terça-feira, 8 de setembro de 2009

A correção necessária

Reportagem estampada no Correio dos Lagos On Line (www.correiodoslagos.com.br) mostra que a FESP, ao passar da órbita do Conselho Estadual de Educação para o Conselho Nacional de Educação, órgão responsável pela avaliação das universidades brasileiras, as públicas federais e as particulares, excluindo-se aí as estaduais, teve diminuída seus conceitos de avaliação. De A, que significa excelência, passou para pontuação que atinge, em alguns casos, cerca de 260 pontos em 500 possíveis.

Não é o caso dos adversários de Fábio Kallas na direção da FESP, entre os quais me incluo, comemorarem. Isto apenas confirma o que amplamente se comentou, se denunciou e se documentou, indo o caso parar numa CPI da Câmara Municipal de Passos e numa ação por improbidade administrativa em tramitação na justiça federal.

Naquela época, quando o Correio dos Lagos que tinha uma circulação semanal impressa, registrou e criticou os fatos, de cima de sua empáfia, Fábio Kallas provocou a justiça propondo diversas ações contra a direção do jornal.

Aos poucos as coisas vão tomando o rumo certo. Agora mesmo a justiça julgou improcedente uma dessas ações exatamente porque viu no que foi noticiado apenas o cumprimento do papel social do periódico no exercício da liberdade de expressão.

Fábio Kallas queria colar na direção do então semanário a pecha de mentirosos. O tiro saiu pela culatra e agora quem deve satisfação à sociedade, aos alunos e a comunidade acadêmica é exatamente Fábio que pode, mas é preciso colocar isso em dúvida, muito bem ser pressionado pelo Conselho Curador.

Uma coisa é certa, a FESP não pode mais usar os conceitos As em suas peças publicitárias e muito menos afirmar que ainda é uma unidade optante para ser parte da UEMG. O uso da grife é um abuso à inteligência das pessoas.

O que ocorre hoje é que a FESP se mantém, em grande parte, graças aos recursos que vem do Estado de Minas, através do Programa de Bolsas de Estudo que Aécio Neves não quis encerrar tendo em vista a sua necessidade política de não criar ruídos que possam, ao mínimo, incomodá-lo na sua pretensão de ser um candidato viável à presidência da República.

O professor Fábio Kallar, seja por decisões da justiça, seja pela realidade apontada na avaliação do MEC ,começa a ser obrigado a conviver com que de fato tem feito da FESP: quase um apêndice de sua vontade, agora desnuda como uma vontade nada produtiva à instituição. Mas isto passa...o tempo dos ditadores passa....por mais que se julguem eternos.

Mais cedo ou mais tarde a correção necessária na direção da FESP será feita e aí voltaremos a ter a nossa querida instituição de ensino no rumo de seu destino histórico: ser uma universidade pública na construção de uma sociedade regional forte.

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