480,64.

Entenderam? Batem boca para esconder o fato de que juntos parecem ter um objetivo comum: desmonstar o CISMIP.  O Consórcio criado pelas prefeitutas com o propósito de contratar serviços médicos e exames especializados, funcionar como regulador de preços, é uma pedra no sapato de grandes instituições que conseguem ter em postos chaves pessoas que trabalham em favor de seus interesses, como secretários de saúde e até prefeitos, que, no lugar de preocuparem-se em oferecer acesso a serviços dignos ao povo de suas cidades preferem privilegiar o compadrio e o clientelismo político. É o que se percebe ao ver concretamente o que estão fazendo com o CISMIP.

O prefeito José Hernani, que tem uma trajetória polítca honrada, não podia chafurdar-se nesse jogo mesquinho de baixo interesse, precisa vir a público, fazer não só o pagamento da dívida, mas puxar o CISMIP para cima e fazer dele um referencial de prestação de serviço para as comunidades das nove cidades que hoje compõem o órgão.

Esses prefeitos não podem de jeito nenhum continuar tratando suas comunidades com desprezo, como acontece também com a segurança pública onde o aparato existente parece ser eficiente para lavrar BO’s, fiscalizar a altura do som dos shows que rola pela cidade, mas será  que não possui um serviço de inteligência capaz de identificar um assaltante que ousa invadir um estabelecimento e sair dali com a plena convicção que não será pego?

Se as coisas continuarem assim só Deus tendo piedade de nós.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Querem detonar o CISMIP


A reunião da Câmara Municipal de Passos da última segunda-feira, 21/02, teve como maior destaque a transmissão da sessão pela internet, via vídeo, teve também uma nuance de denúncia de um problema que é muito sério que trata de problemas vividos pelo CISMIP (Consórico Intermunicipal de Passos). Vamos abordar este assunto já já.

Agora é necessário que se comente a iniciativa de fazer a transmissão das sessões via internet.  De fato uma idéia louvável, mas que merece que seja acompanhada com atenção.   Não se deve, para que se realize tal serviço, contratar nenhuma empresa de fora (Nada contra Itamar Bonfim, que fez a gentileza de mostrar a viabilidade de fazer tal transmissão).  Basta que a Câmara tenha os equipamentos necessários (câmaras, equipamento de captação de imagens e aúdio e os software  para colocar no ar e a disposição de terceiros - e da cmunidade -o que lá está acontecendo.   A câmara já faz isso com a “Rádio Câmara”.  Tomando a iniciativa de fazer por si mesmo, o legislativo economiza e presta um serviço mais duradouro e eficaz.

Vamos ao CISMIP.

O vereador Jefinho disse que tem posse de documentos que comprovam diversas irregularidades que vem ocorrendo no órgão.  O Consórcio Intermunicipal de Saúde , caso do CISMIP,  é uma idéia implantada no Brasil por iniciativa do deputado federal Rafael  Guerra, que o lançou em Minas, quando Secretário de Saúde e Azeredo era governador.  O objetivo era fazer com que os municipios tivessem a sua disposião equipamentos, exames e serviços médicos que sózinhos não poderiam bancar e muito menos comprar de terceiros.

É por isso que alguns municípios se destacam nessa ou naquela área. Existem espalhados por Minas Gerais equipamentos de raio x, oftal, endoscpia, entre outros.  Mas o papel fundamental do Consórcio é que ele funciona como regulador de preços e de pretação serviço na area médica, com exames especializados aos quais grande parte da população não tem acesso.  Tem-se a tabela e ela serve de referência para outras instituições médicas, laboratoriais e hospitalares. E os valores são, na maioria dos casos, abaixo do praticado pelo "mercado"

Um exame de endoscopia custa R$112,00 no CISMIP. Na Santa Casa de Passos bate na casa dos R$350,00. No Hospital São Lucas em São Sebastião do Paraíso custa R$230,00, é o que consegui como dado,

O CISMIP, como os outros, são mantidos pela mensalidades das prefeituras (no caso 9) e pelas compras de serviços. No caso da cessão de equipamentos os municípios que os tem à disposição não pagam pelo uso, mas faturam do SUS como se dos municípios fossem.

É na hora de pagar a mensalidade que a porca começa torce o rabo.  Várias cidades estão com mensalidades atrasadas.  Uma delas é Alpinopólis (prefeito  Edinho do Osvaldo, presidentente do CISMIP). Outra com divída é Passos (sede do consórcio).  Não são as únicas. A soma do débito está em R$180 mil, o que começa  a inviabilizar o órgão.(Aí se soma mensalidades e serviços contratados e não pagos).

