quinta-feira, 30 de abril de 2009

Fumaça no ar

Hoje, de novo, o assunto de nosso comentário é o semanário Gazeta Regional, aqui mesmo de Passos. O editorial é instigante. Aborda a questão das fundações no Brasil e não menciona nenhuma delas em especial, mas quase que dá para gente sentir o cheiro de quem se imagina esteja o texto tratando.

Fundações que existem são milhares, mas dirigidas por gente autoritárias são poucas. As que são administradas por gente relapsa, que não medem conseqüências, se endividam fazendo expansão na hora que deveriam estar trabalhando a contenção de despesas, também existem e não deviam ser tratadas com tanta benevolência.

Bem, como dissemos, não dá para saber quem o editorialista descreve. Mas bem que os alunos da FESP podiam estar mais atentos ao que acontece à sua volta, principalmente no que se refere a desenfreada “expansão” que vem ocorrendo pelos lados daquela instituição.

É público e notório que as fundações de Minas (aquelas optantes pela UEMG), depois que o STF decidiu que elas não são mais públicas, mas privadas, não podem mais receber recursos via Universidade do Estado de Minas Gerais.

Agora mesmo as bolsas de estudo que o governo destinou à FESP, e que mantém a instituição de pé, tiveram que percorrer outro caminho, diferente daquele que percorreram em outras épocas e no lugar de virem via UEMG , salvo melhor juízo, vieram por convênio.

É importante e, neste sentido está de parabéns o editorial da Gazeta Regional, que olhos permaneçam aberto em torno dessa gente, em cima do que fazem e para onde mandam recursos que têm a obrigação de bem gerir.

Só para se ter uma idéia: imagine o quanto de alunos não poderiam estar freqüentando um curso superior se a mensalidade fosse mais baixa? O que precisa ser feito para que elas pudessem ter um valor menor?

Para começar, deixar de alugar tanto espaço e pensar com responsabilidade em construir uma sede própria para a instituição. Mas, como tudo leva a crer, esta não é prioridades de tais dirigentes.

Ainda bem que a Gazeta Regional se soma àqueles que mantém-se vigilantes e dispostos a erguer a voz contra os que cometem abusos contra a paciência e o patrimônio dos quais deviam cuidar. E pela leitura do editorial, há fumaça no ar.

Um comentário:

  1. Convênio 07/2008, firmado entre a FESP e PMP, no valor de 30 mil reais já recebidos pela FESP pela prestação de serviços de elaboração, edição,impressão, etc.,de 200 livros sobre os 150 anos de Passos. O prazo para a entrega do material venceu em 31/12/2008 e até agora "necas" de livro algum. Onde encontramos a Curadoria das Fundações? Se é que existe em Passos? Vale a pena investigar!!!

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