Há uma discussão que tem permeado a questão da segurança pública
É preciso agir para que a sociedade não pague o preço da omissão das autoridades. Antes de qualquer coisa o debate deve ser colocado no foco certo e o trabalho de combate a estes criminosos seja feito em cima de políticas públicas e o tema não seja desviado para o aproveitamento político oportunista e fora de hora.
A atual gestão, que tem à frente da Secretaria de Ação Social, o ex-vereador Auro Maia, que já se prestou ao papel de assessorar um deputado federal(Odair Cunha) que nem escritório tinha na cidade – o que lhe valeu a alcunha de ‘fantasma’ – tem realizado, como secretário municipal, um bom esforço no setor, mas não resiste à tentação de “politicar” em cima das questões que lhe são propostas,
A mais fácil delas é cair de críticas em cima da ex-secretária Wanda Vilela que, para não perder tempo em análise de sua ação frente à pasta, nunca deveria ter deixado os afazeres de prendas domésticas.
A outra é tentar mostrar que a desativação do centro de internação Despertar Tais de Melo Andrade foi um erro e que, por isso, a criminalidade por menores tenha aumentado. Na verdade este foi um dos poucos acertos da ex-secretária. Não é a desativação do Centro que fez a marginalidade entre menores crescer. A impunidade é o fato preponderante que causa este distúrbio.
Sobre isso está certíssimo o delegado regional, Dr Fábio de Oliveira, que deixou claro em entrevista ao site http://www.correiodoslagos.com.br/, que funcionário público municipal não tem preparo para lidar com menor infrator. Mais certo está quando frisa que este é um papel do Estado e que ao município compete trabalhar polítcas que possam atender as necessidade de inclusão social, educacional e de reorientação profissional, qualificando meninos para o futuro, inserindo-os na vida social, esportiva e comunitária.
De um trabalho como este toda a sociedade estaria disposta a participar e Passos tem boas iniciativas neste sentido, como é o caso do CAPP e da SAMP. O apoio do setor público só ajudaria no sentido de fortalecer ações como esta.
Faz muito mal a atual administração em querer desviar o foco do tema, procurando , através de discussões paralelas, culpar o passado pela falta de projetos para resolver um problema que aflige a comunidade agora.
Aliás, é ,muito tarde para que quem administra a cidade ficar em cima do palanque. Esta hora já passou. O momento agora é para enfrentar os problemas, foi para isto que foram eleitos.
Nesse sentido só há uma expectativa para quem vê menores assassinando, traficando, fazendo às vezes de pistoleiro. Para estes a ressocialização passa por outro caminho: detenção e pena.
E aí não é uma política pública municipal que vai resolver, é preciso reconhecer. Isto passa por mudanças importantes no Estatuto da Criança e do Adolescente. Ainda assim, a discussão pode muito bem começar no município.
Nenhum comentário:
Postar um comentário