sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Não vem de graça

Embora por aqui estejam querendo fazer aparecer o contrário a possibilidade de Passos vir a ser sede de uma unidade da Universidade do Estado de Minas Gerais, está ficando cada vez mais remota.

O site http://www.correiodoslagos.com.br/ publicou matéria mostrando que os deputados da Comissão de Ciências e Tecnologia se reuniram para discutir formas de vincular as fundações optantes à UEMG. Não encontraram.

Nem podia ser diferente. “Desde o dia 30 de abril deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a vinculação das 33 fundações educacionais mineiras criadas por lei ao Ministério da Educação (MEC) e não mais ao Conselho Estadual de Educação (CEE). O STF declarou inconstitucionais os artigos 81 e 82 do Ato das Disposições Transitórias da Constituição Estadual, que determinaram a integração dessas fundações ao sistema estadual de educação, sob a supervisão pedagógica do CEE. Elas foram criadas com patrimônio do Estado e/ou dos municípios, mas cobram mensalidade dos estudantes, ainda que não possam ter lucro, por determinação legal”. É o que destaca o texto da reportagem vinda da ALMG, Belo Horizonte.

Tudo mundo já sabia disso. Aqui em Passos, o presidente da FESP, teima em dizer ao contrário e reafirma que a transferência de recursos do Estado para a instituição (via pró-Uemg, por exemplo) é uma prova de que o vínculo existe.

É uma mentira que os estudantes aceitam ou porque pensam na possibilidade da bolsa ou porque querem crer no sonho da universidade pública.

Esse engodo precisa ter fim e seria bom que se começasse isto com uma mobilização dos próprios estudantes.
Os universitários não podem se bastar apenas na sala aula. É importante que estimulem o debate, questionem a direção da FESP e, nesse momento pré-eleitoral, coloquem na agenda dos candidatos a deputados, senador e governo de Minas a necessidade de uma universidade pública em Minas.

Nesse contexto, é legítimo que a região do sudoeste de Minas se candidate e se credencie a ter uma unidade desta universidade aqui.

Essa luta tem que ser por fora do atual dirigente máximo da FESP, Fábio Kallas. Todos sabem da grande ligação deste dirigente com o deputado federal Nárcio Rodrigues. De Frutal, este deputado cortou caminho, graças a proximidade que tem o governador Aécio Neves, e conseguiu a implantação da UEMG naquele município.

Aqui esta ligação, no que diz respeito à absorção da FESP pela UEMG pouco adiantou. A FESP é uma instituição particular, que, ao que parece, não sobreviveria sem a ajuda das verbas públicas e tudo indica que é ai que vai ficar se não houver mobilização contundente da sociedade acadêmica e demais.

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