Mas por que isto acontece?  Tem cidade, que nós vamos colocar aqui documentalmente, que paga R$350,00 pela endoscopia na Santa Casa, e não usa  o  serviço da CISMIP que custa R$112,00. Ou seja três pessoas poderiam estar sendo examinadas, mas por motivo desconhecidos e não esclarecidos à população paga-se muito mais caro à Santa Casa de Passos. 

Seria o caso disso estar acontecendo porque o prefeito José Hernani é médico do hospital, assim como o é também o secretário de Saúde, Dr Cleiton Piotto.  Mas  não é só isso não. Outras cidades fazem o jogo sujo da política em cima da saúde da população. Tem uma que usa o Raio X do CISMIP, mas que fala em devolve-lo porque o operador é adversário político e agora ocupa uma função importante no quadro político -institucional  da cidade. 

Tem uma outra que paga mais caro, porque tem ligação política com o dono do hospital que tem serviços semelhantes, mas mais caros que o do CISMIP. 

É para fazer o jogo do compadrio, do interesse corporativista, do mesquinho jogo de interesse político, que, pelo menos é o que parece, que querem detonar com o CISMIP.  Acabar com ele, encerra a possibilidade de regular o preço dos exames.  Termina com os erviços médicos especializados disponibilizados à população a custo zero e a preço que permitem que mais pessoas façam uso do mesmo.

Esta não é a primeira vez que isto acontece. Já tentaram outras detomar com o órgão em outros momentos, mas ele conseguiu soerger. Tem até a história de uma funcionária graduada que raspou o caixa num acerto trabalhista ao deixar o órgão. Tem muitas histórias que serão contadas aqui, a medida que se for tomando ciencia do que lá ocorre
.
A intenção é fazer algo para salvar a entidade, acordando as câmaras municipais dessas cidades, como começa acontecer aqui em Passos, a AMEG e a promotoria que em outras ocasiões se mostrou tão zelosa de sua responsabilidade.

Se nada for feito vão detonar o CSMIP e povo mais uma vez vai pagar caro pelo que hoje tem muito mais em conta.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

De Comissões e tombos

Literalmente na madrugada de hoje (15/02, quarta) quase levamos um tombo fatal. Trafegando sentido Passos – Belo Horizonte, uma comitiva do Sindcom e Isepem, da qual fazia parte o presidente Davi de Oliveira, o tesoureiro Marcos, além de mim, que iria fazer a cobertura de reuniões que aconteceriam em BH e do eletricista Ed Carlos, que presta serviços à entidade, o carro em que estávamos deslizou na pista molhada e bateu, providencialmente, no meio-fio da pista, que separa um abismo da rodovia um de mais ou menos 20 metros, próximo do local chamado Cascata.  Se o carro tivesse numa velocidade maior seria inapelável a capotagem e a queda no precipício. Mas a intenção não é contar sobre o acidente, de resto sem qualquer consequência grave para os ocupantes do veículo e sim questionar por que até hoje a Nascentes das Gerais não colocou naquele trecho uma proteção de guardrail, como tem a pouco metros do local e em outros  pontos semelhantes na mesma rodovia MG-050
.
Conversando com o Cabo Rodrigues, um dos que  estavam na viatura da Polícia Rodoviária que nos atendeu lavrando o Boletim de Ocorrência, tivemos conhecimento que exatamente naquele local seis vitímas fatais despencaram abismo abaixo  por causa das condições da pista, que já foram até piores do que são hoje. Os pedidos para a colocação do guardrail são constantes, mas a Nascentes das Gerais parece não se interessar em dotar o local dessa proteção.

Está n a hora de alguém pôr a boca no trombone. A providência é simples e pode ajudar a salvar vidas.O que a Nascentes das Gerais fez em ser pronta em mandar  o Guincho e o carro socorro, é muito pouco para quem recebe o pedágios dos milhares de veículos que passam todos os dias pelas seis praças espalhadas ao longo da MG-50.

Novos tempos na Câmara Municipal.  A presidencia tem adotado medidas que melhoram  o atendimento ao povo e os funcionários hoje estão se habituando a cumprir horários e exercer a sua função com mais empenho.  E isto sem qualquer alarido, apenas cobrando que cada um  cumpra seu dever.

