terça-feira, 29 de março de 2011

A violência em Passos beira a indignação

Exatamente um dia depois que foi instalada a Comissão Comunitária de Segurança da Câmara, que tem o vereador Edmilson Amparado como presidente, José Eustaquio Nascimento, o Taquinho, como vice e Auro Maia, secretário de Assistência Social do Município como secretário, e que tem o objetivo de propor soluções para combater a violência em Passos, mais dois assaltos a mão armada aconteceram cidade. Lógico que esse grupo nem teve tempo de pensar em propostas, mas o comentário é feito para deixar sem margem de dúvida o quanto a violência contra a sociedade esta alarmada com a onda que corre por todos os cantos.
.
Claro, a violência não se combate com repressão apenas. Vou deixar isso tranparente para entrar no mérito do que vem causando indignação à população, sem delongas.

Escrevo como cidadão. Sem apelos políticos, sem pretensão de análise. Apenas como alguém perplexo pela falta de ação das policias. Pela incapacidade que tenho de entender como que as policias não conseguem mapear as zonas de risco, de concentração de marginais, de montar um esquema de proteção aos alvos prediletos dos bandidos. Qualquer pessoa medianamente informada, em conversas informais, discute locais, pontos vulneráves, com razoável desenvoltura.

Quem na cidade não ouviu uma história assim: “acabaram de assaltar um posto de gasolina”;  “roubaram um supermercado”, “dois encapuzados de moto assaltaram um traileir de lanche”. "bar foi roubado por bandidos empunhando revólver na cabeça do proprietário"? Quem? 

Evidente, não sou especialista, mas já ouvi dizer que a Polícia Militar tem seu grupo de inteligência. São os soldados e oficiais que atuam na condição de espiões, a paisana, infiltrados entre marginais, como tem que ser mesmo, mas não temos tido notícia de que esses tenham conseguido identificar essas quadrilhas que infestam a cidade. 

Não é caso, não vamos cometer essa tolice, de pedir aos policiais que quando prenderem alguém informarem que foi devido a ação da inteligência. O que a sociedade quer é se sentir segura, até para desenvolver ações sociais que mudem a longo ou médio prazo este estado de coisas.

Hoje o que precisa é que Policia Militar mostre sua presença nas ruas,  patrulhe, vigie os locais visados, entre nos bairros conhecidos de todos nós onde ficam a maioria dos marginais.  Nem precisam me desafiar para dizer quais são. Eu imagino. Eles, os policiais –aqui tanto civis como militares – sabem com certeza.

Também se sabe que as policias têm suas estratégias de combate. Mas isto não esta sendo percebido pela comunidade e a comunidade aí inclui os bandidos que não temem a autoridade policial, pelo menos é o que parece.

Ninguém torce para que as policias saiam executando a torto e direito.  Mas o clamor da rua é por proteção. Os cidadãos querem sentir que a segurana existe. Que as policias  têm plano de ação para momentos como este, de grande incidência da violência. 

Até outro dia um amigo, brincamdo, se referia a São Sebastião do Paraíso como um bairro violento de Passos.  Não me lembro de ter ouvido qualquer notícia de grande aparelhamento realizado por lá que não tenha ocorrido aqui. Vi viaturas chegando tanto aqui como lá. Vi armas sendo destinadas tanto aqui como para lá.  A diferença para mim é imperceptível, mas lá a onda diminuiu, Nem é onda violenta. Aqui parece que estamos sendo atingidos por um tsumani.

A sociedade se envolveu, disso com certeza virão efetivos, equipamentos e recursos que vão permitir ações melhores e mais eficazes, mas a cidade espera desse grupo que hoje aí está uma atitude que se mostre mais efetiva e faça o cidadão se sentir seguro e o bandido respeitar o braço armado da lei. 

Já seria um bom começo!

Um comentário:

  1. Mais assassinatos! Onde vamos parar? Enquanto isto o senhor prefeito larga uma reunião de importância do combate a criminalidade e vai tomar umas com os amigos...

    ResponderExcluir