Tem alguém vendendo gato por lebre.
Um grupo de pessoas foi até a Assembléia Legislativa e acompanhou a votação em que seis Fundações de Ensino de Minas Gerais, entre elas a FESP, quando se definiu que elas continuam vinculadas a UEMG.
Depois dos rapapés, saíram dizendo que haviam conquistado o direito de brigar pela estadualização.
Nas entrelinhas da notícia o real motivo aparecia sorrateiro, desapercebido: garante-se a continuidade do Pro-UEMG, o sistema inventado pelo governo Aécio para financiar bolsas de estudo e, daí, encher as burras vazias das fundações.
A FESP, que na atual gestão nunca brigou pela estadualização, a ponto de ser público e notório, quando Bilac Pinto era Secretário de Ciências e Tecnologias, nunca se ter visto Fábio Kallas levantando a voz a favor da absorção definitiva.
Agora, para dar um verniz na intenção explicita de abocanhar recursos do Estado, virou defensor da estadualização e, sem o mínimo pudor, carrega alunos para bater palmas para os seus projetos pessoais, quando eles, os estudantes, pensam que estão defendendo a Universidade Pública de fato.
Nem sei se pode dar o nome disso de Gato por Lebre.
Fábio Kallas a favor da estadualização!? Era o que faltava para fazer chover....
Ola Carlos,
ResponderExcluirnasci em Passos mas nao moro mais ai ha algum tempo. Porem ainda tenho grande parte de minha familia e amigos por ai e, claro, faco uma visita sempre q posso. Tenho lido seu Blog e o Correio dos Lagos ultimamente, para poder me informar sobre a cidade e o que acontece nela. E ambos estao sendo bastante uteis para eu me manter atualizado sobre os eventos ocorridos na "terrinha".
Sobre esse ultimo post, realmente concordo que as condutas do Sr. Fabio Kallas sao em geral dubias e mal explicadas. Achei mesmo estranho qdo li essa noticia no jornal, parecia meio surreal ver justamente ele brigando pela estadualizacao. Mas nunca se sabe, so ele proprio pode esclarecer se ha boas intencoes ai. So q transparencia eh o q menos se ve na FESP...
De qualquer maneira, o q eu gostaria de ressaltar aqui eh que o mais importante de uma universidade nao eh necessariamente ser publica ou privada, mas sim boa ou ruim. Esta estadualizacao, caso um dia ocorra de verdade, provavelmente vira tarde, pois o que se nota no Brasil sao varias universidades particulares ganhando corpo e qualidade, enquanto as publicas vivem em greve, tem seus predios depredados, perdem o corpo docente para as particulares qdo estas oferecem salarios mto melhores, etc.
Eu estudei em uma universidade publica em SP, me considero mto afortunado por isso, mas acho que nao so MG, mas o Brasil como um todo, deveria investir mto mais em educacao de base, formando cidadaos conscientes e preparados em todas as classes, investindo tambem em cursos profissionalizantes, para que os mesmos tenham condicoes de pagar uma faculdade particular se necessario, qdo nao podem sair da cidade para estudar numa unversidade publica ou qdo nao sao admitidos nos exigentes vestibulares destas ultimas. Isso sim seria ensinar a pescar e nao dar o peixe como alguns politicos adoram dizer. Esse sim eh o modelo de todos os paises de 1º mundo, onde as universidades sao caras, mas os pais, sabendo disso, se preparam desde os primeiros anos de vida dos filhos para paga-las e os filhos smepre que podem trabalham (sem parar de estudar!!!) para tambem juntar um dinheiro. Claro q um modelo assim so seria viavel a longo prazo, com uma maior distribuicao de renda, mas o longo prazo nunca chegara se nao planejarmos anteriormente.
Alem disso, sem um bom ensino publico nos niveis fundamental e medio da cidade, a simples estadualizacao nao favoreceria tanto os alunos de Passos, pois alunos do resto do Brasil passariam a se inscrever macicamente para o vestibular da FESP e ai, aconteceria o q acontece em todas as outras univ. publicas, os aprovados seriam os estudantes de escolas particulares, na grande maioria, e escolas publicas excepcionalmente boas, sendo q este ultimo caso nao condiz com a realidade em Passos.
Portanto, mais do que distinguir o Gato da Lebre, devemos lutar para que, nao somente a estadualizacao, mas tambem uma eventual melhora consideravel do ensino da FESP, beneficie a populacao em geral, principalmente os que mais necessitam e nao apenas uma certa elite, ja tao privilegiada ao longo dos seculos.
Grande abraco,
Guilherme Silva
Boa tarde Guiherme. Hoje amanheceu chovendo em Passos ....rsrsrs..
ResponderExcluirApenas para registrar o agradecimento pelo seu comentário. Quase tudo nele procede, e haverá de proceder quando nossa economia for mais equlibrada e pudermos tratar a educação como um patrimônio particular. Por enquanto, avalio, estamos longe disso e, assim, lutar por uma universidade pública na nossa região é um modo concreto de brigar pela inclusão social que, para ser completa, necessita de abrir as portas de acesso mediante currículo escolar, priorizando os estudantes secundaristas de escola pública. Hoje se vislumbra isso com o Enem, mas ainda é muito incipiente o uso desse instrumento.
Abs
*-* Querido Carlos,
ResponderExcluiro comentário do Guilherme faz mto sentido! Veja o q acontece com as faculdades públicas...a maioria dos universitários são oriundos de escolas particulares e de família de classe alta. Os "pobres" acaba sendo a minoria.
Achar que a estadualização vai beneficiar os menos favorecidos é só um sonho! Pq essa inclusão social que vc cita vai ser só mais uma vontade e um desejo como esse da estadualização da FESP.
Obrigada pelo espaço. Janayna Fernandes.