Mas do lado político é preciso que se faça algumas observações. A diplomacia da nova direção tem sido uma marca.  Desde a recepção ao deputado Cássio Soares até visitas à direção da FESP, passando pela que foi feita ao prefeito José Hernani, a norma tem sido a rasgação de seda. Nenhuma cobrança mais enfática e nenhuma colocação sobre política públicas, como saídas para os problemas da saúde, aceleração do ritmo das obras da MG-050 e ou sobre a estadualização da FESP. Algo que poderia ser feito de forma polida e nem assim teve-se notícia de que tenha sido feito.  E isto é ruim, porque fica parecendo que o legislativo, pela ação de sua direção máxima, esta suberviente ao status quo existente na cidade.

Não é que tenha que ser contra, mas é preciso que o poder legislativo  tenha a chance de dizer  o que pensa sobre os problemas da cidade e suas expectativas. É  isso que a população espera de quem elegeu para cuidar de seus interesses, da população, para que não reste dúvida de qual interesse estamos falando.

Ah, por falar em tombo, quem levou um, de forma  figurada é claro, foi o vereador Dentinho.  Ele pretendia – e seria mesmo indicado para tal – fazer parte de uma das duas comissões mais importantes do legislativo, a de Constituição, Legislação e Justiça ou da Fiscalização Financeira e Orçamentária, num total de cinco – como o fora no biênio passado. 

Quem faria a indicação seria o líder do PR, o vereador e médico, Dr  Cláudio Fêlix,  porque o partido tem bancada (dois vereadores ou mais), já que o PSDB elegeu só Dentinho.  De última hora um parecer  da JNC (José Nilo de Castro, escritório de advocacia de BH), apontava que esta nomeação não poderia ser feita e que os partidos só podiam indicar membros dos mesmos.  Mesmo  Dentinho tendo  ocupado por dois anos um posto na Comissão de Constituição, Legislação e Finanças, indicado pelo PR, desta vez não pode, porque o parecer lhe vetou a possibilidade.

Dentinho usou a tribuna e de forma velada fez a critíca aos que lhe jogaram pedras no caminho. Disse que  é de oposição e continuará sendo e que gostaria de contar com a união de todos os partidos de oposição na Câmara.

Para quem tem bom ouvido uma fala cifrada basta, mas para quem não quer ouvir nem gritando alguém se fará entender. Mas que haverá desdobramento isto haverá.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Assino embaixo


“Carta Aberta ao IPSEMG – Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais e ao Governador do Estado de Minas Gerais
 
                                                                          Passos, 11 fevereiro de 2011 
 
 
Parto do princípio de que é necessário conhecer a verdade, pois é a verdade que poderá nos libertar. Por isso escrevo esta carta aos atuais dirigentes do IPESEMG, e também aos que virão e ao governador de Minas Gerais, o também educador Antonio A. Anastasia.

Tenho visto na TV uma campanha institucional do governo mineiro no sentido de prestigiar o retorno ás aulas na rede estadual de ensino e também, como se diz na gíria, no bom sentido, jogando uma terrinha nos profissionais da educação no sentido de sua valorização profissional. Bonita campanha Sr. Antonio. Acho uma boa ação. Mas, ao par disso, na condição de professor, vejo situações que não condizem com a realidade expressa na publicidade ou mesmo no discurso dos administradores.

Como pode um professor, aquele que é espelho para sua clientela, se apresentar precariamente vestido, doente, banguela? Nosso instituto de previdência precisa melhorar muito e urgentemente. Para ilustrar a precariedade cito dois casos que julgo não serem isolados, no primeiro deles uma professora com crise de estresse teve alta do hospital conveniado, sem estar boa, com a indicação de procurar tratamento por sua conta, pois na cidade e nem na região o instituto oferece esse suporte; outro caso é o serviço odontológico, que apesar de ter bons profissionais para atendimento, não pode atender a todos que o procuram. Atende alguns e alguns casos, os outros se quiserem que busquem tratamento particular. Isso deixa até seus próprios peritos em situação constrangedora, tendo que limitar dessa forma esse atendimento.

O tratamento que o IPSEMG oferece na área dentária deve ser só para os que têm dentes perfeitos, o básico do básico, e olhe lá! Não vou citar aqui as outras necessidades da classe, que são também da maioria da população, de formação profissional por exemplo,  para não misturar muito os assuntos, se bem que “tudo está junto e misturado’, nem vou aprofundar na questão de professor ter que pagar até a própria água e o cafezinho que bebe e nem receber equipamento de proteção individual (EPI), como jaleco, sapatos adequados, não ter programação de lazer e cultura, e nem serem respeitados nem mesmo por meros sub-secretários de estado que sequer respondem a seus ofícios, etc, e etc.

