segunda-feira, 15 de junho de 2009

A fala do doutor

O Dr. Cleiton Piotto esteve na rádio Passos, depois de se negar a falar com reportagem do Correio dos Lagos On Line (www.correiodoslagos.com.br). Ele é, como todos sabem, secretário de saúde do município de Passos. Foi à emissora a propósito de uma confusão no Pronto Socorro velho, quando pacientes esperavam para serem atendidos, alguns, uma grande parte, por mais de duas horas.

Não era só uma questão de rotina, porque dois médicos não compareceram ao plantão do dia.

Não era mesmo um problema de rotina, porque, segundo as palavras do próprio secretário, ele teve dificuldades de falar com ela, exatamente na noite em que o PS viveu um momento de grande tensão e de muito tumulto.

Natural para o doutor. Nem tanto para quem tem que usar o serviço e bate com a cara na porta do lugar onde seria natural ser bem atendido, merecedor de todo o respeito que um servidor público deve dedicar aos que lhes pagam o salário.

Não que não haja servidores que tratem bem as pessoas. É claro que eles existem e, com certeza, pode-se dizer que são a maioria. Mas o caso é de outro tipo de servidor que estamos mencionando.

Trata-se daqueles escolhidos pelo eleito para serem suas pessoas de confiança. Aqueles que têm a responsabilidade de colocar em práticas as políticas públicas para o setor que recebeu o encargo de dirigir.

É o caso do Dr. Cleiton. O seu colega de profissão, o médico Hernani, prefeito da cidade, propôs resolver os graves problemas de saúde do município, que ele enxergava estar um caos, com grande dose de razão, mas que agora anda tropeçando nos próprios pés, ao encarar a situação com grande dose de revanchismo, praticando a velha política que renega tudo que o adversário tenha feito, pelo simples fato de ter sido o seu contendor que executou o serviço.

O secretário de saúde não precisou data do funcionamento do novo Pronto Socorro e disse que a inauguração do prédio tinha sido precipitada. Isto depois de seis de governo, e de um secretário da área ter pedido o boné e ido para a casa e, também de necessitar de R$80 mil para concluir o que falta.

É muito balela...e tem gente que acha que ele se saiu bem nas respostas que deu. Ledo engano. Enquanto a secretaria continuar acéfala em grande parte do dia e não tiver a presença de quem implementa as políticas, a saúde em Passos só tem um caminho para seguir, o do caos.

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