A noção de cidadania, de ética, moralidade e seriedade no trato da coisa pública, devem dar o tom da próxima campanha eleitoral. Diferente da última eleição geral, quando Lula foi reeleito, a população não quer garantir só seus direitos básicos, como alimentação e moradia. Quer também respeito.
Já naquela época era para ter sido assim, mas a oposição amoleceu para ter um Lula enfraquecido no pleito e foi surpreendida porque ela – a oposição – não soube capitalizar as conquistas da abertura de mercado e da estabilidade da moeda. Fugiu ao debate e foi engolida por um candidato à reeleição acostumado a navegar em mares bravios.
Os dias de hoje mostram o presidente Lula incólume, acima da situação e da oposição. E, por esta espécie de isolamento teflon, ele vai construindo sua alternativa ao poder, tornando a candidatura de Dilma Roussef cada vez mais palatável.
Não deve acontecer o mesmo com as candidaturas de deputados estadual, federal e senador. Neste caso, o discurso sobre a ética deve prevalecer. Mas o mais sério disso é que candidatos tendem a não crer que a população seja capaz desse julgamento, menosprezam a inteligência do eleitor e por isto, não raro, tripudiam em cima dos desejos da comunidade.
O Brasil nunca precisou tanto de pessoas que sejam capazes, em qualquer esfera, de defender valores éticos, de postura ideológica, que tenham projetos sociais e políticos bem delineados. É dessa forma de propor políticas públicas que irá nascer uma nova vertente de homens e mulheres públicas, com visão de futuro, encorajados pela esperança e alicerçados na expectativa de que o povo precisa evoluir, como pessoas e, a partir daí, fazer surgir uma nova Nação.
Esta será a eleição da renovação, dos que nunca foram políticos, dos que não rodeiam os grupos tradicionais, que tenham pensamento reto, mas que acima de tudo sejam capazes de propor candidaturas em cima de exemplos.
A população não vai aceitar mais o jogo de cena.
O senado federal tem deixado evidente isso, porque entre acusados e acusadores todos habitam o mesmo teto e praticam os mesmos erros. O recado é claro: melhor que todos saiam. Mas pelo desprezo que cultivam a opinião pública esperam serem soterrados.
Carlos , lendo essa postagem , tive uma duvida.
ResponderExcluirQual seria sua posição frente á eleição de 2010 para presidente e qual seria seu preferido ?
Acho cedo para esta definição. Em primeiro lugar vamos acompanhar o desdobramento dos fatos polítioos. Agora é importante observar a cena. E o mais importante: não se omitir e até, se for o caso, ter disposição de participar dela. Ninguém pode ter medo da sujeira barro, se for necessário ter que removê-lo.
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