 Não é somente o salário que conta em uma carreira, quanto mais nesses tempos atuais. É a qualidade de vida que se consegue em decorrência desse trabalho.

Reconheço os avanços que o país vem tendo na área social e seu desenvolvimento mas vejo também que o momento não é de euforia e sim de compreender com clareza nossa real situação, e mudar. Se possível com urgência para que possamos usufruir ainda em vida.

Por um mundo mais feliz,

Marise A Pacheco”

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Fui à UPA


Terça-feira, 01 de fevereiro, tive que ir ao Pronto Socorro.  Infartado, safenado, hipertenso e diabético, qualquer pressão mais excessiva preocupa, ainda mais se há tempos nada de anormal acontece.  Como aconteceu, gato escaldado tem medo de água fria e, por isso, me dirigi ao pronto atendimento aqui de Passos.

Logo ao chegar, por volta das 21:30h percebi o intenso movimento  no local. Havia muita gente lá e outras chegando.  As famigeradas pulseiras não estavam no braço de ninguém, mas a triagem no atendimento estava sendo feita, bastava que se observasse quem era atendido e em que tempo.

Os casos mais graves, ou que parecessem como tal, eram encaminhados para uma sala contígua à portaria e de lá para dentro, numa sala de espera  dos consultórios. Um médico e uma médica faziam o atendimento. Diversas profissionais da saúde davam suporte. Os leitos estavam todos ocupados.  Lá fora a demanda era grande ainda, mesmo depois das 22:30 h. Quando afinal fui atendido.

Não achei a demora grande para o meu caso, mesmo porque suportável, mas ouvi queixas de pessoas que diziam estar ali desde às cinco da tarde. Outros faziam comparação com o atendimento de grandes centros, afirmando que  eram mais rápidos do que aqui, o que contrastava com que acostumamos ver pela tv, com gente sendo atendidas em corredores, macas pelo chão e com muito tumulto. 

É verdade que com a implantação do protocolo de Manchester houve cenas parecidas por aqui, com lavratura de BO’s, mas na terça a espera se dava com as pessoas sentadas nas cadeiras.

Evidente em que se tratando de saúde, o caso de cada um é sempre prioritário, mas é lógico que sob o ponto de vista médico a urgência é diferente para cada caso apresentado.

Sou daqueles que acreditam que o protocolo de manchester é um avanço. Talvez tenha sido colocado para funcionar em hora errada, sem a infraestrutura de apoio necessária para o seu bom funcionamento, como o funcionamento de um ambulatório à noite, ou de vários, mas pelo menos o  que está próxima da UPA deveria estar funcionando - Hernani me disse que isto vai acontecer - para onde seriam triados os casos menos graves, ou sem gravidade alguma.

Ocorre que a administraçáo pública não pode prescindir do marketing social e isso não se resume às notícias veiculadas pela mídia. É muito mais do que isso. Siginifica estabelecer contatos com a comunidade, traçar estratégia de comum acordo e assumir que não se pode resolver tudo mesmo, mas evidenciar o que está sendo feito  para que os problemas sejam resolvidos.

Nenhuma propaganda convence por  si só. Para que isto ocorra tem que estar em sintonia com os fatos, ou seja o que se narra nela tem que de fato estar acontecenco ou pelo menos assim sendo percebido pela comunidade.

Falta esta perspicácia à comunicação social da prefeitura.  Narra os fatos, registra a notícia, mas não a liga com a comunidade, não sonda como ela esta sendo percebida pela populaçao, ou então não leva em conta o que pensa a comunidade. Aí não se comunica, mas se trumbica, como diria Chacrinha.

Mudando um pouco de assunto. Cássio Soares assumiu a cadeira de deputado estadual e já deixou algumas viúvas por aí. Algumas choram porque nem receberam convites para a posse. Fato normal no exercício do poder. O que ele não pode esquecer são as demandas caras para a população., de onde conseguiu 36 mil votos que o elegeram deputado esatadual.  O site www.correiodoslagos.com.br  tem uma enquete no ar, que será encerrada hoje, que indaga qual deveria ser a prioridade de Cássio na sua ação parlamentar. Dos que responderam 49% pedem mais recursos para a saúde. 40% querem a estadualização da FESP e o restante agilização nas obras da MG-50.

A população já colocou o que espera de Cássio. Vamos aguardar para ver o rumo das coisas.