Transcrevo aqui, para não amofinar as pessoas com um tema que tem sido objeto de nossas análises: a precária situação da saúde em Passos, que vem se acentuando por incompetências de gestores e da incapacidade do prefeito José Hernani, um médico, de estabelecer uma política pública séria, em benefício da população. Como este caos vai continuar por algum tempo, voltarei ao tema. Hoje, vamos ler juntos o texto de Gerson Siqueira, um companheiro na trincheira do direito do exercício da profissão de jornalista, sem a obrigaroriedade do diploma. Ei-lo:
"Terminou no último dia 17 de Junho uma guerra que vinha se alastrandodesde 2001. Os jornalistas não-diplomados venceram pela ùltima (ederradeira vez) porque no comando do seu desaparelhado exército estavao Senhor da Igreja. Mais de 16 mil colegas sem Curso Superior viramsua dignidade ser restaurada pelas mãos de oito ministros do STF. Nóssentimos felizes (e dignificados) por que esta entidade esteve afrente de todas as batalhas (Veja matérias publicadas na Revista daImprensa, Portal da Imprensa e OI, do Alberto Dines).
Pedimos licença para lembrar aqui (não a título de ódio ou rancor,medíocres sentimentos que não devem fazer parte da vida de nenhum serhumano) alguns comportamentos que nortearam a luta da Fenaj durantetoda essa pendenga jurídica. Contaminados pela fúria inexplicável dopresidente (e colega?) Sérgio Murilo, os sindicatos de todo o Brasildesfecharam verdadeira "caça às bruxas" que bem lembra os áureostempos da Inquisição.
Desde 2001, temos sido brindados com os mais variados adjetivos:"bando de párias", "mercenários", "jornalistas de segunda linha" e atémesmo "pobres autodidatas", como fez questão de nos chamar um colegado RS (não mencionaremos o nome por questão de ética).
Para encerrar, basta apenas lembrarmos que os maiores jornalistas doBrasil não fizeram Curso de Jornalismo. Por acaso são burros BórisCasoy, Ricardo Kotscho, Barbosa Lima Sobrinho, Salete Lemos, DanusaLeão e tantos outros? Apesar das evidências e da decadência do ensinonas faculdades brasileiras (verdadeiras indústrias de fabricardinheiro) a Fenaj insiste na sua luta para manter a Ilha da Fantasia.Diploma no Brasil sempre foi e continua sendo sinônimo de status quo.A maioria dos que se formaram nem exerce a profissão. Os diplomascontinuam pendurados na parede para exibição pessoal e alegria dosfamiliares e amigos.
Se a Fenaj agisse de forma coerente e responsável e, acima de tudo,com respeito pelos 16 mil jornalistas não-diplomados que dependem doseu trabalho para sustento da família seria até merecedora de crédito.Mas a sua sanha não tem limites. Ela envergonharia em tempos passadosaté mesmo Átila, o Rei dos Hunos. É preconceituosa, desumana e feitacom a espada da
violência.
A Fenaj perdeu porque do nosso lado esteve acampado um anjo do Senhor.A Fenaj perdeu porque usou da espada. Ela traz prejuízos e no final amorte para quem a empunha. Obrigado a todos os diplomados que têm tidoa sensibilidade e o equilíbrio para entender a nossa luta.
Gerson Siqueira"
"Embainha a tua espada, pois todos que lançarem mão da espada, àespada perecerão". Mt. 26:52
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