segunda-feira, 12 de abril de 2010

Dada a largada

A disputa pela presidência começou para valer, embora ainda não seja oficial, no dia 10 de abril. Em São Paulo, em uma festa barulhenta, Serra assumiu de vez que é candidato e ainda armou o cerco em torno de Aécio para que este assuma a condição de vice.

O ex-governador de Minas acenou com o de sempre. É candidato a senador. Mas deixou escapar que não é livre a pressões. Pode ser um jogo de cena, que serve tanto para dizer que pode aceitar ser vice de Serra, como também para dizer que apóia mas na condição de candidato a senador.

Aliás, ser candidato a senador é o melhor para o futuro político de Aécio Neves, mas a sedução é uma arte também muito fortemente exercida na política.

Por outro lado, Dilma e seu padrinho político Lula fazem o ajuste de sintonia fina. Aproveitam a saída de José Alencar de cena e montam o palanque em Minas. Patrus ou Pimentel será, um deles, candidato ao senado e Hélio Costa candidata-se ao governo de Minas.

Mas se Aécio virar vice de Serra, Hélio Costa vira vice de Dilma e um petista entre Patrus e Pimentel viram candidato ao governo e outro a senador.

Enquanto isso Marina Silva e Ciro Gomes fazem suas articulações. Marina tem a disposição reformista e defende ações de desenvolvimento com respeito ao meio ambiente. Já Ciro se articula como uma alternativa dentro do campo lulista.

Nenhum dos dois podem ser considerados carta fora do baralho, porque têm densidade eleitoral e são bons na construção do discurso, Marina mais que Ciro Gomes.

O concreto é que a largada foi dada e daquie para frente o olho do eleitor e a capacidade de fazer o convencimento vai definir o rumo que o Brasil vai tomar em outubro.

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