A história da resistência de José Sarney na presidência do senado é sem glória. Ele foi amigo de todos os regimes e em nenhum deles teve a precisão de se explicar. O peso de sua presença sempre valeu pelos votos que podia agregar ao poder de plantão e nunca pelos seus posicionamentos ideológicos.
Levado a ser vice-presidente na chapa articulada por Tancredo Neves para concorrer com Paulo Maluf no colégio eleitoral, Sarney virou presidente pela razão da tragédia que ceifou a vida do titular.
Fortaleceu-se no poder. Abusou da popularidade do Plano Cruzado e viu sua popularidade cair vertiginosamente. Mas seu poder no Maranhão ficou inabalável.
Sarney é daqueles políticos oportunistas. Sábio nas armações que beneficiam correligionário, montou uma estrutura onde sua presença nunca é materializada, mas todos sabem que está lá.
Ao final, quase no apagar das luzes de sua vida pública, cai a máscara e vem a público tudo aquilo que muitos desconfiavam, outros tinham certeza, mas nada podia ser confirmado.
Não se trata de manchar uma biografia, mas de remover uma camada de verniz que a cobria. Mas parece que ele não se contenta de ir à lona só. Quer levar a instituição consigo. Falta pouco
para que isso aconteça.
Enquanto o País assiste, perplexo, esta ganância absurda pelo poder e a população perde a noção do que é certo ou errado.
Sarney continua fazendo mal aos brasileiros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário