quarta-feira, 15 de julho de 2009

Reserva no fim

Ainda é cedo, muito cedo, mas o governo Hernani já parece que está perdendo suas reservas. Não se fala aqui de reservas financeiras. Estas estão mesmas escassas e, para um governo com pouca aptidão para correr atrás de recursos, elas estão findas.

Fala-se da reserva moral, de pessoas que tenham estatura, dando o condão de respeito ao mandato. Neste governo são poucos. Lembro-me de um: o dentista Edvar de Andrade, que assumiu a secretaria de saúde e deu a ela o tom de trabalho, de presença contínua, com muita disposição para atacar os problemas.

Pela sua franqueza e resistência contra a politicagem foi sendo deixado de lado, até se sentir completamente alijado do processo, restando a ele a atitude coerente de pegar o boné e ir para casa.

Pena que em seu lugar assumiu o Dr Cleiton Piotto, que, pela demanda que tem em seu consultório, não consegue ter a mesma presença que tinha Edvar. Mesmo que o atual secretário tenha ao seu lado, assessorando-o tanto no seu consultório como na secretaria de saúde do município, a sua secretária particular.

Para ele não deve haver nada de estranho e pode até ser que justifique a sua atitude, mas para quem observa a cena política, fica um cheiro horrível de enxofre no ar.

Mas a assessoria de Hernani não se preocupa com estes aspectos essenciais a atividade pública, que são baseados na assiduidade e compromisso com a construção de políticas públicas.

Inebriados pelo poder tem-se a notícia de que alguns assessores azedam com seus companheiros e formam uma barreira para que nada chegue aos ouvidos do prefeito sem que antes passe por eles.

Alguns são velhos na arte de sabujar e de exercer o comando político e o do entorno do chefe, como é o caso do Emílio Makluf, que alguns chamam de Emílio Jabur. Parece que, pela forma de agir, vai virar Emílio Silveira. Mas se agrada ao chefe, Emílio tem desagradado muita gente, que nos confiam a forma com que foram tratados por ele quando tiveram que recorrer aos seus serviços.

No lugar de expressar-se com gentilezas com aqueles que pagam seus salários, tem sido irritadiço e descortês, é o que dizem. Outros acrescentam que até com “companheiros” a agressividade tem aflorado.

Do jeito que andam as coisas, as pessoas que têm postura e que atuam com uma postura ética adequada não demoram muito para deixar o barco.

Hernani ainda tem quem lhes dê respaldo com este naipe. Vamos lembrar aqui o caso de Domicílio Ernesto Leite, secretário da Fazenda. Respeitado pela forma séria com administra os recursos públicos. Duro é saber se ele agüenta a pressão e consegue segurar a voracidade de gastos em tempos que se recomenda prudência e economia, ai no sentido de evitar desperdício,

Se Domicilio sair, o baque moral será grande e de difícil recuperação.

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