A vontade é de comentar aqui a morte de Michael Jackson. Um ícone da música pop. Um homem com qualidade artística, mas que deixou a imagem de muita falha de caráter, dado os inúmeros processos que enfrentou e, em razão de que quase foi a falência e olha que falir no caso dele é uma coisa extremamente difícil, dada a fortuna que acumulou.
O desejo é tecer comentário sobre a seleção de Dunga que quase ficou petrificada diante da seleção Sul Africana. O time brasileiro jogou frio, além de estar mesmo frio literalmente, e encontrou uma seleção que colocou fogo num jogo onde não era favorito.
O lá de cima achou que duas zebras numa final dos melhores times do mundo ia parecer marmelada e colaborou com o Brasil, permitindo que a seleção se livrasse do sufoco no último minuto.
Era isso.
Aqui, no Brasil, o senado e senadores se desnudam e o que era secreto vem a público num festival de “vantagens” e nomeação espúrias. É o povo brasileiro experimentando o exercício da democracia. E ainda tem muita coisa ficando encoberta na poeira.
Tinha intenção de parar por aí. Mas não dá.
O senso de responsabilidade jornalística nos obriga a tocar no assunto.
Falo do município de Passos que mais parece uma nau sem rumo. Agora mesmo, o diretor de Cultura, Maércio Antonio de Oliveira, deixou o cargo, dizendo que a prefeitura não tem agilidade e viu, na sua exoneração, o dedo de Fábio Kallas, já que o diretor solicitava de volta o acervo cultural da FESP e a devolução do dinheiro de um livro sobre os 150 anos de Passos, que teria que ser entregue em 31 de dezembro de 2008, mas não foi até agora.
Na outra ponta tem a história do novo Pronto Socorro. Depois de seis meses, o prefeito Hernani vem a público se vangloriar de que a inauguração foi politicagem – ele disse que foi um ato eleitoreiro - e que só em março a obra foi considerada finalizada.
Puro papo furado. Até dá para concordar que a inauguração em dezembro de 2008 foi um ato político, mas não eleitoreiro, já que a eleição já tinha acontecido e o eleito o próprio Hernani. Foi um ato político para marcar que fez a obra, algo que nem fosse necessário, mas, enfim, isso em nada impediu que a administração pudesse ter tomado providências desde janeiro deste ano.
Deixou rolar, na esperança de que o desgaste recaísse no antecessor. Aconteceu ao contrário. E agora correm atrás para colocar em funcionamento o novo Pronto Socorro.
Que acompanha o Correio dos Lagos On Line sabe como se desenrola esta história. E as decisões tomadas são mesmo da forma que aponta Maércio: lentas, muitas lentas e quem preço é a população.
Ah, Maércio começou a cair quando defendeu a construção de um novo Teatro no lugar de recuperar o antigo (Teatro Rotary). A justificativa para a fritura do engajado diretor de cultura: numa época de crise, em que falta recurso para tudo, querer construir um teatro novo é demais.
Então se demite quem incomoda a gestão e atende-se a outro que cada vez mais se assanha como Rasputin local.
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