Começa circular com bastante intensidade nos meios políticos de Passos uma série de nomes, alguns já mencionados neste espaço, que deixam transparecer quem hoje dá as cartas no mando político da cidade. Mas isto não é a única coisa a ser observada. Os nomes trazem uma intrincada relação entre si, que pode ensejar algo bem mais perigoso do que a princípio se pode imaginar.
Em cada nome firmado ou dispensado, há, por trás da atitude, uma determinação de se apossar do mando político no atual governo.
Começa pelo isolamento do vice-prefeito, Cóssimo de Freitas, que já não tem nem mais espaço físico para atuar, que dirá então político. O assessor especial Alexandre Maia, que trabalha sua candidatura a deputado estadual, está sendo devidamente fritado pela administração municipal, que não esconde sua preferência– a administração – por outras candidaturas alienígenas ou não, mas que nem vinculadas ao PMDB são, como é Alexandre Maia.
Passa também pela dispensa de Maércio de Oliveira, ex-diretor de cultura da prefeitura, dispensado, segundo dizem, a pedido do presidente da FESP, Fábio Kallas, por ter cobrado a edição do livro dos 150 anos e a devolução do acervo de memória, que ficava na Estação Cultura.
Até aí são articulações de bastidores que fazem encolher a importância de uns em detrimentos de outros. Mas o sério ocorre quando entra na história personagens ligados a FESP e, portanto, a Fábio Kallas que, como veremos a seguir, não limitou ao caso de Maércio, caso se confirme que a dispensa tenha mesmo o dedo de Kallas.
Ora senão vejamos: Dr Alyson Rosa Silva é assessor da bancada do PMDB e também assessor jurídico da FESP. Trabalhando na linha do vereador Edmilson seria importante que a Câmara analisasse como se dá a relação de trabalho entre este servidor e o seu horário de expediente para saber se é possível ao mesmo atender às duas instituições que lhes pagam o vencimento.
Outro: Dr Dácio Martins. Este é secretário executivo da FESP – ou cargo que o valha. Mas é também procurador adjunto do município. Aqui há um embaraço, -ou seria uma colocação estratégica? – já que a FESP tem pelo menos uma pendência séria a tratar com o município, que se refere ao pagamento do IPTU do County Clube, como acertado entre a instituição e o clube, mas que não foi feito até agora, uma dívida que beira os R$246 mil.
O que faz neste cargo da administração pública municipal este senhor? Quando ele comparece ao serviço? Que papel lhe caberia, nem se diga oficialmente, mas nos bastidores atuando num possível acordo entre a FESP e administração para a quitação de tal débito?
Olha aqui outra situação: Erick Silveira, advogado, filho do prefeito. Este ocupa a função de assessor jurídico da FESP. Preste atenção no detalhe: O secretário Executivo da FESP vira Procurador Adjunto do Município, cargo de nomeação exclusiva do prefeito, que é pai do jovem advogado que vira assessor jurídico da FESP.
Mas para completar o quadro, que inspira uma investigação séria por parte dos vereadores,- e até da promotoria - o Controlador do Município, Rogério Alux, é sócio de Erick no escritório de advocacia que ambos tocam juntos. É legal isto? Pode ser. Mas na gestão públicas essas ligações muitas próximas acabam por serem perigosas e merecem que em cima delas esteja sempre uma lente de aumento de alto grau.
E estas ligações vão se disseminando. Ali está o filho da diretora de saúde, Hlelder Soares, contratado pela Ùnica, que, desviado de sua função, porque a Única cuida apenas da mão de obra de copeiros, jardineiros e porteiros, faz compra para Tânia Soares, sua mãe e, como dito, diretora de saúde do município. Algo errado já aconteceu? Não se pode afirmar sem investigar, mas que é uma ligação fácil de transitar pelo lado perigoso da gestão isso é.
Aliás esta história da Única merece mesmo ser aprofundada. Há uma suspeita de que pagamentos estão sendo feitos a contratados da empresa de mão de obra terceirizada, como se eles fossem agentes de saúde, com dinheiro vindo do Ministério da Saúde para uso carimbado. Ou seja que tem que ser usado com servidores e ações no âmbito da zoonose, como, por exemplo, o combate à dengue.
Tem mais, segundo dizem e, por isso mesmo, merece uma investigação mais aprofundada por parte da Câmara de Vereadores. Ligações perigosas desse gênero, que parecem camuflar outros interesses, além do político, não podem sair do foco de quem tem a obrigação de vigiar e zelar pelo que é de todos e alguns, como temos visto no Senado, querem fazer uso próprio como se seu fosse.
Carlos Alberto,
ResponderExcluirVoce esqueceu de mencionar no artigo acima que a esposa do vereador TUCO também é funcionária na FESP.
É ...esta registrado...mas tem mais ligações perigosas...é só mexer a superfície do baú e derepente vamos dar de cara com outras.
ResponderExcluirCarlos Alberto
Ah, segundo dizem, a CAL, como é conhecida, assume o lugar de Maércio, como diretora de Cultura. Trabalha no Objetivo e é também coordenadora da Universidade da Terceira Idade, que é da FESP. Ligação Perigosa? Nesse caso, além de evidenciar a força que tem Fábio Kallas na atual adminitração, mostra também a fragilidade do PT, que era o "dono" do cargo e perdeu..
ResponderExcluirCarlos Alberto
Oi, Carlos! Boa Noite! Parabéns pelo bom trabalho que você está desenvolvendo à frente do Jornal Correios dos Lagos. Conforme prometido sábado no Bar Zulão, acessei o site desse conceituado e imparcial jornal. Acabei de ler em seu BLOG, o comentário e posicionamento acerca de - perigosas relações de trabalho no ente público - (criação minha Rssss) Os cidadões passenses, pelo que vejo, nesta hora cruzam os braços e não questionam tamanho absurdo. Abraços e que continue com sua linha de pensamento e trabalho, e, sempre, a almejar cada vez mais, um grande labor a noticiar os leitores e população em geral dos acontecimentos que acercam nossa querida Passos, assim como elevar a grandeza da cidade no mundo virtual, através deste conceituado períodico. Espero em breve poder dar minha contribuição através da remessa de um artigo ou coisa assim. DoniFaria
ResponderExcluirSe esse Donizetti ai não for o Vereador Zetinho, eu troco meu nome!
ResponderExcluirPreazado Anônimo
ResponderExcluirPor uma questão de justiça e de colocar as coisas no devido lugar, esclareço que o Donizetti não é o Zetinho. É um querido amigo, que hoje não trabalha mais em Passos e com quem me encontrei causualmente, como ele mencionou, no Bar Azulão.